Santana (bairro de São Paulo)

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 Nota: Para o distrito de mesmo nome, veja Santana (distrito de São Paulo). Para outros significados, veja Santana.
Santana
Bairro de São Paulo
Santana vista do edifício Mirante do Vale.
Dia Oficial 26 de julho
Fundação 26 de julho de 1782 (241 anos)
Imigração predominante Portugal Portugal  Itália
 Armênia  Alemanha
Zona de valor do CRECI Zona B
Distrito Santana
Subprefeitura Santana/Tucuruvi
Região Administrativa Nordeste
Mapa

Santana é o principal, um dos mais antigos e o mais nobre[1] bairro da Zona Norte[2] do município de São Paulo, no Brasil.[3] Pertence ao distrito homônimo[4] e é administrado pela Subprefeitura de Santana/Tucuruvi.[5] Surgiu em 1782 e seu aniversário é comemorado no dia 26 de julho. Foi um dos primeiros bairros a ter um dia oficial (Lei 11 169, de 30 de março de 1992, sancionada pela prefeita Luiza Erundina).[6]

Originado da Fazenda de Sant’Ana, propriedade da Companhia de Jesus que foi pela citada primeira vez em 1560 pelo padre José de Anchieta, funcionou como o cinturão verde da "São Paulo dos Campos de Piratininga". As terras da fazenda foram divididas em sesmarias no início do século XIX.[7]

O Império do Brasil começou a nascer na Rua Alfredo Pujol, onde ficava a sede da fazenda,[8] pois foi ali que a família dos Andradas se estabeleceu e o lugar onde José Bonifácio de Andrada e Silva redigiu o manifesto paulista que ajudou na declaração do Dia do Fico por parte de dom Pedro I (posteriormente, houve a independência do país, em 1822).[9] Um pequeno núcleo se formou no entorno da antiga fazenda. Na planta de 1897, já aparece um traçado de ruas, mas as casas concentravam-se exclusivamente ao longo de algumas destas.[7]

O século XX marcou a integração de Santana à metrópole, dos bondes puxados a burros do século XIX à inauguração da primeira estação do metrô na década de 1970.[10] Com esse processo de desenvolvimento e avanços em sua infraestrutura, o bairro transformou-se em um dos principais polos comerciais da zona norte e da cidade.[11] Atualmente, o bairro apresenta considerável adensamento populacional e o fenômeno da verticalização em virtude da valorização dos terrenos destinados às classes média, média alta e alta.[12][13]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Placa de um bonde do século XIX em exibição no Museu do Transporte

A palavra Santana é a junção de Santa Ana, formada pelo processo de justaposição da língua portuguesa, com fontes registadas desde sua fundação. Ao longo dos séculos, o bairro foi chamado de Sant'Anna, depois Sant'Ana, até o nome atual.

Santa Ana, mãe de Maria e avó de Jesus, foi nomeada como "Padroeira de Metrópole de São Paulo" pelo papa Urbano VIII em 25 de maio de 1782. Em 1621, o papa Gregório XV fixou 26 de julho como a data da festa litúrgica de Sant'Ana. A santa também é padroeira do bairro.[14]

História[editar | editar código-fonte]

Fazenda de Sant'Ana[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Fazenda de Sant'Ana
Fazenda de Sant'Ana

Santana é o mais antigo núcleo de povoamento na cidade ao norte do Rio Tietê. O bairro foi conhecido por muito tempo como Fazenda Tietê ou Guaré, no caminho de Atibaia e de Minas Gerais. Os colonizadores portugueses trouxeram índios escravos, se instalando juntamente com jesuítas, que já haviam montado um colégio para a catequização. Foram estes [jesuítas] que trouxeram as primeiras melhorias para a fazenda, como o estabelecimento de alguns centros de plantação e criação de animais. Em 1673, a Fazenda de Sant'Ana passou a se desenvolver mais, tornando-se a fazenda mais importante do Colégio de São Paulo.[9]

A sede da fazenda, construída em 1734, ficava onde é hoje o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo.[8] Como reflexo da determinação do Marquês de Pombal de expulsar os jesuítas do Reino de Portugal e de suas colônias, confiscando seus bens, a fazenda passou a ser administrada pelo governo da Capitania de São Paulo, já não mais pela Companhia de Jesus. A fazenda tinha seus limites a partir das imediações do Jardim da Luz, seguindo o Rio Guaré (atual Tietê) e terminando aproximadamente em Mairiporã.[7]

Século XIX[editar | editar código-fonte]

Solar dos Andradas

No início do século XIX, a Coroa tentou fundar um núcleo colonial distribuindo terras em sesmarias. Em 1887, viviam, ali, pouco mais que 130 pessoas, que cultivavam vinha, batata e milho. Anos depois, foi criada a Paróquia de Sant’Ana, tendo, por sede provisória, a Capela de Santa Cruz, no Alto de Santana.[15] Até 1897, as habitações encontravam-se apenas ao longo das atuais ruas Alfredo Pujol e Doutor César. Devido às inundações periódicas da várzea do Tietê, houve uma expansão lenta e a fazenda foi sendo dividida e subdividida, surgindo então o núcleo do atual bairro de Santana.[7][9]

Independência

Em 1821, a sede da fazenda era chamada de Solar dos Andradas e, em dezembro deste mesmo ano, José Bonifácio de Andrada e Silva, vice-presidente da província, redigiu a representação paulista ao Governo Imperial neste solar.[8] Esta representação contribuiu para dom Pedro I realizar o Dia do Fico, no dia 9 de janeiro de 1822 na capital (Rio de Janeiro). O episódio do Dia do Fico prenunciou a declaração de independência do Brasil no mesmo ano.[7] Trecho da carta:

Chácara Baruel
Palacete Baruel, castelo construído no estilo gótico

No ano 1852, o alferes de milícias Francisco Antônio Baruel, representante de uma das primeiras famílias da Zona Norte, adquiriu terras no bairro. Ele era agricultor, criador de animais, fabricante de farinha e de telhas. Fabricava telhas no Sítio Morrinhos, transportando-as, por canoas, pelo Rio Tietê.[17] Formou a Chácara Baruel, que possuía a área de um alqueire (24 250 m²) e cuja sede situava-se em um castelo de estilo nórdico construído por volta de 1879. A Família Baruel ajudou na construção da Capela de Santa Cruz no Alto de Santana.[18] Tempos depois, este palacete, chamado também de "Castelinho de Santana", se tornou um orfanato dirigido por Pérola Byington. Francisco Baruel foi homenageado com uma rua que situa-se próximo ao palacete.[19]

Biblioteca Narbal Fontes, outra casa da Chácara Baruel

Outro imóvel que restou da Chácara Baruel foi a casa de dona Maria, filha dos Baruel. Construída em estilo normando com estrutura sólida e rico trabalho arquitetônico, é um patrimônio histórico que preserva a história do bairro.[20] Nos anos 1950, a casa foi apropriada pela prefeitura e a Biblioteca Narbal Fontes foi criada na gestão do prefeito Jânio da Silva Quadros, recebendo, como patrono, o escritor e médico Narbal Fontes. Ocupa área de 1 450 metros quadrados, sendo circundada por um jardim com muitas árvores e bancos.[21]

Século XX[editar | editar código-fonte]

Dificuldades de acesso a Santana eram históricas e retardaram o desenvolvimento até meados do século XIX. Até então, a região produzia uvas e vinhos. Quando a Companhia Cantareira e Esgotos resolveu captar água na Serra da Cantareira para abastecer o reservatório da Consolação foi necessária a criação de um meio de transporte para locomoção de trabalhadores e materiais de construção. Por isso, o Governo do Estado resolveu construir a pequena linha férrea provisória do Tramway Cantareira.[3]

Ao final do ano de 1893, o trem já estava em operação. Passava por Santana na atual Avenida Cruzeiro do Sul transportando passageiros e cargas. Houve uma ampliação do sistema por meio de um ramal até Guarulhos. Este ramal começava na Estação Areal (próximo ao atual Parque da Juventude) e seguia pela Avenida General Ataliba Leonel.[22]

A Estação Santana ficava na Rua Alfredo Pujol, entre a Rua Voluntários da Pátria e a Avenida Cruzeiro do Sul, não muito distante de onde, mais tarde, foi construída a Estação Santana do metrô. Além de garantir o acesso, a ferrovia ajudou a desenvolver o bairro rapidamente. Mas, em 31 de março de 1965, após 72 anos de uso, o trem foi desativado, pois frequentemente ocorriam acidentes nas ruas de Santana, oferecendo um risco à segurança dos moradores e também para liberar caminho para o metrô.[7]

A energia elétrica permitiu que os trólebus reforçassem o transporte até a chegada da Linha 1 do metrô, em 1975, quando foram inauguradas as estações Santana, Carandiru e Tietê, além do Terminal Santana.[23] Por esses avanços houve um "boom" imobiliário na década levando o bairro a ser um dos principais polos comerciais da cidade.[24]

Trem da Linha 1 - Azul do Metrô e, ao lado direito, a antiga Casa de Detenção de São Paulo
O Carandiru

A Casa de Detenção de São Paulo, popularmente conhecida como "Carandiru" por ter sido construída sobre o córrego de mesmo nome,[25] estava aberta à visitação pública após sua inauguração e chegou a ser considerada como um dos cartões-postais da cidade. Entretanto, após a década de 1940 quando atingiu sua lotação máxima entrou em decadência. Novos pavilhões eram construídos, mas ainda assim aumentava a superlotação. Pelo descaso do governo, no ano de 1992 houve uma intensa rebelião que terminou com 111 presidiários mortos.[26] Esta rebelião é conhecida como o Massacre do Carandiru, foi considerado um dos episódios mais sangrentos da história penitenciária mundial.[27] Somente no ano de 2002 a casa foi desativada e parcialmente demolida transformando-se no que é hoje o Parque da Juventude.[28]

Capela de Santa Cruz
Primeira transmissão de rádio

No dia 3 de junho de 1900, o padre Landell de Moura, considerado "pai brasileiro do rádio", realizou a primeira transmissão da voz humana por rádio, com registro da imprensa, da Avenida Paulista, provavelmente de onde hoje está situado o Museu de Arte de São Paulo até o bairro de Santana, no Colégio Irmãs de São José, depois transformado no Colégio Santana e atualmente o Elite Santana[29]. Na época, o padre era o pároco da Capela de Santa Cruz ao lado do colégio.[30]

Em 1916, no ponto onde hoje está o Museu de Arte de São Paulo, existia o Belvedere Trianon, de onde se podia avistar o Colégio Irmãs de São José. Pela notável situação geográfica, é muito provável que tenha sido este ponto, pois a comunicação com o telefone sem fio, que utilizava a luz, não poderia ter obstáculos materiais à frente.[7]

O trânsito é o principal problema que aflige a população do bairro[31]

Atualidade[editar | editar código-fonte]

O bairro é relativamente arborizado e bem atendido no transporte, água, esgoto, moradia e comércio.[16] Apesar dessas características suas ruas são acometidas por congestionamentos, zonas de meretrício da Avenida Cruzeiro do Sul e Rua Voluntários da Pátria na altura do Campo de Marte e Terminal Santana, inúmeras pichações, alagamentos em suas vias mais centrais[32][33] e grande número de moradores de rua em seu centro.[9]

Para a diminuição dos congestionamentos em suas vias, foi planejada uma ligação subterrânea, chamada até então de "Elo Norte" pela Companhia de Engenharia de Tráfego. O complexo viário contaria com dois túneis e ligaria a Avenida Cruzeiro do Sul com a Avenida Engenheiro Caetano Álvares no Mandaqui.[34] O túnel beneficiaria os moradores dos bairros de Lauzane Paulista e do Mandaqui, pois, para acessar essas regiões, é necessário atravessar as ruas do Alto de Santana e de Santa Teresinha, áreas congestionadas devido à alta verticalização. Orçado em R$ 338 mi, o projeto removeria 340 imóveis, principalmente os localizados no centro de Santana. A conclusão da obra estava prevista para o ano de 2012.[35] Além dos dois túneis estavam previstas: uma faixa exclusiva para bicicletas e uma calçada.[36]

Todo seu território é urbano com alta taxa de densidade demográfica. O fenômeno da verticalização cresce ano após ano e surge como consequência da valorização dos terrenos existentes.[37] Incorporadoras desenvolvem projetos de edifícios residenciais de médio e alto padrão, tanto que há locais em Santana em que o metro quadrado chega a custar R$ 7 mil.[38] Em virtude da expressiva valorização, o metro quadrado de algumas vias santanenses sofreu acréscimos de pelo menos 100% no projeto do Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, exemplo da Avenida Brás Leme.[39] O bairro está localizado no distrito de Santana que possui o maior índice de desenvolvimento humano (0,925) da zona norte da cidade e o 19º maior dentre os 96 distritos.[40]

O bairro pode ser dividido basicamente em duas regiões:

O Centro de Santana, região comercial do bairro
Centro de Santana
Ver artigo principal: Centro de Santana

É zona mais antiga do bairro. Possui forte concentração comercial, especialmente nas proximidades das ruas Leite de Morais, Doutor César, Alfredo Pujol e Voluntários da Pátria; a última é considerada como centro de comércio popular portando 600 lojas e um pequeno shopping e a Basílica de Sant’Ana.[41] A região é conhecida pela autossuficiência, já que possui diversos tipos de comércio e serviço, além de trabalho e instituições de ensino.[13]

Apresenta baixo grau de verticalização se comparado ao Alto de Santana e ótima infraestrutura de transporte. Está relativamente degradado. Após a construção do Parque da Juventude, houve um aumento da especulação imobiliária na região.

Em 2010, ano de eleições, houve o início de um processo de reurbanização do Centro de Santana. A Subprefeitura de Santana-Tucuruvi fez obras de revitalização visual, remoção de camelôs e gentrificação da Rua Voluntários da Pátria e suas adjacências.[42]

Destaca-se a Avenida Brás Leme, via residencial e comercial arborizada, ocupada por edifícios de classe média. É uma das atrações na temporada natalina, por sua decoração. A região é classificada pelo conselho regional de corretores de imóveis como "zona de valor C", tal como os bairros de Barra Funda, Tatuapé e Butantã.[43]

Alto de Santana, região nobre do bairro
Alto de Santana
Ver artigo principal: Alto de Santana

Local onde Landell de Moura realizou a primeira experiência de transmissão de ondas de rádio[44] e também via de acesso de trólebus que ligavam o alto de Sant'Ana (como era chamado na época) aos bairros da Lapa, Freguesia do Ó e Penha.[45] Atualmente, é uma zona residencial muito verticalizada, delimitada pelas ruas Conselheiro Moreira de Barros e Pedro Doll, onde tem ocorrido expressiva valorização nos últimos anos. Apresenta edifícios de alto padrão e o metro quadrado em algumas vias chega a 7 000 reais.[46] Por causa da especulação imobiliária, empreendimentos imobiliários localizados em regiões relativamente distantes do bairro, como Mandaqui e Lauzane Paulista, são erroneamente anunciados como "lançamento no Alto de Santana".

"Alto de Santana" também é uma denominação comumente utilizada para se referir não só à parte alta de Santana, mas também ao bairro de Vila Santana. Recebe a classificação "Zona de Valor B" pelo conselho regional de corretores de imóveis, assim como outras áreas nobres da capital como Brooklin, Vila Olímpia, Pinheiros e Jardim Paulistano.[43]

Geografia[editar | editar código-fonte]


Localização geográfica[editar | editar código-fonte]

O bairro é relativamente extenso, de sul ao norte começando aproximadamente no trecho inicial da Avenida Morvan Dias de Figueiredo (Marginal do Rio Tietê) e terminando no alto da Rua Voluntários da Pátria, após a rua Pedro Doll.

Santana limita-se ao norte com o Alto de Santana e Mandaqui, a oeste com Santa Teresinha, Vila Ester, Jardim São Bento, Chora Menino e Casa Verde, a leste com Carandiru, Jardim São Paulo e Vila Guilherme e ao sul com o Bom Retiro e o Canindé.

Elevação da Rua Voluntários da Pátria

Relevo[editar | editar código-fonte]

Por encontrar-se próximo à Serra da Cantareira, a maior parte do seu território é acidentado, com diversas altitudes. A topografia do bairro apresenta basicamente dois trechos distintos: da Marginal Tietê, passando pelo Campo de Marte, até os arredores da Estação Santana, a região é plana e mais baixa, pois apresenta baixos terraços pluviais da várzea do rio Tietê, mantidos por cascalhos e aluviões antigos (720-730m). Ao longo várzea há um espesso solo turfoso escuro que estende-se até os sopes mais suaves das colinas.

A partir das ruas Conselheiro Saraiva, Alfredo Pujol e do final da avenida Cruzeiro do Sul, começa a apresentar elevação considerável caracterizada por altas colinas e espigões secundários nas abas das primitivas plataformas interfluviais das colinas paulistas de 750 a 810 metros, geologicamente esses terrenos são formados por materiais xistosos e graníticos sendo o topo coberto por material sedimentar.

O Córrego Carandiru

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

O histórico Córrego Carandiru (também conhecido como Carajás), que banhava a Fazenda de Sant' Ana, atravessa o bairro e arredores até desaguar no Rio Tietê. Foi completamente canalizado em 1960 pelo então prefeito Adhemar de Barros.[47] Em 2007, o Programa Córrego Limpo, do governo do estado, deixou-o despoluído.[48]

O abastecimento de água em Santana é feito pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Na pesquisa do ano 2000, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística constatou que 95,56% dos domicílios do bairro possuíam rede geral de água.[49]

Clima[editar | editar código-fonte]

A região mais baixa do bairro, várzea do Rio Tietê, está 722 metros acima do nível do mar (adotando, como referência, o Aeroporto Campo de Marte), além de estar ao sul do Trópico de Capricórnio. Possui assim um clima subtropical, do tipo Cwa segundo a classificação de Köppen. A temperatura média anual é, pela média aritmética das temperaturas mensais mostradas abaixo, de 19,8 °C. Apresenta invernos amenos e verões com temperaturas moderadamente altas, aumentadas pelo efeito da poluição e da alta concentração de edifícios.[50]

A precipitação pluviométrica anual é de aproximadamente 1 455 mm, com maior concentração de chuvas nos meses de verão.[51]

Santana apresenta uma incidência anual de raios relativamente alta, devido principalmente a fatores como urbanização, asfaltamento, muitos prédios e poluição.[52]

Tabela climática de Santana
Temperatura e precipitação
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
Média máxima (°C) 27,0 27,0 27,0 24,0 21,0 21,0 21,0 22,0 22,0 23,0 24,0 26,0 23,75
Média mínima (°C) 19,0 19,0 19,0 17,0 14,0 13,0 12,0 13,0 14,0 16,0 16,0 18,0 15,83
Precipitação (mm) 239 218 160 76 74 56 43 38 81 124 145 201 121,25
Fonte: Weather Underground (temperaturas) e The Weather Channel (precipitação)

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Aeroporto Campo de Marte e, ao fundo, o panorama do bairro

Transportes[editar | editar código-fonte]

Devido às inundações sazonais do Rio Tietê, que causavam transtorno ao acesso do bairro, houve, no início da década de 1940 a construção da Ponte das Bandeiras, estabelecendo a ligação do bairro com o Centro paulistano. Na época, Prestes Maia, o prefeito, considerava a obra como o portão de entrada da cidade. Já na década de 1970, o bairro completou sua integração com o resto da cidade pela construção da linha 1-Azul do Metrô.

As três estações do metrô do bairro na Avenida Cruzeiro do Sul

Atualmente, o bairro é um dos mais servidos na cidade por estações do metrô. São três estações: Tietê, Carandiru e Santana, duas dessas estações estão ligadas a dois importantes terminais rodoviários da capital, como o Terminal Santana, terminal de grande porte utilizado apenas para o transporte coletivo municipal com linhas destinadas essencialmente à região norte, mas também com destinos às outras regiões de São Paulo e o Terminal Tietê, considerado o maior do Brasil e um dos maiores do mundo, liga a cidade a quase todos os estados brasileiros e a algumas cidades dos países vizinhos.[53][54] O bairro possui acesso fácil a importantes vias, como a Marginal Tietê e a Rodovia Presidente Dutra. Os principais acessos ao Centro são feitos pelas pontes Cruzeiro do Sul, das Bandeiras e da Casa Verde.

Situa-se, em Santana, o Aeroporto Campo de Marte, construído no início do século XX e que foi a primeira infraestrutura aeroportuária da cidade de São Paulo. Atualmente, abriga a maior frota de helicópteros do Brasil e a maior do mundo desse tipo de aeronave, tendo superado a de Nova Iorque.[55][56] É o quinto do país — após Congonhas, Guarulhos, Brasília e Galeão — em movimento operacional.[57]

Colégio Santana, o mais antigo do bairro.
No Centro de Santana, encontra-se a maioria dos serviços de utilidade pública

Educação[editar | editar código-fonte]

Santana possui um sistema educacional público e privado que supre adequadamente a demanda por educação básica. Em seus limites há 3 universidades, 10 escolas públicas (que incluem escolas infantis, primárias, secundárias e escolas técnicas), 16 escolas privadas e três bibliotecas públicas.[58]

Existem escolas muito tradicionais no bairro, como os colégios: antigo Colégio Santana - atual Elite, com mais de 110 anos de existência, Colégio Marillac e CEDOM. Além do ensino básico, o bairro oferece inúmeras escolas de idioma e escolas técnicas — com destaque para a recém-inaugurada Etec Parque da Juventude, que oferece inúmeros cursos profissionalizantes e cursos técnicos.

Apresenta uma enorme de variedade de cursos, desde moda até uma escola de pilotagem no Aeroporto Campo de Marte (a maior escola de aviação da América Latina).[59] O ensino superior é recente, ministrado somente por instituições particulares. Algumas personalidades como a pintora Tarsila do Amaral e Ayrton Senna estudaram em colégios do bairro, ambos no Colégio Irmãs de São José (atual Colégio Elite).[60]

Utilidade pública[editar | editar código-fonte]

Santana conta com diversos hospitais, consultórios e clínicas. Abriga em seu território hospitais como: CEMA, Hospital HSANP (antigo Hospital San Paolo, antigo Hospital Voluntários) e Hospital da Aeronáutica. O bairro também é servido pelo Hospital São Camilo (no bairro vizinho de Vila Santana) e pelo Conjunto Hospitalar do Mandaqui, um dos maiores da América Latina. Possui o pronto socorro Doutor Lauro Ribas Braga (Futuro UPA) e a UBS Joaquim Antonio Eirado (JAE).[61]

O bairro possui vários serviços públicos, como: o Centro de Controle de Zoonoses, um quartel do Corpo de Bombeiros, um Centro de Apoio ao Trabalho e o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo.[3]

Economia[editar | editar código-fonte]

Rua Voluntários da Pátria

Comércio[editar | editar código-fonte]

Santana é um bairro que possui amplo comércio, apresentando vários edifícios comerciais, um pequeno shopping (Santana Shopping na Rua Voluntários da Pátria), várias agências bancárias, supermercados, restaurantes fast-food (como McDonald's e Bob's) e um grande número de lojas de roupas, sapatos e papelarias, fortemente concentrados na Rua Voluntários da Pátria (600 lojas) e no seu entorno.[41] O Multimídia Trade Center e o Complexo do Anhembi são estabelecimentos onde ocorrem feiras e amostras comerciais de negócios.

Há um diverso comércio popular, muito parecido com o da Rua 25 de Março, tendo se consolidado como polo de um comércio de produtos contrabandeados, pirateados e falsificados. Localiza-se na parte central do bairro, ao redor da estação Santana do metrô.

A parte alta do bairro apresenta um comércio específico para a classe mais abastada como: padarias gourmet, lojas de grife, clínicas de estética, academias e restaurantes modernos, concentrados principalmente na Rua Pedro Doll e no seu em torno.

Por causa da proximidade com o Centro, o Terminal Rodoviário Tietê, o Aeroporto Campo de Marte e o Anhembi Parque, o bairro reúne flats e hotéis, como Holiday Inn, o maior hotel do país.[62]

Cultura e lazer[editar | editar código-fonte]

Parque da Juventude e, ao fundo, o Panorama urbano do bairro

Localiza-se, em Santana, o Parque da Juventude, inaugurado em 2003. É composto pela Biblioteca de São Paulo, por 10 quadras poliesportivas, área de apresentações artísticas, pistas de corrida, uma escola técnica e uma unidade do Acessa São Paulo. Atualmente é uma das melhores áreas de lazer de São Paulo.[63] Também se localiza, em Santana, a Biblioteca Pública Nuto Sant'Anna, que leva o nome do escritor, poeta e historiador Benevenuto Silvério de Arruda Sant'Anna (morador de Santana).[64]

Apesar da pouca existência de museus na Zona Norte, o bairro abriga o Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo, o Museu do Dentista, que preserva a história da odontologia no país e o Arquivo Público do Estado‎‎, uma das principais fontes para pesquisas documentais no país, abrigando diversos arquivos documentação textual do período colonial ao Brasil República e um acervo com cerca de um milhão de imagens e microfilmes. Possui ainda um núcleo da Biblioteca Estadual, uma mapoteca e uma hemeroteca.[65]

No setor de entretenimento, Santana abriga o Teatro Alfredo Mesquita. Para a realização de eventos, o bairro é servido pelo Anhembi Parque, o segundo maior centro de eventos da América Latina. Abriga também o Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo, projetado por Oscar Niemeyer,[66] além da Arena Skol Anhembi, do Pavilhão de Eventos e do Auditório Elis Regina.[67]

Próximo à Via Professor Simão Faiguenboim, situa-se o tradicional clube náutico Esperia, que tem 80 mil metros quadrados de área.[68] Santana também foi berço de dois grupos musicais que fizeram sucesso em suas épocas: o grupo de pagode Jeito Moleque[69] e a dupla Os Vips, maior sucesso da Jovem Guarda.[70]

O Instituto Ayrton Senna foi criado no bairro e estabeleceu-se nele até o ano de 2011

Solidariedade[editar | editar código-fonte]

Diversas entidades encontram boa estrutura no bairro pela facilidade de acesso, localização central e rede de serviços. Em Santana, está o Centro Presbiteriano Humanitário de Ação Social, que serve refeições e abrigo para moradores de rua. O centro ainda mantém o Abrigo São Martinho, que acolhe ex-dependentes químicos e que busca empresas que possam propor parcerias para inserção dos atendidos no mercado de trabalho. Outras instituições são a Promove Ação Social, que investe em atividades socioeducativas para a juventude e a Associação dos Amigos da Criança Autista, que oferece assistência a crianças com o distúrbio.[71]

Foi extinta nos anos 2000 a "Festa Beneficente de Natal do Alto de Santana", realizada na Rua Pedro Doll. A comemoração tinha a função de arrecadar alimentos que eram revertidos às instituições da região.[72]

Santana na mídia[editar | editar código-fonte]

Santanenses ou "Santaners"[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Senhoras de Santana
Rua Paderewsky, onde as Senhoras de Santana moravam

A população do bairro já foi conhecida em âmbito nacional tanto que no início dos anos 1980 as "Senhoras de Santana" eram um grupo católico que protestava contra cenas despudoradas e abusivas na televisão, especialmente as novelas da Rede Globo e a favor da censura televisiva. Moravam na Rua Paderewsky, uma luxuosa rua no bairro. Logo a coligação ganhou má fama e era alvo de chacotas. Na época a expressão "Senhora de Santana" era usada para se referir a uma pessoa chata e inconveniente.[73]

As ideias das tais senhoras que atualmente são idosas permeiam até hoje. Tanto que em 2008 o bairro foi considerado pelo jornal Valor Econômico como o reduto paulistano do moralismo. Nas eleições do mesmo ano, Marta Suplicy, a "inimiga" das senhoras obteve um péssimo apoio da zona eleitoral de Santana, uma queda de 53% em relação às eleições anteriores. Isto expôs um componente constante no bairro, a religiosidade. Desde sua fundação, a Igreja tem presença forte no local, onde a tradição, família, conservadorismo e propriedade fundamentam os argumentos contrários a Marta Suplicy em um bairro com forte apelo de católicos conservadores.[7] O candidato favorito do bairro foi Gilberto Kassab que teve o apoio de 82,38% do eleitorado santanense. Durante a polarização Bolsonarismo x Lulismo os prédios do bairro exibiam bandeiras do Brasil penduradas nas portarias dos edifícios: o presidente Jair Bolsonaro teve em Santana a sua segunda vitória mais expressiva na capital em 2018: 75,47% dos votos na zona eleitoral da região (perdendo apenas para Indianópolis, com 76,15%). A devoção a Bolsonaro. Na edição de 12 fevereiro 2021 a revista Veja São Paulo nomeou os moradores do bairro como "Santaners" (uma alusão aos frequentadores da região da Faria Lima - Faria Limers) com a capa: "A paixão pelos botecos, os comércios centenários e os moradores conservadores do centro da Zona Norte."[74]

Na eleição para segundo turno para presidente da República em 2022, Bolsonaro recebeu da região a quarta maior votação das Zonas Eleitorais da cidade com 48,73% dos votos, sendo superado pelas ZE's da Zona Leste: Vila Formosa (Jardim Anália Franco) com 49,32%, Tatuapé com 48,98% e Mooca com 48,84%.[75]

Ayrton Senna, um dos santanenses mais conhecidos.

No ano de 2007, o instituto Datafolha publicou, no jornal Folha de S.Paulo, uma pesquisa feita com o intuito de saber qual o melhor lugar para se morar na cidade. O bairro eleito pelos paulistanos foi a Mooca, com 6% de aprovação; já Santana, Vila Mariana, Tatuapé e Ipiranga receberam individualmente 4% dos votos. A pergunta feita aos pesquisados foi: "Em que bairro da cidade de São Paulo você mais gostaria de morar, independente de suas condições financeiras ou de outras razões?"[76] Alguns bairros citados anteriormente (Santana, Tatuapé e Mooca), possuem uma população bairrista, tanto que lhe são atribuídos informalmente gentílicos como: "santanense", "tatuapeense" e "moquense" respectivamente.

Nasceram, no bairro, diversas personalidades do país, como: o piloto Ayrton Senna,[77][78] o estilista Carlos Miele,[79] o padre Marcelo Rossi[80][81] e o cantor Sérgio Reis.[82][83] Já moraram no bairro: José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da Independência,[8] a nadadora Maria Lenk[84] e o inventor Roberto Landell de Moura.[85] Alguns desses moradores foram homenageados com ruas santanenses, a exemplo de Pedro Doll, político e proprietário de lotes[86] e Francisco Baruel, patriarca da influente Família Baruel.

Influência Armênia[editar | editar código-fonte]

A partir da década de 1920, os armênios começaram a estabelecer sua comunidade na capital, após fugirem do genocídio perpetrado pelos turcos vizinhos. "Inicialmente, se estabeleceram próximos ao Mercado Municipal e em Imirim, onde havia a única igreja para os colonos naquela época" - Armen Pamboukdjian. De acordo com ele, a comunidade prosperou nessa região e aqueles com melhores condições financeiras se dispersaram para Santana, em áreas como Alto de Santana e Santa Terezinha. "Eles desejavam permanecer nas proximidades, mas em uma área mais nobre." Na Zona Norte como um todo, criaram uma "pequena Armênia", com escolas, produção de calçados - uma tradição antiga dos armênios que perdurou - e gastronomia.[87]

Eventos[editar | editar código-fonte]

Após a década de 1970, Santana foi palco de diversos eventos como: o Carnaval de São Paulo, realizado todos os anos no Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo, o Salão do Automóvel de São Paulo, a Super Casas Bahia, a Bienal do Livro de São Paulo e grandes feiras de negócios anualmente realizados no Pavilhão de Eventos do Anhembi.

O Aeroporto Campo de Marte e seus arredores receberam eventos com milhares de participantes tais como: a Marcha para Jesus, a maior do mundo;[88] as duas visitas do Papa ao país; o show do 1º de Maio da Força Sindical[89] e o Domingo Aéreo no Parque de Material Aeronáutica de São Paulo.[90] E de 2010-13 sediou a corrida internacional da Fórmula Indy, a São Paulo Indy 300 no Circuito do Anhembi.[91] E desde 2023 sedia a localização brasileira da Fórmula E no mesmo circuito.[92][93][94]

O aniversário de Santana (bairro e distrito) anualmente é retratado por jornais regionais, coordenado pela Subprefeitura de Santana-Tucuruvi[95] é composto de caminhadas e diversas atividades de recreação e entretenimento.[96] No ano de 2009 houve uma corrida, missas em celebração ao aniversário, atrações no teatro Alfredo Mesquita e shows das bandas Fresno e Skank que atrairam milhares de fãs ao evento.[97][98]

Filmes, novelas e livros[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Rainha da Sucata e Tiro e Queda

O bairro foi cenário da novela de Silvio de Abreu ambientada em São Paulo "Rainha da Sucata". Os personagens Maria do Carmo (Regina Duarte) e seus pais, Onofre (Lima Duarte) e Neiva (Nicette Bruno), moravam em uma mansão no bairro. A cidade cenográfica do folhetim reproduzia um quarteirão de Santana.[99] Em "Tiro e Queda", novela da Rede Record gravada em São Paulo, Santana é o lugar onde vivem todos os personagens de classe média da trama. Como o personagem Neco (Giuseppe Oristânio), um garçom português que prosperou na vida e que é dono de uma concorrida padaria do bairro. Sua filha Adriana (Guilhermina Guinle) era alvo de cobiça dos santanenses. O cruzamento de todas as tramas se dá em função do assassinato de um milionário que teria emergido em Santana. Algumas tomadas incluem cenas aéreas e paisagens do bairro.[100][101]

Na literatura, a escritora Maria Cecília Teixeira Mendes Torres, em seu livro chamado "Bairro de Santana", publicado no ano de 1970, retratou a história e o desenvolvimento do bairro. Já no setor cinematográfico, Ugo Giorgetti, nascido no bairro, dirigiu, em 2008, o curta-metragem "Santana em Santana".[102] No filme Não por Acaso, do diretor Philippe Barcinski, o personagem Ênio, interpretado por Leonardo Medeiros, procura um imóvel de dois dormitórios no Alto de Santana.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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