Seta (musgo)

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Funaria hygrometrica, uma espécie de musgo que produz longas sedas acastanhado-avermelhadas, encimadas por cápsulas (esporângios) castanhos com caliptra aguçada. O epíteto específico é uam referência aos movimentos higroscópicos da seda.

Seta ou seda (do latim: seta, "cerda"), por vezes estilete da cápsula, é a designação dada em anatomia vegetal à estrutura em forma de haste peduncular que liga a base do esporófito dos musgos à cápsula onde são produzidos os esporos.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

A seta é o fino talo que suporta o esporângio (a cápsula) dos musgos e das hepáticas, abastecendo-o com àgua e nutrientes. A seta é parte do esporófito e tem um curto pé embebido nos tecidos do gametófito de onde retira água e nutrientes numa relação do tipo parasítico. As setas não estão presentes em todos os musgos, mas em algumas espécies podem atingir de 15 a 20 cm de altura.[2]

Em muitos musgos, a cápsula onde se forma os esporos (o esporângio) é levantada por uma haste mais ou menos alongada para garantir uma melhor dispersão dos esporos pelo vento, já que nas espécies anemocóricas a propagação depende do transporte dos esporos pelo vento.

Se a haste é formada pelo esporófito é designada por "seta", mas se for formado pelo gametófito (sendo neste caso quase sempre verde) é designada "pseudopódio". A parte engrossada na extremidade superior da seta, o pescoço da cápsula, é designada por "apófise",[3][4] sendo às vezes erradamente referida como"hipófise". As setas podem geralmente assumir funções de propagação adicionais, executando movimentos higroscópicos em função do seu estado de hidratação.

Notas

  1. Bryophyta].
  2. Raven, Peter H.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. (2005): Biology of Plants (7th ed.). W.H. Freeman and Company.
  3. Gerhard Wagenitz (2008). 2., ed. Wörterbuch der Botanik. Hamburg: Nikol. p. 22. ISBN 3-937872-94-9 
  4. Friedrich Wilhelm Weis: Plantae Cryptogamicae Florae Gottingensis. 1770.