Santi Pietro e Paolo a Via Ostiense

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Basílica de Santos Pedro e Paulo na Via Ostiense
Santi Pietro e Paolo a Via Ostiense
Santi Pietro e Paolo a Via Ostiense
Foto Paolo Monti, 1967
Tipo
Estilo dominante Fascista
Arquiteto Arnaldo Foschini, Alfredo Energici, Vittorio Grassi, Nello Ena, Tullio Rossi e Costantino Vetriani
Início da construção 1939
Fim da construção 1955
Religião Igreja Católica
Diocese Diocese de Roma
Ano de consagração 1958
Website Site oficial
Geografia
País Itália
Região Roma
Coordenadas 41° 50' 01" N 12° 27' 33" E

Santi Pietro e Paolo a Via Ostiense ou Basílica de Santos Pedro e Paulo na Via Ostiense é uma basílica menor e uma das igrejas titulares de Roma, Itália, localizada na Piazzale dei Santi Pietro e Paolo, na região moderna de EUR. Ela fica no extremo oeste da Viale Europa, em cujos dois últimos quarteirões está uma escadaria monumental reservada para pedestres e pavimentada com mármore multicolorido. Estão ali, perto da igreja, estátuas colossais de São Pedro e São Paulo.

O cardeal-presbítero protetor do título de Santos Pedro e Paulo na Via Ostiense é Pedro Ricardo Barreto Jimeno.

História[editar | editar código-fonte]

O esquema original da igreja era parte do plano fascista de 1936 para a Exposição Mundial de 1942, que jamais se realizou por causa da Segunda Guerra Mundial, mas que acabou deixando um legado de edifícios monumentais em Roma. A igreja foi planejada para ser o ponto alto da seção oeste do local escolhido para a exposição e foi encarregada a um comitê de arquitetos: Arnaldo Foschini, Alfredo Energici, Vittorio Grassi, Nello Ena, Tullio Rossi e Costantino Vetriani. Eles escolheram um plano baseado na cruz grega, baseando-se no plano original para a nova Basílica de São Pedro de Michelângelo. A construção começou em 1939, mas foi interrompida pela guerra e pela falta de entusiasmo da Diocese de Roma em se envolver. Ela só foi completada em 1955 e tornou-se uma igreja paroquial em 1958. Aparentemente, a função original deste edifício era ser o mausoléu de Mussolini.

A paróquia está a cargo dos franciscanos conventuais.

Exterior[editar | editar código-fonte]

O local escolhido para a igreja é uma elevação sobre o vale do rio Tibre e sua encosta desde até a área principal de EUR do outro lado. Está no canto noroeste de EUR, uma posição pouco conveniente. A intenção original era que o edifício fosse visível de longe, uma missão cumprida com louvor pelo projeto. A escadaria monumental fica no lado leste do edifício, subindo a encosta.

O edifício em si é um cubo de tijolos marrons com borda de pedra dotado de quatro gigantescos pilones anexos à cada fachada da cruz grega. A cúpula hemisférica está coberta por telhas hexagonais e está assentada sobre um tambor com seis recessos dotados de pequenas vigias. A lanterna é um cilindro cortado por quatorze aberturas retangulares estreitas e encimada por uma cobertura cônica que suporta uma estátua de Nossa Senhora. A entrada está no pilone oriental e, no enorme recesso retangular sobre as portas está um alto-relevo de Jesus ressuscitado com os apóstolos. Imediatamente acima da porta está a Confissão de Pedro em latim e, sobre o recesso, uma inscrição dedicatória.

Interior[editar | editar código-fonte]

Comparado ao local magnífico, o interior pode ser frustrante. Quase todas as paredes do interior estão pintadas de um amarelo amarronzado claro com rachaduras já à mostra. A cúpula está coberta por caixotões decorados com cruzes e há um vitral no óculo sobre a cruz. Há oito vigias (janelas redondas) à volta do tambor e somente elas iluminam o interior.

Dominando todo o ambiente está o mosaico de "Cristo em Glória" sobre o altar-mor. A capela da esquerda é dedicada à Imaculada Conceição e tem um mosaico, "Madona com o Menino Venerada por Anjos". A da direita é dedicada a São Francisco de Assis, que aparece no mosaico juntamente com outros santos franciscanos. Há ainda relevos mostrando os evangelistas nos quatro pontos cardeais. Talvez o item mais interessante de toda a decoração é o enorme lustre em forma de coroa de dezesseis lados presa aos pendículos e cujo diâmetro é o mesmo da cúpula.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Alemanno, M. (2006). Le chiese di Roma moderna (em italiano). III. Roma: Armando Editore. p. 34–38 
  • Fronzuto, G. (2007). Organi di Roma. Guida pratica orientativa agli organi storici e moderni (em italiano). Florença: Leo S. Olschki Editore. p. 361–362. ISBN 978-88-222-5674-4 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]