Santana de Parnaíba

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Santana de Parnaíba
  Município do Brasil  
Igreja Matriz - Centro Histórico
Igreja Matriz - Centro Histórico
Igreja Matriz - Centro Histórico
Símbolos
Bandeira de Santana de Parnaíba
Bandeira
Brasão de armas de Santana de Parnaíba
Brasão de armas
Hino
Lema Patriam feci magnam
"Fiz grande a Pátria"
Gentílico parnaibano
Localização
Localização de Santana de Parnaíba em São Paulo
Localização de Santana de Parnaíba em São Paulo
Localização de Santana de Parnaíba em São Paulo
Santana de Parnaíba está localizado em: Brasil
Santana de Parnaíba
Localização de Santana de Parnaíba no Brasil
Mapa
Mapa de Santana de Parnaíba
Coordenadas 23° 26' 38" S 46° 55' 04" O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana São Paulo
Municípios limítrofes Pirapora do Bom Jesus, Cajamar (N), São Paulo, (L) Barueri, (S) Itapevi (NO), Araçariguama (O).
Distância até a capital 42 km[1]
História
Fundação 14 de novembro de 1580 (443 anos)
Administração
Prefeito(a) Antônio Marcos Batista Pereira (Republicanos, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2] 179,949 km²
População total (Estimativa IBGE/2021[2]) 145 073 hab.
Densidade 806,2 hab./km²
Clima subtropical (Cwa)
Altitude 719 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 06500-000 até 06549-999
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,814 muito alto
PIB (IBGE/2016[4]) R$ 8 485 337,51 mil
PIB per capita (IBGE/2016[4]) R$ 65 644,99
Sítio santanadeparnaiba.sp.gov.br (Prefeitura)
camarasantanadeparnaiba.sp.gov.br (Câmara)

Santana de Parnaíba é um município do estado de São Paulo, localizado na Zona Oeste da Região Metropolitana de São Paulo, em conformidade com a lei estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011[5] e consequente Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI).[6]

É uma das 39 cidades que integram a Região Imediata de São Paulo que, por sua vez, é uma das duas regiões imediatas que formam a Região Intermediária de São Paulo.

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História de Santana de Parnaíba
Detalhe do Monumento aos Bandeirantes, no acesso principal à cidade

Em 1580, Susana Dias, neta do cacique Tibiriçá, juntamente com seu filho, Capitão André Fernandes, fundou uma fazenda à beira do Rio Anhembi (atual Rio Tietê), a oeste de São Paulo, próximo à cachoeira denominada pelos indígenas como "Parnaíba" (lugar de muitas ilhas).

Devido a sua posição estratégica no vale do Rio Tietê, tornou-se ponto de partida das bandeiras que seguiam rumo ao Oeste Paulista e ao Mato Grosso. Em 1625, o povoado foi elevado à condição de vila.

No século XVIII, a vila entrou em decadência devido ao fim das bandeiras. O isolamento geográfico da vila, provocado pelas quedas de água do Rio Tietê e pelo relevo acidentado de seu território, fizeram com que a vila não figurasse nas rotas de comércio e colonização que ligavam São Paulo às nascentes cidades de Jundiaí, Sorocaba e Itu.

Em 1901, a Usina Hidrelétrica Edgard de Sousa foi inaugurada no Rio Tietê, mas não foi suficiente para revitalizar a cidade, que perdeu grande parte dos seus territórios para seus antigos distritos de Cajamar, Pirapora do Bom Jesus e Barueri ao longo do século XX.

A partir da década de 1980, o município voltou a ganhar dinamismo econômico, com a melhoria das ligações rodoviárias com o restante da Grande São Paulo e com o impulso provocado pela implantação de diversos condomínios residenciais, notadamente Alphaville.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Clima[editar | editar código-fonte]

O clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. Verão quente e chuvoso. Inverno relativamente frio e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 20Cº, sendo o mês mais frio julho (média de 12°C) e o mais quente fevereiro (média de 23°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1382 mm.

Gráfico climático para Santana de Parnaíba
JFMAMJJASOND
 
 
241
 
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18
 
 
222
 
27
18
 
 
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27
17
 
 
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15
 
 
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23
13
 
 
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21
12
 
 
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21
11
 
 
44
 
23
12
 
 
74
 
23
13
 
 
127
 
24
14
 
 
128
 
25
16
 
 
142
 
26
17
Temperaturas em °CPrecipitações em mm

Fonte: Canal do Tempo

Meio ambiente[editar | editar código-fonte]

O município conta com uma política de preservação ambiental, conforme legislação em vigor, que tem proporcionado a criação e a manutenção de áreas de valor ecológico e ambiental, assim como a defesa e a preservação da fauna e da flora.[7][8]

O sistema de esgoto serve a 71,8% das residências, e a arborização em vias públicas alcança 58,4% dos domicílios.[9]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Segundo o IBGE, em 2021 a população estimada de Santana de Parnaíba era de 145 073 habitantes, com densidade demográfica de 806,2 habitantes/km². No censo de 2010, a população era de 108 813 habitantes, com densidade demográfica de 604,74 habitantes/km².[2]

Política e administração[editar | editar código-fonte]

Sede da prefeitura do município.

A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo.[10] O primeiro a governar o município foi José Pedroso de Oliveira Pinto, que ficou no cargo de intendente em 1897.[11]

Economia[editar | editar código-fonte]

A economia de Santana de Parnaíba é ligada ao setor de serviços e comércio, notadamente na região de Alphaville.

A atividade industrial está localizada nos bairros da Fazendinha e Tamboré.

O turismo vem se desenvolvendo na cidade, auxiliado pelo conjunto colonial do centro histórico.

Estrutura urbana[editar | editar código-fonte]

Comunicações[editar | editar código-fonte]

A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[12], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[13], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[14] para suas operações de telefonia fixa.

O data center da Telefônica/Vivo foi inaugurado em 2012 no bairro de Tamboré, em um prédio de 33,6 mil metros quadrados, e abriga as operações de telefonia fixa e móvel da empresa no Brasil.[15][16]

Rodovias[editar | editar código-fonte]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Turismo[editar | editar código-fonte]

O conjunto arquitetônico colonial do Centro Histórico possui mais de duzentas casas e construções datadas dos séculos XVII e XVIII, destacando-se a Igreja Matriz de Sant'Ana. Trata-se do maior conjunto colonial existente no estado de São Paulo.

No Circuito dos Alambiques é possível conhecer o processo de fabricação da cachaça artesanal.

A cidade promove festas populares que atraem um grande número de turistas, como o carnaval da cidade, que é muito conhecido e atrai pessoas de várias regiões.

Anualmente, é promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo do município o espetáculo teatral do Drama da Paixão de Cristo reconhecido nacionalmente. A peça é encenada às margens do Rio Tietê, nas proximidades da Barragem Edgard de Sousa por atores da própria cidade.

Além disso, a cidade recebe uma das maiores manifestações religiosas do Estado de São Paulo, a festa de Corpus Christi. Podendo ser considerada um dos principais atrativos turísticos e mais tradicionais eventos culturais do município, a festa, realizada desde os anos 1960, é caracterizada pela confecção de tapetes de pó de serra colorido, pó de café, casca de ovos, etc.

Bens tombados[editar | editar código-fonte]

Feriados[editar | editar código-fonte]

O calendário do município prevê os seguinte feriados:[18][19]

Nome Data Observação
Sexta-feira da Paixão Sexta-feira que antecede o domingo de Páscoa[20] A Sexta-feira Santa é o dia em que é celebrado a morte de Jesus Cristo.
Corpus Christi Celebrada anualmente 60 dias depois da Páscoa[21] Festa religiosa da Igreja Católica que tem por objetivo celebrar o mistério da eucaristia.
Santa Ana 26 de julho Padroeira do município.[22]
Aniversário de Santana de Parnaíba 14 de novembro Data da fundação da cidade.

A Páscoa é uma festa religiosa móvel que costuma acontecer entre 22 de março e 25 de abril.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Distâncias entre a cidade de São Paulo e todas as cidades do interior paulista». Consultado em 28 de janeiro de 2011 
  2. a b c Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2021). «Santana de Parnaíba». Consultado em 19 de abril de 2022 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 31 de julho de 2013  Parâmetro desconhecido |idh_pos= ignorado (ajuda)
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 5 de março de 2019 
  5. «Lei Complementar nº 1.139, de 16 de junho de 2015/ 2011». Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Consultado em 1 de fevereiro de 2017 
  6. «Região Metropolitana de São Paulo». Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo. Consultado em 1 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 27 de janeiro de 2017 
  7. «Política de Meio Ambiente» (PDF). Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba. Consultado em 12 de agosto de 2019 
  8. «Lei Nº 2823, DE 18 de setembro de 2007, institui o Código Ambiental de Santana de Parnaíba». Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba. Consultado em 12 de agosto de 2019 
  9. «Território e Ambiente - Santana de Parnaíba». IBGE. Consultado em 12 de agosto de 2019 
  10. «Prefeitura de Santana de Parnaíba». Consultado em 11 de agosto de 2019 
  11. Ricardo Viveiros (2014). «A vila que descobriu o Brasil: A história de Santana de Parnaíba». Geração editorial. Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  12. «Relação do patrimônio da CTB incorporado pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo 
  13. «Nossa História». Telefônica / VIVO 
  14. GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1 
  15. «Tamboré». Telefonica Business Solutions. Consultado em 22 de outubro de 2018 
  16. Rafael Silva. «Por dentro do novo datacenter da Telefônica-Vivo em SP». Tecnoblog. Consultado em 22 de outubro de 2018 
  17. ASSAOC – Associação Amigos das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo. «Rede de Informações Culturais do Estado de São Paulo». Consultado em 16 de agosto de 2010 
  18. «Feriados Municipais Santana de Parnaiba». Feriados municipais. Consultado em 16 de agosto de 2019 
  19. «Feriados Municipais Santana de Parnaiba». br.calendario.online. Consultado em 16 de agosto de 2019 
  20. «Sexta-feira Santa». Calendarr.com. Consultado em 16 de agosto de 2019 
  21. «Corpus Christi». Calendarr.com. Consultado em 16 de agosto de 2019 
  22. «Dia de Santa Ana». Calendarr.com. Consultado em 16 de agosto de 2019 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Camargo, Paulo Florêncio da Silveira (1971). História de Santana de Parnaíba. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura. 372 páginas.
  • Nascimento, Haydée (1977). Aspectos Folclóricos do Carnaval de Santana de Parnaíba.São Paulo: Secretaria de Cultura. 158 páginas.

Trabalhos acadêmicos[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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