Seweryna Szmaglewska

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Seweryna Szmaglewska
Seweryna Szmaglewska
Nascimento 11 de fevereiro de 1916
Przygłów, Reino da Polônia
Morte 7 de julho de 1992 (76 anos)
Varsóvia, Polônia
Nacionalidade polonesa
Cônjuge Witold Wiśniewski
Ocupação Escritora e sobrevivente do Holocausto
Gênero literário Biografia e não-ficção
Magnum opus Smoke over Birkenau (1945)

Seweryna Szmaglewska (Przygłów, 11 de fevereiro de 1916Varsóvia, 7 de julho de 1992) foi uma escritora polonesa, sobrevivente do Holocausto, na Segunda Guerra Mundial. Seu livro auto-biográfico, Smoke over Birkenau (1945), foi usado como prova de acusação durante os Julgamentos de Nuremberg.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Seweryna nasceu na vila de Przyglów, perto de Piotrków Trybunalski, em 1916. Era de família clerical. Seu pai Antoni Szmaglewska, era secretário da comuna. Estudou na escola de sua vila e depois em Varsóvia concluiu os estudos, onde se formou em enfermagem. Com o início da guerra, trabalhou como socorrista no Hospital da Santíssima Trindade em Piotrków Trybunalski e, secretamente, começou a dar aulas a crianças judias.[1] Em 1940, juntou-se a um movimento de resistência que mantinha uma biblioteca secreta com literatura polonesa.[2]

Prisão[editar | editar código-fonte]

Em 1942, aos 26 anos, Seweryna foi presa pela Gestapo e depois de um tempo detida em Radom, foi enviada para o campo de concentração de Auschwitz junto de outras 47 mulheres. Seu número de registro no campo era 22090 e no campo foi obrigada a realizar trabalhos forçados, tendo ficado doente várias vezes pela subnutrição e a exaustão.[2]

Em janeiro de 1945, sabendo que seriam enviados para a morte em um transporte de prisioneiros para o campo de Gross-Rosen, ela decidiu escapar junto de outros prisioneiros.[2][3] Eles rastejaram pela neve, escapando dos tiros dos soldados, se escondendo no bosque. Seweryna e os companheiros chegaram à uma vila próxima, onde se esconderam em um celeiro de feno e de lá seguiram para Varsóvia.[3]

Logo em seguida à sua fuga, Seweryna começou a escrever suas memórias.[2][3] Em 1946, ela se casou com Witold Wiśniewski, com quem teve dois filhos. Seus escritos sobre o que vivenciou em Auschwitz-Birkenau estavam nas mãos de advogados que se preparavam para os julgamentos de Nuremberg. Seweryna chegou a testemunhar para a acusação. Seweryna é a única polonesa que testemunhou no julgamento de Nuremberg.[1][3]

Com o fim dos julgamentos, ingressou no curso de sociologia da Universidade Jaguelônica, em Cracóvia e se mudou para Łódź em seguida. Algum tempo depois, voltou para Varsóvia. Em 1953 recebeu a Cruz de Ouro do Mérito, em 1960 a Cruz da Ordem da Polônia Restituta, em 1978 recebeu a Ordem da Bandeira do Trabalho e em 1973 recebeu uma condecoração do Ministro da Cultura e Arte da Polônia por sua obra literária, bem como o Prêmio Especial da Sede do ZHP pelo romance New Footprint of Black Feet, em 1979.[4]

Morte[editar | editar código-fonte]

Seweryna morreu em 7 de julho de 1992, em Varsóvia aos 76 anos.[1][2] Ela foi sepultada no Cemitério Judeu de Bródno.[3]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Smoke over Birkenau (1945)
  • Innocents of Nuremberg (1975)
  • New Footprint of Black Feet (1979)

Referências

  1. a b c «Seweryna Szmaglewska Biografia i Charakterystyka Tworczosci». Wypracowania. Consultado em 12 de setembro de 2019 
  2. a b c d e Marina Amaral (ed.). «Seweryna Szmaglewska». Faces of Auschwitz. Consultado em 12 de setembro de 2019 
  3. a b c d e «Seweryna-Szmaglewska - opisac niewyobrazalne». Polskie Radio. Consultado em 9 de dezembro de 2014 
  4. «Seweryna Szmaglewska zyciorys». Wypracowania24. Consultado em 12 de setembro de 2019