Sérgio Ferro
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Sérgio Ferro | |
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Nome completo | Sérgio Ferro Pereira |
Nascimento | 25 de julho de 1938 (85 anos) Curitiba |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | pintor desenhista arquiteto |
Sérgio Ferro Pereira (Curitiba, 25 de julho de 1938) é um pintor, desenhista, arquiteto e professor brasileiro radicado na França há mais de 30 anos.
Filho de Armando Simone Pereira e Beatriz Ferro Pereira, Ferro se formou em arquitetura e urbanismo em 1962 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), tendo sido logo depois convidado pelo professor João Batista Vilanova Artigas a integrar o quadro docente da instituição, como assistente de ensino na cadeira de História da Arte. A partir daquele ano até 1970 foi também professor de composição plástica, história da arte e estética em várias escolas e faculdades de arte e arquitetura em Santos, São Paulo e Brasília. Durante este período, juntamente de Rodrigo Lefèvre e Flávio Império, constituiu o grupo denominado Arquitetura Nova, o qual foi responsável pela elaboração de uma crítica, segundo a perspectiva do marxismo sobre a Mais-valia, à produção arquitetônica instituída no Brasil de uma forma geral e estabelecendo-se especificamente como um contraponto teórico à obra e a escola do antigo mentor do grupo, o professor Vilanova Artigas.
Ditadura Militar[editar | editar código-fonte]
Durante a ditadura militar, Sérgio Ferro, assim como seus companheiros da Arquitetura Nova, estabeleceu relações com o Partido Comunista Brasileiro, que era contra a luta armada e a guerrilha contra o regime ditatorial, como caminhos para a efetivação de uma revolução socialista no país. Com outros militantes rompe com o PCB e se junta à Aliança Libertadora Nacional, de Carlos Marighella. [1]
Em 20 de março de 1968, juntamente com Rodrigo Lefèvre e o economista Diógenes José Carvalho Oliveira, colocou uma bomba-relógio no estacionamento situado no sub-solo do Conjunto Nacional, em São Paulo, visando atingir a biblioteca do USIS (antigo United States Information Service, atual U.S. Information Agency) e o consulado dos Estados Unidos, no térreo do edifício.
Exílio na França[editar | editar código-fonte]
Devido à sua militância política e a perseguição do regime militar Ferro foi afastado da Universidade de São Paulo e exilou-se na França, estabelecendo-se em Grenoble. Impossibilitado de exercer a profissão de arquiteto naquele país, dedicou-se à atividade artística e ao magistério, em cursos de artes e arquitetura. Entre 1972 e 1989 lecionou na Universidade de Grenoble, na França. Nesse período, realizou afrescos na Villeneuve (1975),[2] na École Buttes (1981) e na École Joseph Vallier (1983). Sua pintura se caracteriza por imagens inacabadas, nítidas citações a Michelangelo e a Leonardo, misturadas a esboços, colagens, textos manuscritos.[3]
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- ARANTES, Pedro Fiori; Arquitetura Nova - Sérgio Ferro, Flávio Império e Rodrigo Lefèvre. De Artigas aos mutirões autogeridos. São Paulo: Editora 34, 2002. ISBN 8573262516
- KOURY, Ana Paula; Arquitetura Nova - Flávio Império, Rodrigo Lefèvre, Sérgio Ferro. São Paulo: Romano Guerra Editora / Edusp / Fapesp, 2004. ISBN 8531407834
Referências
- ↑ Arantes, Pedro Fiori (2002). Arquitetura nova : Sérgio Ferro, Flávio Império e Rodrigo Lefèvre, de Artigas aos mutirões 1a ed ed. São Paulo, SP, Brasil: Editora 34. OCLC 52785865
- ↑ Art et patrimoine de la Villeneuve de Grenoble (em francês)
- ↑ «Obras de Sérgio Ferro». Consultado em 15 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 10 de agosto de 2009