Sandra Cavalcanti

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Sandra Cavalcanti
Sandra Cavalcanti
Sandra Cavalcanti
Vereadora do Distrito Federal
Período 1955 a 1959
Deputada estadual de Guanabara
Período 1960 a 1963
Deputada estadual do Rio de Janeiro
Período 1975 a 1979
Deputada federal do Rio de Janeiro
Período 1987 a 1995
Dados pessoais
Nome completo Sandra Martins Cavalcanti de Albuquerque
Nascimento 30 de agosto de 1925
Belém, PA
Morte 11 de março de 2022 (96 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileira
Progenitores Mãe: Conceição Martins Cavalcanti de Albuquerque
Pai: Djalma Cavalcanti de Albuquerque
Alma mater Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ)
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Partido PP (2003–2022)
Profissão professora, filóloga, linguista, política
Posse da professora Sandra Martins Cavalcanti de Albuquerque, no Banco Nacional de Habilitação, em 1964.

Sandra Martins Cavalcanti de Albuquerque GOMMComIH (Belém, 30 de agosto de 1925Rio de Janeiro, 11 de março de 2022) foi uma professora, filóloga, linguista e política brasileira filiada ao Progressistas (PP). Pelo Rio de Janeiro foi deputada federal e estadual, ambos por dois mandatos, além de vereadora da capital homônima.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filha de Djalma Cavalcanti de Albuquerque e Conceição Martins Cavalcanti de Albuquerque. Formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, foi professora do Instituto de Educação e outrora membro da Juventude Universitária Católica. A partir dos anos 1950 passou a trabalhar na imprensa, fato que cimentou sua vocação política sob a égide do lacerdismo na antiga União Democrática Nacional.

Eleita vereadora pelo então Distrito Federal em 1954 e deputada estadual pela Guanabara em 1960, licenciou-se a pedido do governador Carlos Lacerda que a nomeou Secretária de Serviços Sociais. Sua passagem pelo cargo foi ruidosa: os antilacerdistas acusavam o governo de remover favelas sem nenhum cuidado para com o bem-estar social dos atingidos preocupando-se apenas em "higienizar" os morros da Zona Sul, área nobre da Guanabara. Logo surgiam denúncias de incêndios premeditados em barracos e de mendigos afogados no Rio da Guarda, acusações das quais Sandra Cavalcanti se defendia acusando os comunistas e brizolistas de propagarem tais rumores que, para ela, não passavam de calúnias. Nas eleições de 1982 Sandra processou um de seus adversários, Miro Teixeira, por este ter aventado sua participação nesses episódios.

Extinto o pluripartidarismo por força do Ato Institucional Número Dois, Sandra Cavalcanti migrou para a ARENA, partido de sustentação ao Governo Militar e foi escolhida presidente do recém-criado Banco Nacional da Habitação (BNH), entretanto o rompimento entre Lacerda e o General Castelo Branco foi o estopim para a sua demissão.

A 2 de Fevereiro de 1968 foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.[2]

Eleita deputada estadual pelo novo estado do Rio de Janeiro em 1974 e candidata derrotada por Nelson Carneiro numa disputa ao Senado em 1978, recusou-se a aportar no PDS devido ao ingresso de Amaral Peixoto na legenda em 1980. Diante desse revés trabalhou para consolidar o Partido Democrático Republicano, no entanto um novo malogro a levou ao PTB de Ivete Vargas.

Em 1982 concorreu ao governo do estado do Rio de Janeiro, ficando em quarto lugar com cerca de 10% dos sufrágios. Em 1985 lançou sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PDR, entretanto acabou por apoiar Rubem Medina que posteriormente a convidou a ingressar no PFL sendo eleita deputada federal por esta sigla em 1986 e 1990. Na primeira gestão de César Maia na prefeitura do Rio de Janeiro (1993-1997) foi Secretária Municipal de Projetos Especiais.

Admitida à Ordem do Mérito Militar em 1993 pelo presidente Itamar Franco no grau de Comendadora especial, Sandra foi promovida em 1998 por Fernando Henrique Cardoso ao grau de Grande-Oficial.[3][1]

Rádio e televisão[editar | editar código-fonte]

Prima do falecido apresentador de televisão Flávio Cavalcanti, trabalhou em diferentes veículos de comunicação tais como: Rádio Globo, TV Tupi, TVS, Rede Manchete e no jornal Última Hora.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • A favorita do público. Disponível em Veja, ed. 712 de 28 de abril de 1982. São Paulo: Abril.
  • Baú de ossos. Disponível em Veja, ed. 731 de 8 de setembro de 1982. São Paulo: Abril.

Morte[editar | editar código-fonte]

Sandra morreu no dia 11 de março de 2022 aos 96 anos, vítima de uma parada cardíaca na sua casa no Rio de Janeiro.[4]

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 31 de março de 1998.
  2. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Sandra Cavalcanti". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 29 de março de 2016 
  3. BRASIL, Decreto de 2 de agosto de 1993.
  4. «Ex-deputada Sandra Cavalcanti morre no Rio». g1.globo.com. 11 de março de 2022. Consultado em 11 de março de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]