Sancho Garcês III de Pamplona

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Sancho Garcês III de Pamplona
Rei de Pamplona
Sancho Garcês III de Pamplona
Reinado 1004-1035
Consorte Munia Mayor de Castela
Antecessor(a) Garcia Sanches II de Pamplona
Sucessor(a) Garcia Sanches III
Nascimento c.991
Morte 18 de outubro de 1035 (44 anos)
Sepultado em Mosteiro de San Salvador de Oña
Dinastia Dinastia Jimena
Pai Garcia Sanches II de Pamplona
Mãe Jimena Fernandes
Título(s) Imperator totius Hispaniae
Filho(s) Fernando
Garcia
Gonzalo
Bernardo
Arrano beltza, símbolo de Navarra durante os tempos de Sancho "O Maior"

Sancho Garcês III de Pamplona, "o Grande" (c.99118 de Outubro 1035)[1][2], foi rei de Pamplona, conde consorte de Castela de 1029 a 1035[a] por casamento, e ainda Conde de Aragão de 1004 a 1035.

Aumentou ainda os seus territórios, com entre com o Condado de Cea em 1030, ao qual acrescentou os territórios de Sobrarbe e Ribagorza de 1015 e 1018, respectivamente.

As suas intervenção no coração do Reino de Leão, entre 1034 e 1035 tem sido sujeita ao longo da história a interpretações conflituantes, que defendem desde uma guerra-relâmpago a uma aceitação mais ou menos voluntaria da sua presença por parte do rei Bermudo III de Leão, dado que a documentação conhecida da época não menciona qualquer conflito entre os reinos de Leão e de Pamplona.

Sancho III foi filho do rei Garcia Sanches II de Pamplona e Jimena Fernandes e sucedeu a seu pai como rei de Pamplona e conde de Aragão em 1004. Em 1011 casou com Munia Mayor de Castela (995 — 1067), filha do conde de Castela Sancho Garcia, que em 1029 herda o condado do seu irmão Garcia Sanches. A partir desta data, Sancho III torna-se rei de quase toda a Península Ibérica e intitula-se Rex Hispaniarum, rei das Espanhas.

Mais tarde, Sancho dividiu as suas possessões pelos filhos.

Biografia[editar | editar código-fonte]

No fim do século XI, em certos documentos usa-se já o sobrenome "Mayor" para distingui-lo de seu neto homónimo, Sancho IV Garcês (minor). Contudo, não seria exorbitado classificá-lo como "O Grande" pelo seu pepel significante no processo de configuração medieval dos reinos hispano-cristãos. Ainda que na documentação autêntica se lhe adjudica o simples título de "rei [Pamplonês] pela graça de Déus" (gratia Dei [Pampilonensis] rex), em tempos imediatamente posteriores e até à atualidade tem-se-lhe atribuído outros títulos como o de "imperador (imperator)[3].

Primogénito de García II Sanches e de sua esposa Jimena Fernandes, dama da alta nobreza leonesa, aparece já como confirmante em diplomas expedidos por seu pai desde los anos de 996-997, isto é, quando completou sete anos de idade. Com o desaparecimento de seu pai (em 999) em circunstâncias concretas desconhecidas, converteu-se no depositário titular do reino, mas conforme a tradição sucessória pamplonesa só começou a exercer as correspondentes funções (potestas regia) ao completar a maioridade de catorze anos segundo parece demonstrar, entre outras, uma referência documental de agosto de 1004[3].

Relações familiares[editar | editar código-fonte]

Era filho de Garcia Sanches II de Pamplona "O tremedor" e de Jimena Fernandes, filha de Fernando Bermudes e de Elvira Dias de Saldanha.

Ainda solteiro teve com Sancha de Aibar:

Com Munia Mayor de Castela, filha de Sancho Garcia, conde de Castela e de Urraca Gomes, filha de Gomez Diaz de Saldanha, conde de Saldaña e de Muniadona Fernandes, com quem casou cerca de 1011, teve:

Notas[editar | editar código-fonte]

[a] ^ Apesar de geralmente só se falar em "Reino de Castela" a partir de 1035, ano da morte de Sancho III de Pamplona, por vezes este é referido como rei de Castela.

Referências

  1. World and Its Peoples Volume 5 Europe. [S.l.]: Marshall Cavendish Corporation. 2009. ISBN 978-0-7614-7883-6 
  2. «Sancho III Garces (King of Pamplona [Navarre])». Britannica Online Encyclopedia. [S.l.]: britannica.com. 2010. Consultado em 25 de março de 2010 
  3. a b Duque, Ágel Martin. «Sancho III Garcés». DBE. Consultado em 20 de julho de 2021 
  4. Alvar Ezquerra, Jaime (2001). Ediciones Istmo, ed. «Diccionario de historia de España». Tres Cantos. Madrid. p. 48. doi:ISBN 84-7090-366-7 Verifique |doi= (ajuda). Consultado em 26 de setembro de 2011. Ramiro I (1035-1063) es considerado el primer rey privativo de Aragón, aunque es probable que no llegara a utilizar el título rex. 
  5. Heraldry of the Royal Families of Europe, Jiri Louda & Michael Maclagan, Clarkson N. Potter Inc Publishers, 1.ª Edição, New York, 1981. Tabela 45.
  6. A Herança Genética de D. Afonso Henriques, Luiz de Mello Vaz de São Payo, Universidade Moderna, 1.ª Edição, Porto, 2002. página nº 283.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Precedido por:
Garcia Sanches II
Armas do condado de Aragão
Conde de Aragão

-
Sucedido por:
Ramiro I
Rei de Pamplona
1000 - 1035
Sucedido por:
Garcia Sanches III

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