Serviço de Tecnologia Alternativa

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Serviço de Tecnologia Alternativa
(SERTA)
Tipo Organização não-governamental
Fundação 1989
Estado legal Ativo
Sede Brasil Brasil
Sítio oficial http://www.serta.org.br

O Serviço de Tecnologia Alternativa (SERTA) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), localizada no município de Gloria do Goitá, na Zona da Mata de Pernambuco. Fundada em agosto de 1989 por um grupo de agricultores, técnicos agrícolas e educadores, inicialmente conhecidos pelo nome “grupo do mutirão” devido ao fato de morarem nas comunidades, que introduziam métodos para o progresso do meio ambiente com uma agricultura consciente e sustentável usando tecnologias apropriadas, baseando-se na agricultura familiar, por estarem preocupados com o êxodo rural. A formação de jovens e qualificação de educadores e produtores familiares constitui sua missão, com o intuito de acabar com o descaso dos jovens e a objeção dos agricultores em mudar para um modelo alternativo de agricultura e assim proporcionar o desenvolvimento sustentável do campo, modificando não só o cenário ambiental mas também o cenário econômico, social e político.[1]

Participação[editar | editar código-fonte]

O SERTA, devido ao reconhecimento da mata de Pernambuco como polo da agricultura orgânica, entrou para a Rede de Fortalecimento Institucional, que tem como objetivo impulsionar ações de colaboração e defesa do jovem rural brasileiro. Também opera na Rede Layc (Rede latino-americana e do Caribe de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Sustentável) e do CAIS (Centros de Aprendizagem Intercambio de Saberes na América Latina), ambas focadas na consolidação da agricultura familiar.

História[editar | editar código-fonte]

1992[editar | editar código-fonte]

Elaboração de projetos políticos com a finalidade de progresso rural e municipal nos locais de produção, assistência social e educação. Também iniciou os primeiros contatos com as escolas da região com o intuito de elaborar um projeto educacional a partir de conhecimentos adequados para promoção do desenvolvimento local.

Com esses dois planos, foi gerado a Proposta de Educação Rural (PER), que inicialmente seria aplicada em alguns municípios mas encontrou uma barreira no caminho por não receber subsídio financeiro das prefeituras.

1996-1997[editar | editar código-fonte]

Ocorre a transferência do SERTA para Mata de Pernambuco em 1996, e no ano seguinte o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) é estabelecido.

1999[editar | editar código-fonte]

O SERTA estabelece que os municípios adotassem completamente o PER, implantando-o em todas as suas escolas.

Os efeitos foram positivos, resultando na inserção da proposta nas escolas urbanas. No mesmo ano o nome PER muda para Proposta Educacional de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável – PEADS, tornando-se a identificação principal do SERTA.

2003[editar | editar código-fonte]

A localidade do SERTA passou a ser respeitado como polo da agricultura orgânica de Pernambuco.[2]

Atividades do SERTA[editar | editar código-fonte]

O SERTA atua em diversas áreas, mas as principais são: agricultura familiar, educação de campo e de jovens.Erro de citação: Elemento de abertura <ref> está mal formado ou tem um nome inválido Tem atuação secundária nos campos de saúde, meio ambiente, arte, cultura e comércio. Nessas áreas temos:

  • Aplicação Educacional de Tecnologia
  • Apoio à Aprendizagem
  • Apoio à Permanência Escolar
  • Associações de Crédito e Poupança
  • Atividades Artísticas e de Espetáculos
  • Atividades Complementares à Escola
  • Capacitação para o Trabalho
  • Desenvolvimento/ apoio rural e agrícola
  • Educação Ambiental
  • Estágio e Emprego
  • Formação Continuada de Educadores
  • Incentivo à Inclusão no Ensino Superior
  • Inclusão Digital
  • Preservação Cultural e Histórica
  • Produção Eco Sustentável
  • Promoção do Voluntariado
  • Proteção e Conservação do Patrimônio Natural [3]

Programas[editar | editar código-fonte]

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI)[editar | editar código-fonte]

Através de associações de ações, crianças e adolescentes com até dezesseis anos são retirados da situação de exploração por meio do trabalho infantil. A assistência às famílias é feita gerando renda a partir do Programa Bolsa Família e promovendo acompanhamento familiar.

Alguns eixos de atuação do programa são: informação e estímulo, por intermédio de campanhas públicas; procura e registro no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal; transferência de renda, inclusão das crianças, adolescentes e suas famílias em serviços assistência social e condução para serviços de saúde, educação, cultura, esporte, lazer ou trabalho.[4]

Proposta de Educação Rural (PER)[editar | editar código-fonte]

Conciliado com a realidade agrícola e os valores culturais das regiões, a proposta de educação tem o objetivo de ensinar e trabalhar de acordo com a realidade do aluno os valores positivos da agricultura e a família rural, possibilitando ações sustentáveis. A partir de 1999, a PER passa a se chamar Proposta Educacional de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável (PEADS).[5]

Proposta Educacional de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável (PEADS)[editar | editar código-fonte]

Através de análises da condição de vida do aluno, ocorre o estímulo a reflexão de sua realidade para torná-los instruídos a dar assistência técnica a pequenos agricultores.

Os principais pontos da metodologia da proposta são: a escola, a família e o aluno como formadores de conhecimento, o adolescente e o jovem como peças-chave, e suas famílias como parceiros fundamentais.[6]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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