Sangramento após o coito
Sangramento após o coito | |
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Especialidade | Ginecologia |
Sintomas | Sangramento vaginal anormal após o ato sexual[1] |
Início habitual | Idade reprodutiva e mais velha[2] |
Causas | Ectrópio cervical; pólipos cervicais ou endometriais; infeções, incluindo infeções sexualmente transmissíveis; lesões; gravidez, vaginite atrófica; cancro do colo do útero e do endométrio[2][1] |
Fatores de risco | Baixos níveis de estrogénio, violência sexual, ato sexual intenso[2] |
Método de diagnóstico | Com base em exames ginecológicos, teste de gravidez, colheita de exsudado[2] |
Tratamento | Dependente da causa[2] |
Frequência | 5-10% das mulheres[2] |
Classificação e recursos externos | |
CID-11 | 55527522 |
Leia o aviso médico |
O sangramento após o coito refere-se ao sangramento vaginal que ocorre após o ato sexual, não estando relacionado à menstruação.[1] Embora seja, geralmente, indolor, é acompanhado de dor em cerca de 15% dos casos.[2] Além disso, as mulheres afetadas têm frequentemente sintomas de hemorragia uterina disfuncional, incluindo sangramento fora do período menstrual (metrorragia).[2][1]
Entre as causas comuns, antes da menopausa, encontram-se casos de ectrópio cervical (33%); pólipos cervicais ou uterinos (5-18%); infecções, incluindo infecções sexualmente transmissíveis (IST); lesões e gravidez.[2][1] Após a menopausa, a causa mais comum é a vaginite atrófica, podendo também ser um sinal precoce de cancro do colo do útero ou do endométrio (7-17%).[2] Outras causas são a endometriose e o dispositivo intrauterino (DIU) mal posicionado.[1][2] O diagnóstico pode envolver exames ginecológicos, teste de gravidez, recolha de exsudado e, por vezes, biópsia.[3][2] Outros exames a realizar podem ser a ultrassonografia, o Papanicolau e a colposcopia.[1]
O tratamento depende da causa.[2] Deste modo, o ectrópio cervical pode ser tratado com a administração de nitrato de prata, enquanto os pólipos cervicais podem ser removidos.[1] O tratamento de sintomas sem uma causa exata ocorre dentro de seis meses, em mais de metade dos casos.[1] Caso a condição persista além disso, é aconselhável a consulta de um ginecologista.[1] O sangramento após o ato sexual é relativamente comum, tendo afetado cerca de 5 a 10% das mulheres.[1][2] Devido à correlação à violência sexual, tal deverá ser questionado.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l Ardestani, Shakiba; Dason, Ebernella Shirin; Sobel, Mara (11 de setembro de 2023). «Postcoital bleeding». Canadian Medical Association journal. 195 (35): E1180. ISSN 1488-2329. doi:10.1503/cmaj.230143
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n Smith, Roger P. (2023). «60. Postcoital bleeding». Netter's Obstetrics and Gynecology: Netter's Obstetrics and Gynecology. Filadélfia: Elsevier. ISBN 978-0-443-10739-9. Consultado em 31 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 31 de outubro de 2023
- ↑ Japp, Alan; Robertson, Colin (2018). «33. Vaginal bleeding». Macleod's Clinical Diagnosis. [S.l.]: Elsevier. ISBN 978-0-7020-6962-8. Consultado em 1 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 1 de novembro de 2023