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Sacra virginitas

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Sacra virginitas
Carta encíclica do papa Pio XII
Fulgens corona Ecclesiae fastos
Data 25 de março de 1954
Assunto Sagrada Virgindade
Encíclica número 27 de 41 do pontífice
Texto em latim
em português
Brasão pontifício de Pio XII

Sacra Virginitas (A Sagrada Virgindade, em latim) é uma encíclica do Papa Pio XII, promulgada em 25 de março de 1954, na solenidade da Anunciação do Senhor. Este documento do Magistério pontifício tem por finalidade exaltar a excelência da virgindade consagrada e reafirmar seu valor teológico, espiritual e pastoral no seio da Igreja.

Na encíclica, o Santo Padre apresenta a virgindade como um dom sublime de Deus e um estado de vida de perfeição evangélica, escolhido por aqueles que, movidos pelo amor a Cristo, renunciam livremente ao matrimônio e às alegrias terrenas para se dedicarem inteiramente ao serviço divino e à edificação do Reino.

Pio XII explica que a virgindade consagrada não é apenas uma abstenção física, mas uma consagração total do coração e do corpo a Deus, um sinal escatológico do mundo futuro, onde “não se casam nem se dão em casamento” (Mateus 22:30). O Papa também procura esclarecer os erros e mal-entendidos modernos sobre o valor da castidade, reafirmando que o celibato e a virgindade são bens superiores, não por desprezarem o matrimônio, mas por orientarem-se mais diretamente à união íntima e indivisa com Deus.

O documento constitui, assim, uma meditação sobre a pureza evangélica, destinada não apenas aos religiosos e religiosas, mas também aos fiéis leigos que desejam compreender melhor a dignidade da vida consagrada e o seu papel no testemunho da Igreja.

Roteiro da Encíclica

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  • Introdução: Virgindade e castidade perfeita são o mais belo florão da Igreja.
  • A virgindade floresceu entre os fiéis de todas as condições.
  • Virgindade cristã no ensinamento dos padres de Doutores da Igreja.
  • Só a caridade inspira e anima a virgindade cristã para servir a Deus mais livre e facilmente.
  • Facilita a elevação da vida espiritual e fecunda o apostolado.
  • Sua excelência sobre o matrimônio.
  • Multidões de virgens foram sempre a honra e a glória da Igreja.
  • A virtude angélica atesta o amor ardente da Igreja por seu divino Esposo.
  • A castidade não é nociva ao organismo humano.
  • A santificação não é mais fácil no matrimônio que na virgindade.
  • O apostolado não é mais eficaz no matrimônio do que na virgindade.
  • A castidade é consequência duma escolha livre e prudente.
  • A castidade é uma virtude difícil mas possível com a graça de Deus, a vigilância e a mortificação, a fuga das tentações e das ocasiões de pecado.
  • Do pudor cristão.
  • O socorro da oração e dos sacramentos.
  • A devoção a Nossa Senhora.
  • Conclusão: Os que sofrem perseguição.

Ligações externas

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