Sentenças

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A abertura do Livro das Sentenças num manuscrito do século XIV ( Free Library of Philadelphia, Lewis E 170, fol. 1r)

Os Quatro Livros de Sentenças (em latim Libri Quattuor Sententiarum) é um livro de teologia escrito por Pedro Lombardo no século XII. É uma compilação sistemática de teologia, escrita por volta de 1150, que deriva seu nome das sententiae ou declarações abalizadas sobre passagens bíblicas que se reuniam.

Conteúdo[editar | editar código-fonte]

Os Quatro livros das Sentenças representam uma primeira forma de dialética, oferecendo um apanhado da economia cristã, desde a criação até o juízo final.[1] O conteúdo do Sentenças corresponde às quatro partes em que se apresenta normalmente a catequese cristã:[2]

  1. Deus, Unidade e Trindade, em sua Essência e em suas Pessoas, sua presença no mundo e pelo dom da graça;
  2. Deus criador e a obra da criação;
  3. A Encarnação do Verbo, sua obra redentora e santificadora pela graça, as virtudes e os dons do Espírito;
  4. Os sacramentos e os fins últimos.

Importância[editar | editar código-fonte]

O escrito mais importante produzido por Tomás de Aquino foi justamente um comentário sobre a obra de Lombardo chamada de Escrito sobre os livros das Sentenças.[3] O escrito é o fruto de seu primeiro ensino como bachareal sentenciário em Paris, de 1252 a 1254.[2]

Referências

  1. SESBOÜÉ, Bernard. História dos dogmas 4 - A palavra da salvação. Edições Loyola; ISBN 978-85-15-02232-8. p. 73.
  2. a b Frei Carlos Josaphat. Tomás de Aquino e a nova era do Espírito. Edições Loyola; 1998. ISBN 978-85-15-01752-2. p. 61.
  3. NASCIMENTO, Carlos Arthur Ribeiro do. Santo Tomás de Aquino. Editora da PUC-SP; 1992. p. 21.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]