Segunda Batalha de Tuiuti

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 Nota: Para a primeira batalha, veja Batalha de Tuiuti.
Segunda Batalha de Tuiuti
Guerra do Paraguai

Tuiuti em 3 de novembro de 1867, por E. C. Jourdan (1838-1900).
Data 3 de novembro de 1867
Local Tuiuti, Paraguai
Desfecho Vitória aliada
  • Ataque paraguaio repelido
Beligerantes
 Império do Brasil
 Argentina
 Paraguai
Comandantes
Império do Brasil Manuel Marques de Sousa Paraguai Vicente Barrios
Forças
~4.500 homens
(3.000 brasileiros,[1]
712 argentinos,[1]
800 reforços posteriores)
8.000 - 9.000 homens[1]
Baixas
294 mortos[2]
~250 capturados[3]
2.734 mortos[3]
155 capturados[3]

A Segunda Batalha de Tuiuti foi travada em 3 de novembro de 1867 entre o exército paraguaio e uma menor força aliada brasileira e argentina. Os paraguaios perderam o dobro de soldados que os aliados e foram derrotados.[4][5]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Com a captura de Tayi em 2 de novembro de 1867 na Guerra do Paraguai, as forças aliadas tiveram os acampamentos paraguaios de Humaita e Curupayti ao longo do Rio Paraguai cercados. O general José Barreto tinha 5.000 homens em Tayi, o general Andrade Neves tinha uma divisão brasileira na Estância San Solano, o marechal Caxias tinha 25.000 soldados em Tuyucue e o general Manuel Marques de Sousa tinha 16.000 homens em Tuiuti. Além disso, a Marinha do Brasil tinha 18 navios a vapor em Curuzi e 5 ironclads em frente à Humaita. O presidente Francisco Solano López decidiu atacar as bases de abastecimento aliadas em Tuiuti e Itapiru no Rio Paraná.[6]:75

Batalha[editar | editar código-fonte]

A força paraguaia de 9.000 homens estava sob o comando de General Vicente Barrios. Eles incluíram duas divisões de infantaria sob os coronéis Gimenez e Gonzalez e uma divisão de cavalaria sob o coronel Caballero. A infantaria paraguaia deveria atacar a partir do leste (da área de Paso Yataiti-Cora) em três colunas às 04:30h em 3 de novembro. A cavalaria era para fazer uma ampla varredura para o porto de Itapiru e depois avançar na retaguarda aliada.

A infantaria do Paraguai tomou rapidamente as trincheiras aliadas exteriores e empurrou para trás a segunda linha para o campo de abastecimento. Os paraguaios começaram a saquear uma zona de comércio. Ao perceber o ataque paraguaio, o então Visconde de Porto Alegre ordenou um assalto de baioneta calada sobre os paraguaios. A zona de comércio, porém estava em chamas, fazendo com que os paraguaios abandonassem-a e investissem contra o quartel-general brasileiro, quando foram atacados no campo de abastecimento por um reduto da artilharia aliada sob o comando do general Manuel Marques de Sousa, que era de 1.800 homens e 14 canhões. Quando a cavalaria paraguaia chegou a Tuiuti, a infantaria recuou, e uma brigada da cavalaria argentina de 800 homens, sob o comando do general Hornos, chegou de Tuyucue. A batalha acabou às 21:00h.[6]:76[7]

Consequências[editar | editar código-fonte]

O brigadeiro general Barrios foi promovido a general de divisão.[6]:77

Galeria[editar | editar código-fonte]


Referências

  1. a b c Doratioto 2003, p. 311.
  2. Doratioto 2003, p. 313.
  3. a b c Doratioto 2003, p. 312.
  4. Granaderos. Segunda Batalla de Tuyutí
  5. Rolón Medina, Anastasio (1964). El lustro terrible. Asunción: Imprenta La Humanidad, pp. 108.
    9.000 paraguaios em quatro brigadas de infantaria, quatro batalhões cada, e duas brigadas de cavalaria, dois regimentos cada (...).
  6. a b c Hooker, T.D., 2008, The Paraguayan War, Nottingham: Foundry Books, ISBN 1901543153
  7. Menchen, Harry Edgar (1966). «Guerra do Paraguai: Diário de Campanha do Capitão». A Defesa Nacional. 52 (609): 11. ISSN 0011-7641. Consultado em 29 de dezembro de 2023 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]