Shahr-e Sūkhté

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Shahr-i Sokhta 

Shahr-i Sokhta

Tipo Cultural
Critérios ii, iii, iv
Referência 1456
Região Ásia
Países Irã Irão
Coordenadas 30° 35' 38" N 61° 19' 40" E
Histórico de inscrição
Inscrição 2014

Nome usado na lista do Património Mundial

  Região segundo a classificação pela UNESCO

Shahr-e Sūkhté (em persa: شهر سوخته, significa "A Cidade Queimada"), Shahr-e Sukhteh ou Shahr-i Shōkhta, é um sítio arqueológico de um assentamento urbano da Idade do Bronze, associado com a Cultura de Jiroft. Localizado na Província de Sistão-Baluchistão, sudeste do Irã, às margens do Rio Helmand, perto da estrada que liga Zahedan a Zadol.

As razões para queda inesperada da Cidade Queimada ainda são um mistério. Artefatos descobertos na cidade demonstram uma peculiar incongruência com as civilizações ao redor e especula-se que Shahr-e-Sookhteh possa ter demonstrado evidências concretas de uma civilização pré-histórica persa que foi independente da antiga Mesopotâmia.

Arqueologia[editar | editar código-fonte]

Reprodução de um desenho em um vaso de cerâmica
Animação de um desenho em vaso encontrado em Shahr-e Sookhteh, no Museu Nacional do Irã.

Cobrindo uma área de 151 hectares, Shahr-e Sukhteh foi uma das maiores cidades em seu tempo. Na parte oeste do local há um vasto cemitério, que contem entre 25.000 e 40.000 tumbas antigas.[1]

O assentamento apareceu por volta de 3.200 a.C.. A cidade tinha quatro estágios de civilização e foi queimada por três vezes e abandonada em 1.800 a.C.

O local foi descoberto e investigado por Aurel Stein no início da década de 1900.[2][3]


O local foi escavado desde 1967 pelo Istituto italiano per l'Africa e l'Oriente (IsIAO) liderado por Maurizio Tosi e continuou até 1978.[4][5][6] Após um lapso de tempo, os trabalhos voltaram a ser realizados pela Organização para Herança Cultural e Turismo Iraniano, liderado por SMS Sajjadi.[7] Novas descobertas são feitas de tempos em tempos.[8]

UNESCO[editar | editar código-fonte]

Shahr-i Sokhta foi incluída na lista de patrimônio Mundial da UNESCO por "representar a emergência de um primeiro complexo de sociedades na região leste do Irã... um local rico que é fonte de informações do terceiro milênio a.C."[9]

Referências

  1. Sandro Salvatori And Massimo Vidale, Shahr-I Sokhta 1975-1978: Central Quarters Excavations: Preliminary Report, Istituto italiano per l'Africa e l'Oriente, 1997, ISBN 978-88-6323-145-8
  2. Aurel Stein, Innermost Asia. Detailed Report of explorations in Central Asia, Kansu and Eastern Iran, Clarendon Press, 1928
  3. Aurel Stein, An Archaeological Journey in Western Iran, The Geographical Journal, vol. 92, no. 4, pp. 313-342, 1938
  4. Maurizio Tosi, Excavations at Shahr-i Sokhta. Preliminary Report on the Second Campaign, September–December 1968, East and West, vol. 19/3-4, pp. 283-386, 1969
  5. Maurizio Tosi, Excavations at Shahr-i Sokhta, a Chalcolithic Settlement in the Iranian Sistan. Preliminary Report on the First Campaign, East and West, vol. 18, pp. 9-66, 1968
  6. P. Amiet and M. Tosi, Phase 10 at Shahr-i Sokhta: Excavations in Square XDV and the Late 4th Millennium B.C. Assemblage of Sistan, East and West, vol. 28, pp. 9-31, 1978
  7. S. M. S. Sajjadi et al., Excavations at Shahr-i Sokhta. First Preliminary Report on the Excavations of the Graveyard, 1997-2000, Iran, vol. 41, pp. 21-97, 2003
  8. Burnt City Broke the Record in Archeological Findings - CHN
  9. «Shahr-i Sokhta na UNESCO». Consultado em 8 de fevereiro de 2014 
  • F. H. Andrewa, Painted Neolithic Pottery in Sistan discovered by Sir Aurel Stein, The Burlington Magazine, vol. 47, pp. 304–308, 1925

Ligações externas[editar | editar código-fonte]