Santos Brasil

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Santos Brasil
Santos Brasil
Razão social Santos Brasil Participações S/A
Slogan Aonde você quer chegar?
Cotação B3STBP3
Atividade Logística
Portuária
Fundação 1997
Sede São Paulo  Brasil
Locais Santos
São Paulo
Guarujá
São Bernardo do Campo
Imbituba
Barcarena
Presidente Antônio Carlos Duarte Sepúlveda
Empregados 3.500
Certificação ISO 9001:2008, ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007
Acionistas Não há acionista controlador[1]
Website oficial Site Oficial

A Santos Brasil Participações S/A (Santos Brasil) é uma empresa brasileira de operação portuária de logística integrada, atuando com contêineres, veículos, carga geral e granéis líquidos.

Funcionamento[editar | editar código-fonte]

Atualmente, a organização é de capital aberto (sociedade anônima), está listada no nível 2 de Governança Corporativa[2] da Bovespa, tem rating brAAA[3] segundo a Standard & Poor’s e já investiu R$ 3 bilhões calculados em valor presente nos 3 terminais de contêineres que administra. Entre eles está o Tecon Santos, o maior em média mensal de movimentação de contêineres do Brasil, com 109 MPH (movimentos por hora) localizado na margem esquerda do Porto de Santos, administrado pela Autoridade Portuária de Santos (APS) com supervisão da Secretaria Especial de Portos (SEP/PR), responsável pelo maior fluxo de entrada e saída de mercadorias no Brasil[4].

Operações[editar | editar código-fonte]

Com sede em São Paulo, foi criada em 1997 e tem a concessão para operar, além do Tecon Santos, o Tecon Imbituba, no Porto de Imbituba, em Santa Catarina, o Tecon Vila do Conde da cidade paraense de Barcarena, o TEVTerminal de Veículos do porto de Santos e o Terminal de Carga Geral, também em Imbituba. A companhia ainda possui dois centros de distribuição, os CDs São Bernardo de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, e o Jaguaré, em São Paulo. Detém também uma operadora logística, a Santos Brasil Logística, que administra os Centros Logísticos Industriais e Aduaneiros – CLIA Guarujá e CLIA Santos – na Baixada Santista; e dois terminais de granéis líquidos no Porto do Itaqui (TGL 1 e TGL 3).[5]

Ações filantrópicas[editar | editar código-fonte]

A empresa desenvolve diversos projetos de responsabilidade socioambiental e voltados ao esporte, sendo reconhecida como uma das Empresas Amigas do Esporte pelo Ministério do Esporte.

A companhia é signatária do Pacto Empresarial contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Brasileiras, de acordo com a Childhood Brasil.

Estrutura societária[editar | editar código-fonte]

Acionista %
International Market Investments C.V. 26,57%
PW237 Participações S. A. 20,48%
Multi STS Participações S. A. 10,16%
Brasil Terminais S.A 8,16%
Santander Fundo de Investimento PB RK Exclusivo Ações 1,90%
OPP I Fundo de Investimentos em Ações 0,49%
Richard Klien 0,17%
Outros 0,43%
Free Float 31,64%

História da empresa[editar | editar código-fonte]

1997[editar | editar código-fonte]

Nasce a Santos Brasil a partir do consórcio vencedor do leilão de privatização do Terminal de Contêineres de Santos, o Tecon Santos, com investimento de US$ 250 milhões, sob o nome “Consórcio Santos Brasil”.

2001[editar | editar código-fonte]

O Tecon Santos totaliza 760 metros de cais acostável com a incorporação de 250 metros aos 510 metros originais.

2006[editar | editar código-fonte]

Devido a uma reestruturação societária, nasce a holding Santos Brasil Participações S/A, com capital aberto na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e serviços portuários e logísticos pelo País. Por meio do Termo de Permissão de Uso – TPU, a empresa passa a operar o TEV, Terminal de Veículos, no Porto de Santos.

2007[editar | editar código-fonte]

A holding incorpora a Mesquita Soluções Logísticas, além dos serviços oferecidos pela “Santos Brasil S/A”. 19,7% dos contêineres movimentados na costa brasileira passam pelo Tecon Santos, terminal da empresa na margem esquerda do Porto de Santos. Início das obras de expansão do Tecon Santos, que vai conferir ao local 980 metros de cais acostável.

2008[editar | editar código-fonte]

Produtividade do Tecon Santos, medida por Movimentos por Hora (MPH), atinge a marca de 55 MPH. Índice era de 11 MPH em 1997, quando a Santos Brasil assumiu a operação do terminal. A companhia vence licitação para administrar o Tecon Imbituba, no Porto de Imbituba. O processo foi conduzido pela Companhia Docas de Imbituba. Neste mesmo ano, ganha o direito de administrar o Tecon Vila do Conde, no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, no Pará.

2009[editar | editar código-fonte]

O Tecon Santos, operado pela empresa, recebe os primeiros portêineres Super Post-Panamax (super guindastes de trilhos que percorrem o cais e são capazes de movimentar 2 contêineres de 40 pés simultaneamente) do continente americano. Em parceria com o Instituto Iochpe, é criada a Escola Santos Brasil Formare, que capacita jovens da Baixada Santista para trabalhar com operações portuárias e operações logísticas. Por meio de sua subsidiária Union Armazenagem e Operações Portuária S.A., a empresa vence licitação para o arrendamento do Terminal de Veículos – TEV.

2010[editar | editar código-fonte]

A partir de um estudo de posicionamento institucional, a companhia revê sua logomarca e toda a sua comunicação visual. O cais acostável do Tecon Santos passa a ter 980 metros com a inauguração do Terminal 4 (T4). Adquisição da área onde se encontra hoje o CD do Jaguaré, na zona oeste de São Paulo.

2011[editar | editar código-fonte]

O Tecon Imbituba recebe portêineres vindos da China e tem seu cais ampliado para 660 metros. O Tecon Santos bate marca histórica no Brasil com 135,5 MPH (movimentos por hora) em um único navio.

2012[editar | editar código-fonte]

O Tecon Santos bate recorde histórico no Brasil de 81,86 MPH (movimentos por hora) em um único mês. No mesmo ano, o terminal bate outro recorde no setor portuário brasileiro, dessa vez em movimentação: 105 mil contêineres em um único mês. Como alternativa de transporte no Pará, foi iniciado o transporte fluvial de contêineres via barcaças para outras cidades da região.

A empresa atingiu 55% de market share no Porto de Santos.[6]

2013[editar | editar código-fonte]

A consultoria Standard & Poor's eleva o rating da organização para “brAAA”, nível mais alto da Escala Nacional Brasil.

O Tecon Santos recebe a embarcação com maior capacidade de carga da história do Porto de Santos. O Cap San Nicolas, da armadora Hamburg Süd, de 9.600 TEU (Twenty-foot Equivalent Unit).

2014[editar | editar código-fonte]

Em agosto, a companhia recebe primeira autorização da Antaq para antecipar a prorrogação do contrato de administração do Tecon Santos por mais 25 anos, que deve ser outorgada pela SEP em 2015.

Em setembro, o terminal ainda bate o recorde sul-americano de produtividade por operação de movimentação de contêineres ao atingir 193,92 MPH durante embarque e descarga do navio Cap San Nicolas, da Hamburg Süd. Esse marco é superado dois meses depois, quando o Tecon Santos estabelece um novo recorde, no Porto de Santos, ao registrar 216,88 MPH na operação do navio Monte Olivia, do mesmo armador.

2015[editar | editar código-fonte]

O Tecon Santos atinge média de 110,02 MPH no mês de março - maior indicador de produtividade mensal já registrado no Porto de Santos.

O terminal operado pela companhia registra também 221,55 MPH em descarga do navio Cosco China, ainda no mês do março. O marco de produtividade é rapidamente superado em abril, quando a companhia registra 225,25 MPH na operação do navio MSC Bremen e estabelece um recorde histórico no complexo santista.

Estrutura[editar | editar código-fonte]

Contêineres[editar | editar código-fonte]

Tecon Santos[editar | editar código-fonte]

Situado na margem esquerda do Porto de Santos é considerado uma referência em questões de eficiência na América do Sul e mantém a maior média de MPH (movimentos por hora) do Brasil: 109. [7]

O terminal conta com 596 mil metros quadrados e capacidade de movimentação de 2 milhões de TEU por ano.[7]

Tecon Imbituba[editar | editar código-fonte]

O Terminal de contêineres na região sul administrado pela Santos Brasil fica no Porto de Imbituba e possui 207 mil metros quadrados e capacidade para 650 mil TEU por ano. [7]

Este terminal é situado em um porto de águas profundas e pode receber navios do tipo Super Post Panamax. Além disso, conta com o Porto Indústria, um condomínio retroportuário de 2,5 milhões de m² para armazenagem frigorífica, pátio regulador para caminhões, entre outras estruturas.[7]

Tecon Vila do Conde[editar | editar código-fonte]

No norte do País, em Barcarena, está localizado o Tecon Vila do Conde, com capacidade de 250 mil TEU por ano, 103 metros quadrados de área útil e 254 metros de cais acostável.[7]

Veículos e carga geral[editar | editar código-fonte]

  • Terminal de Veículos (TEV), o maior terminal de veículos do Brasil, tendo capacidade operacional para 300 mil automóveis por ano e movimentando 40% dos carros exportados e importados por montadoras brasileiras; [8]
  • Saboó I, terminal do Porto de Santos destinado a recebimento, armazenamento, movimentação e carregamento de cargas de projeto, carga ro-ro (roll on-roll off) e carga geral não conteinerizada;[8]
  • Saboó II, terminal do Porto de Santos destinado ao armazenamento de cargas; [8]
  • TCG Imbituba, para movimentação e armazenamento de cargas de alta complexidade[8]

Logística[editar | editar código-fonte]

A empresa opera com Centros de Distribuição em São Paulo e São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, além de Centros Logísticos Industriais e Aduaneiros (CLIAs) em Santos e Guarujá, além de oferta de serviços Porto à Porta,[9] com integração de atividades portuárias, de transporte rodoviário e de abastecimento da indústria.

Granéis líquidos[editar | editar código-fonte]

Os terminais de granéis líquidos Santos Brasil ficam localizados no Porto do Itaqui, em São Luís (MA), e são destinados ao recebimento, expedição e armazenagem de combustíveis (diesel, gasolina e biocombustíveis).[10]

  • TGL 1ː 34 mil m³, distribuída em 8 tanques
  • TGL 2ː em desenvolvimento, terá capacidade de 85 mil m³, distribuída em 12 tanques.
  • TGL 3ː capacidade nominal de 20 mil m³, distribuída em 7 tanques

Responsabilidade socioambiental[editar | editar código-fonte]

A Santos Brasil Formare[11] é um projeto desenvolvido com a Fundação Iochpe em parceria com a empresa. Desde 2011, oferece a jovens da Baixada Santista vagas para cursos profissionalizantes reconhecidos pelo MEC nas áreas portuária e logística. As aulas são ministradas por funcionários voluntários, chamados de educadores formare.

Premiações[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. [1]
  2. «O que são Segmentos de Listagem». Consultado em 20 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 25 de fevereiro de 2014 
  3. Standard & Poors. «Rating 'brAAA' na Escala Nacional Brasil da Santos Brasil reafirmado; perspectiva estável». Standard & Poors. Consultado em 12 de novembro de 2014 
  4. Amanda Previdelli. «Os 12 melhores portos públicos brasileiros». Exame.com. Consultado em 1 de novembro de 2012 
  5. «Santos Brasil - Quem Somos». Santos Brasil. Consultado em 29 de junho de 2023 
  6. Codesp. «Área de influência comercial». Consultado em 12 de fevereiro de 2014 
  7. a b c d e «Santos Brasil - Terminais». Santos Brasil. Consultado em 29 de junho de 2023 
  8. a b c d «Santos Brasil - Veículos e carga geral». Santos Brasil. Consultado em 29 de junho de 2023 
  9. «Braço de logística da Santos Brasil é o que mais cresce no grupo». Consultado em 20 de agosto de 2013 
  10. «Santos Brasil - Graneis Líquidos». Santos Brasil. Consultado em 29 de junho de 2023 
  11. «Santos Brasil oferece 40 vagas em cursos gratuitos de qualificação». Jornal A Tribuna Online. Consultado em 13 de fevereiro de 2014 
  12. «Bradesco, Santos Brasil, Samarco, TBG e inpEV levam o Prêmio Abrasca Melhor Relatório Anual». UOL. Consultado em 20 de fevereiro de 2014 
  13. «Finalistas e Vencedores». Guia Marítimo. Consultado em 22 de setembro de 2013 
  14. «Anunário Época 360º elege CPFL Empresa do Ano». Revista Época. Consultado em 16 de setembro de 2013 
  15. «Confira os vencedores». Portal da Comunicação. Consultado em 11 de janeiro de 2014 
  16. «Sistema de gestão integrado da Santos Brasil é reconhecido por certificadora internacional». Consultado em 18 de fevereiro de 2014 
  17. «Livro sobre o Porto de Santos alcança destaque na 53ª edição do Prêmio Jabuti». Portal Transporta Brasil. Consultado em 20 de outubro de 2010