Saque de Tessalônica (1185)

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 Nota: Para o saque de Tessalônica pelos sarracenos no século X, veja Saque de Tessalônica (904). Para outras batalhas no mesmo local, veja Batalha de Salonica.
Saque de Tessalônica
Guerras bizantino-normandas
Data 9 de agosto de 1185 até 24 de agosto de 1185
Local Império Bizantino, Tessalônica
Desfecho Vitória normanda; Tessalônica saqueada
Beligerantes
Império Bizantino Reino da Sicília Reino da Sicília
Comandantes
David Comneno
Teodoro Cumno
João Maurozomes
Reino da Sicília Balduíno
Reino da Sicília Ricardo de Acerra
Reino da Sicília Tancredo de Lecce
Forças
80 000 soldados
200 navios
Baixas
7 000 soldados e civis 3 000 soldados

O saque de Tessalônica (português brasileiro) ou saque de Salonica (português europeu) de 1185 pelos normandos do Reino da Sicília foi um dos piores desastres a se abater sobre o Império Bizantino no século XII.

História[editar | editar código-fonte]

O incompetente governador da cidade, David Comneno, não se preparou adequadamente para o cerco e chegou a proibir ataques dos defensores que tentavam desestabilizar as armas de cerco normandas. Os exércitos bizantinos não conseguiram coordenar seus esforços para livrar a cidade e apenas duas forças, sob Teodoro Cumno e João Maurozomes, chegaram para ajudar a cidade. Na ocasião, os normandos conseguiram cavar sob a muralha leste da cidade, que desmoronou abrindo uma brecha pela qual os invasores penetraram na cidade. A conquista degenerou rapidamente num massacre em grande escala da população civil da cidade, com mais de 7 000 cadáveres encontrados posteriormente. O cerco foi relatado de maneira bastante detalhada pelo arcebispo da cidade, Eustácio de Tessalônica, que estava na cidade durante e depois do evento. Os normandos ocuparam Tessalônica até meados de novembro e, depois de terem sido derrotados na Batalha de Demetritzes, eles a evacuaram.

Ocorrendo logo depois do "Massacre dos Latinos" em Constantinopla três anos antes, o massacre dos tessalonicenses pelos normandos aprofundou o cisma entre os bizantinos ortodoxos e os latinos católicos. Como demonstração da fraqueza militar do Império Bizantino, ele também levou à deposição do impopular e tirânico Andrônico I Comneno e à ascensão de Isaac II Ângelo.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]