Shrek

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Shrek
Shrek
Cartaz promocional
 Estados Unidos
2001 •  cor •  90 min 
Gênero animação, comédia, fantasia, aventura
Direção
Produção
Coprodução
Produção executiva
  • Penney Finkelman-Cox
  • Sandra Rabins
Roteiro
Baseado em Shrek! de
William Steig
Elenco
Música
Edição Sim Evan-Jones
Companhia(s) produtora(s)
Distribuição DreamWorks Pictures
Lançamento
  • 18 de maio de 2001 (2001-05-18) (Estados Unidos)[1]
  • 22 de junho de 2001 (2001-06-22) (Brasil)[2]
Idioma inglês
Orçamento US$ 60 milhões[3]
Receita US$ 488 351 320[3]
Cronologia
Shrek 2
(2004)

Shrek[2][4] é um filme norte-americano de 2001 de animação computadorizada dos gêneros fantasia, aventura e comédia produzido pela PDI/DreamWorks, lançado pela DreamWorks Pictures e dirigido por Andrew Adamson e Vicky Jenson. Com Mike Myers no papel do personagem-título, o filme também estrela Eddie Murphy, Cameron Diaz e John Lithgow. É livremente inspirado pelo livro Shrek!, escrito por William Steig e lançado em 1990, e de alguma forma também serve como uma paródia, alvejando outros filmes baseados em fantasias infantis, grande parte da Disney. Em sua trilha sonora, é notável o uso de música popular; Smash Mouth, Eels, Joan Jett, The Proclaimers, Jason Wade, Baha Men e John Cale, que, por sua vez, regravou uma canção de Leonard Cohen.

Os direitos a uma adaptação do livro foram originalmente comprados em 1991 por Steven Spielberg, antes da fundação da DreamWorks, quando ele pensou em fazer um filme tradicionalmente animado baseado no livro. Entretanto, John H. Williams convenceu-o a levar a ideia à produtora em 1994, quando foi fundada, e rapidamente Shrek foi colocado em um ativo desenvolvimento, após a compra dos direitos em 1995. O protagonista inicialmente seria interpretado por Chris Farley, gravando aproximadamente entre 80-90% do texto. Após a morte do ator antes de terminar as gravações, Myers foi levado para trabalhar o personagem, cujo após a primeira gravação ele decidiu gravar com um sotaque escocês. Ainda, originalmente, a produção seria em movimento capturado, mas após resultados fracassados, o estúdio resolveu pedir ajuda à PDI para dar seu último toque de animação.

Tendo uma receita de US$ 484.4 milhões em todo o mundo, a obra de 2001 foi um sucesso comercial e crítico. Shrek recebeu também divulgação em cadeias alimentares, como Baskin-Robbins, que promoveu o lançamento em DVD, e Burger King. Foi aclamado como um filme animado digno de interesse adulto, com diversas piadas e temas direcionados a este público mas um enredo simples o suficiente para apelar às crianças. O filme recebeu o primeiro Oscar de melhor filme de animação e, na mesma premiação, foi indicado à melhor roteiro adaptado. Foi posto ainda à concorrer a seis prêmios da British Academy of Film and Television Arts, incluindo o BAFTA de melhor ator coadjuvante pela interpretação de Eddie Murphy como Burro, e recebeu o BAFTA de melhor roteiro adaptado. O personagem principal recebeu uma estrela na Calçada da Fama em maio de 2010.[5]

O sucesso levou o estúdio a produzir três sequências, Shrek 2, Shrek the Third e Shrek Forever After, dois especiais de Natal, Shrek the Halls e Scared Shrekless e um spin-off, Puss in Boots. Um quinto filme, planejado como o último da série, foi cancelado em 2009 com o anúncio de que o quarto concluiria a saga. O sucesso também inspirou outros produtos, como jogos eletrônicos, um musical e até uma revista em quadrinhos publicada pela Dark Horse Comics.

Enredo

Shrek, um temido e aterrorizante ogro verde que ama a solidão em seu pântano, vê sua vida interrompida quando diversas criaturas de contos de fada são exiladas para lá por ordem do maligno Lorde Farquaad. Shrek anuncia que irá conversar com Farquaad para mandá-los de volta ao seus lugares de origem. Ele leva consigo um Burro tagarela e animado que conheceu junto às criaturas.

Enquanto isso, Farquaad tortura o Homem-Biscoito para dar a localização dos demais personagens de contos de fada, até que seus guardas surgem com um objeto que ele estava procurando: o Espelho Mágico. Ele pergunta ao espelho se seu reino é o mais justo de todos, mas a resposta que Farquaad recebe é que ele ainda não é um rei, e para tornar-se o tal, ele deve se casar com uma princesa. O espelho lhe oferece três opções, e ele escolhe a Princesa Fiona, que está presa em uma torre de um antigo castelo rodeado por lava e sob a cautela de um dragão. O espelho tenta mencionar uma "pequena coisa que acontece à noite", mas o lorde não lhe dá ouvidos.

Shrek e Burro chegam no palácio de Farquaad em Duloc, onde acabam no meio de uma disputa. O vencedor teria o "privilégio" de resgatar Fiona para Farquaad se casar com ela. Os dois derrotam facilmente os outros cavaleiros, e Farquaad concorda em retirar os seres mágicos do pântano se Shrek lhe trazer Fiona.

Após uma longa jornada, a dupla chega ao castelo e se separam para encontrar a princesa. Burro encontra o dragão e conversa suavemente com a fera, antes de descobrir que se trata de um dragão fêmea. A dragão se apaixona pelo Burro, e o leva para seus aposentos. Shrek encontra a princesa em seu quarto, que fica chocada com sua falta de romantismo. Quando vão embora, ele salva seu amigo, preso nas garras da Dragão, o que faz com o que o animal persiga os três, mas acaba ficando presa fora do castelo. Inicialmente, Fiona fica entusiasmada por ser resgatada, mas se frustra após Shrek tirar seu capacete e revelar-se um ogro.[6]

A caminho de Duloc e já próximo ao final da tarde, Fiona insiste que eles devem parar e acampar, onde Shrek encontra uma montanha de rochas, semelhante a uma caverna para ela dormir. Os dois amigos observam as estrelas, e Shrek diz que vai construir um muro em volta de seu pântano quando voltar. Quando Burro pergunta o motivo, ele tristemente confessa que todo mundo o julga antes de conhecê-lo; então, ele se sente melhor sozinho, mesmo com o amigo dizendo que não o julgou imediatamente ao conhecê-lo.[2][3][6]

Na manhã seguinte, os três continuam a viagem, quando encontram Monsieur Hood - uma versão francesa de Robin Hood - e seu bando no caminho. Eles atacam Shrek, que é salvo por Fiona, relevando-se uma especialista em artes marciais. Com o tempo, Shrek e Fiona descobrem que possuem muita coisa em comum e acabam se apaixonando. Já próximos ao seu destino, eles param em um moinho de vento para Fiona dormir. Quando Burro escuta sons estranhos vindos de dentro, ele descobre que Fiona se transformou em uma ogra. Ela explica sua maldição de infância que se manifesta toda noite, por isso estava presa, já que só o beijo do amor verdadeiro vai devolvê-la a sua "verdadeira forma".[7] Shrek, prestes a confessar seus sentimentos para Fiona, parcialmente os escuta e se aborrece quando confunde o desgosto de Fiona com a sua transformação com o desgosto dela com ele. Pela manhã, Fiona resolve revelar seu segredo para Shrek, quando ele surge com Lorde Farquaad e parte de seus homens. Fiona vai para Duloc com eles, enquanto Shrek, magoado, termina sua amizade com Burro, lembrando da conversa dos dois na noite anterior.[8]

Apesar de ter sua solidão de volta, Shrek fica desolado e chora por Fiona. Furioso com o ogro, Burro vai ao pântano, onde Shrek diz que escutou a conversa dos dois. Burro diz que eles estavam falando de outra pessoa e Shrek parece se redimir. Os amigos se desculpam, e Burro informa que a princesa se casará até o final do dia, encorajando Shrek a entrar em ação para ganhar o amor de Fiona. Eles viajam para Duloc rapidamente, graças à Dragão, que escapou de seus confins e seguiu Burro.

Shrek interrompe o casamento antes que os noivos se beijem. Ele diz que Farquaad não é seu verdadeiro amor e que só está se casando com ela para se tornar rei. O sol se põe, o que faz com o que Fiona se transforme na frente de todos. O lorde, desgostoso com a noiva, ordena que Shrek seja morto e ela presa. Shrek assobia para a Dragão que entra com o Burro no local e devora Farquaad. O casal de ogros admite seu amor um pelo outro e trocam um beijo apaixonado. Fiona é banhada em luz e sua maldição é quebrada, mas se surpreende pelo fato de que ainda é uma ogra, já que pensou que se tornaria linda com o fim da maldição, ao que, Shrek responde que ela já está linda. Eles se casam no pântano e partem para a lua-de-mel, enquanto Burro e os outros convidados celebram, cantando a música "I'm a Believer".[7][8]

Elenco

Personagem Voz
Shrek Mike Myers[9][nota 1]
Burro Eddie Murphy[11]
Princesa Fiona Cameron Diaz[12]
Lord Farquaad John Lithgow[13]
Monsieur Hood Vincent Cassel[14]
Biscoito Conrad Vernon[15]
Lobo Mau Aron Warner[16]
Pinóquio Cody Cameron[16]
Os Três Porquinhos
Três Ratos Cegos Simon J. Smith[16]

Mike Myers

Christopher Knights

Christopher Knights
Thelonius
Espelho Mágico Chris Miller[16]
Geppetto
Capitão da Guarda Jim Cummings[16]
Velha Senhora (Ex-dona do Burro) Kathleen Freeman[16]
Bebê Urso Bobby Block[16]
Peter Pan Michael Galasso[16]
Bispo de Duloc Val Bettin[16]

Produção

Desenvolvimento

"Cada contrato de desenvolvimento começa com o primeiro passo, e o meu passo veio do meu filho que estudava no jardim de infância, junto com seu irmão da pré-escola. Depois de ler Shrek! pela segunda vez, meu filho começou a citar grandes segmentos do livro fingindo que pudesse lê-los. Mesmo eu sendo um adulto, eu achei Shrek ultrajante, irreverente, iconoclástico, durão e muito divertido. Ele era um grande personagem para um filme à procura de um filme".

—John H. Williams, sobre a inspiração para criar Shrek.[17]

Quando a DreamWorks foi fundada, o produtor John H. Williams pegou o livro Shrek!, de William Steig, de seus filhos, e quando ele levou ao estúdio, a obra despertou a atenção de Jeffrey Katzenberg e foi decidido que a DreamWorks a adaptaria para um filme.[18] Depois de comprar os direitos do filme, Katzenberg colocou rapidamente o filme em um ativo desenvolvimento, em novembro de 1995.[19][20] Steven Spielberg tinha pensado em fazer uma película tradicionalmente animada baseada no livro, quando ele pagou pelos direitos em 1991, antes da fundação do estúdio, onde Bill Murray interpretaria Shrek e Steve Martin interpretaria Burro.[21] No início da produção, o co-diretor Andrew Adamson recusou-se a ser intimidado por Jeffrey, e teve uma discussão com ele sobre quanto o filme deveria apelar para o público adulto. Katzenberg queria os dois públicos, mas pensou que algumas das ideias de Adamson, como incluir piadas sexuais e canções de Guns N' Roses na trilha sonora, eram um pouco exageradas.[22][23] Andrew e Kelly Asbury se juntaram em 1997 para co-dirigir a produção. Entretanto, Asbury deixou o projeto um ano depois para trabalhar no filme Spirit: Stallion of the Cimarron (2002), e foi substituída por Vicky Jenson. Os dois decidiram trabalhar no filme em metades, para que a equipe pudesse saber a quem se dirigir para com perguntas específicas sobre as sequências. "Nós acabamos fazendo bastante coisa", disse Adamson. "Nós dois somos meio fora de controle, e queríamos fazer tudo."[24]

Os primeiros esboços da casa de Shrek foram feitos entre 1996 e 1997 usando Adobe Photoshop, mostrando o personagem vivendo inicialmente em um depósito de lixo perto de uma aldeia humana chamada Wart Creek. Também foi pensado uma vez que ele vivia com seus pais e mantinha peixe podre em seu quarto.[25] Burro foi modelado com base em Pericles (nascido em 1994; também conhecido como Perry), uma verdadeira miniatura de macaco do Barron Park, localizado em Palo Alto, Califórnia.[26] Raman Hui, supervisor de animação do filme, disse que Fiona "não foi baseada em nenhuma humana", e que fez diversos esboços para a personagem e fez 100 esculturas até os diretores escolherem o design final.[27] No começo da produção, os diretores de arte visitaram o Castelo Hearst, a cidade de Stratford-upon-Avon e o Dordonha para se inspirarem. Douglas Rogers visitou uma plantação de magnólia em Charleston, Carolina do Sul para ajudar na construção do pântano do ogro verde.[28][29] Dentre os personagens planejados e não utilizados, estão Cachinhos Dourados e Bela Adormecida.[30]

Seleção de elenco

Mike Myers foi escolhido para interpretar Shrek após a morte de Chris Farley.

Chris Farley foi o primeiro a ser escolhido para fazer a voz de Shrek, gravando entre 80 e 90% (95% de acordo com o irmão de Farley, Tom) do diálogo do personagem, mas morreu antes de concluir o projeto. A DreamWorks então selecionou Mike Myers como a voz principal, que insistiu para que o roteiro fosse re-escrito, não deixando nenhum traço da versão de Farley do protagonista. Depois de completar todo o processo de gravação, quando o filme ainda estava em produção, Mike pediu para re-gravar suas linhas com um sotaque escocês, similar ao que sua mãe usava ao contar histórias para dormir e que ele usou em diversos papéis, como os de So I Married an Axe Murderer e Austin Powers: The Spy Who Shagged Me.[31] Depois de ouvir a nova versão, Katzenberg concordou em refazer as cenas, dizendo: "Estava tão bom que nos tomou $4 milhões de animação e fizemos de novo".[32] O ator disse: "Eu recebi uma carta de Spielberg me agradecendo por me preocupar com o personagem... e disse que o sotaque escocês melhorou o filme".[33] Com a nova voz de Myers ao personagem, outras ideias vieram. Introduziram mais clareza em certos pontos da história, piadas mais frescas e pedaços de comédia.[34]

Outra pessoa planejada para fazer uma voz no filme foi Janeane Garofalo, que estava estabelecida para estrelar junto à Farley como a Princesa Fiona. Entretanto, ela foi demitida do projeto com uma pequena explicação. Anos mais tarde, ela comentou: "Nunca me disseram porque [fui demitida]. Eu presumo que é por que eu soo como um homem às vezes? Não sei porquê. Ninguém nunca me disse... Mas, sabe, o filme não deu em nada, então quem se importa?"[35]

Animação

Shrek foi originalmente planejado para ser um híbrido de live-action e imagens geradas por computador (CGI), com cenários em miniatura e os personagens compostos em cena usando a técnica de captura de movimento, através de um sistema de câmera ExpertVision Hires Falcon 10 para capturar e aplicar movimentos humanos realistas aos personagens.[36] Uma equipe enorme foi contratada para fazer um teste, e após um ano e meio de pesquisa e desenvolvimento, o teste foi finalmente exibido em maio de 1997.[37] O resultado não foi satisfatório, com Katzenberg dizendo: "Ficou terrível, não funcionou, não ficou engraçado e não gostamos".[31] O estúdio então formou uma parceria com a Pacific Data Images (PDI), que iniciou a produção junto à DreamWorks em 1998[38] e ajudou o filme a ter seu último toque de animação.[31] Nessa época, Antz ainda estava em concepção, e Aron Warner pediu para o supervisor de efeitos Ken Bielenberg "começar o desenvolvimento de Shrek".[39] Similarmente a outros filmes da PDI, foi utilizado um software de animação próprio.[nota 2] Entretanto, para alguns elementos, a equipe também tirou proveito de alguns dos programas de CGI mais potentes do mercado. Tal uso é provado com o Maya, que a empresa utilizou para a maior parte das roupas e para o cabelo de Fiona e Farquaad.[40]

"Nós trabalhamos muito no personagem e sua configuração, e depois ficávamos mudando enquanto fazíamos a animação", notou Raman Hui. "Em Antz, tínhamos um sistema facial que nos dava todos os músculos faciais debaixo da pele. Em Shrek, aplicamos no corpo todo. Então, se você prestar atenção nele quando ele fala, você vê que quando ele abre a mandíbula, ele forma um 'queixo duplo', porque nós temos a gordura e os músculos por baixo. Demorou bastante para acertarmos esse tipo de detalhe."[41] Uma das maiores dificuldades na hora de montar o filme foi fazer com que as pelicas de Burro fluíssem suavemente para não se parecer com as de Chia Pet. Esse cuidado recaiu à equipe de animadores de pavimentação, que usou controles de fluxo para proporcionar uma pele com diversos atributos, como a capacidade de mudar de direção, ficar deitado, rodopiar, etc. A função do grupo de efeitos visuais, liderado por Ken Bielenberg, era fazer as pelicas reagirem às condições ambientais. Uma vez que a tecnologia foi dominada, ela foi capaz de ser aplicada em diversos aspectos do filme, como gramas, musgos, barba e sobrancelha, e até fios sobre a túnica de Shrek. Fazer cabelos humanos realistas foi diferente de fazer as pelicas de Burro, necessitando de um processo de renderização separado e muita atenção das equipes de luminosidade e efeitos visuais.[29]

Aron Warner disse que os criadores "imaginaram um ambiente mágico em que você pode mergulhar". Shrek inclui 36 diferentes locações em-filme para criar o mundo da película, o que a DreamWorks disse que era mais do qualquer filme animado anterior. As locações foram finalizadas e, como demonstrado pelas últimas produções em CGI do estúdio, cor e clima eram de extrema importância.[29]

Música

Shrek é o terceiro filme animado da DreamWorks, e o único na série, a ter Harry Gregson-Williams junto à John Powell para compor a partitura, após Antz (1998) e Chicken Run (2000).[42]

O filme introduziu um novo elemento para dá-lo uma perspectiva única. Foi feito uso de música pop e alguns Oldies para fazer a história seguir em frente. Regravações de canções como "On the Road Again" e "Try a Little Tenderness" foram incluídas à trilha sonora.[43] Quando a produção estava quase concluída, Katzenberg sugeriu aos cineastas refazer o término do filme em prol de fazer o público "sair com uma grande risada"; ao invés de um desfecho com um livro fechando sobre Shrek e Fiona enquanto viajam sob o pôr do sol, eles decidiram incluir a canção "I'm a Believer", em uma versão cover por Smash Mouth, e mostrar todas as criaturas de contos de fada.[44]

Embora a versão de Rufus Wainwright para "Hallelujah" aparecesse na trilha sonora, é a voz de John Cale que aparece no filme. Em uma entrevista para uma rádio, ele disse que sua versão não apareceu no filme devido ao "teto de vidro" que ele estava batendo por conta de sua sexualidade. Uma explicação alternativa conclui que, por Wainwright ser um artista da DreamWorks e Cale não ser, questões de licenciamento proibiram a voz de John de aparecer no álbum, apesar dos cineastas quererem ter a sua releitura no filme.[45]

Referências culturais

Por diversas vezes, Shrek faz referências a filmes clássicos, principalmente aos da Disney. Quando a Sininho cai em cima do Burro, ele diz "Eu posso voar" e todas as pessoas em volta, incluindo os três porquinhos, trata-se de uma referência à Peter Pan. Essa cena também traz uma referência a Dumbo, quando o Burro diz, enquanto voa: "Vocês podem ter visto uma casa voar, até mesmo um elefante voar, mas aposto que nunca viram um Burro voar". Quando a Fiona canta para o pássaro azul, forma-se uma citação a Branca de Neve e os Sete Anões. A transformação dela no final do filme também traz fortes referências a Beauty and the Beast.[46]

Após atravessarem o fosso de lava do castelo, Shrek diz ao Burro "Já deu Burro, já deu", trata-se de uma alusão a frase final do filme Babe, "Arrasou porco, arrasou". A cena na qual Fiona luta com os homens do Monsieur Hood é uma citação a Matrix, lançado pouco antes, em 1999. No desfecho, o Biscoito, com uma muleta (e uma perna só), diz "Deus abençoe a todos!". Isso é uma menção ao personagem Pequeno Tim de A Christmas Carol.[46]

Na cena em que o Espelho Mágico dá ao Lorde Farquaad a opção de escolher entre três princesas para se casar (Fiona, Cinderela e Branca de Neve), é uma paródia ao popular game show norte-americano The Dating Game.[47] Em adição, o estilo do parque do rei de Farquaad imita profundamente a Disneyland, parodiando inclusive o famoso passeio musical "It's a Small World Afterall", na cena com os fantoches cantantes.[47]

Lançamento

Marketing

Em 2000, IMAX lançou CyberWorld em seus cinemas de telas gigantes. Era uma compilação que possuía conversões estereoscópicas de diversos curtas e sequências, incluindo uma cena em um bar de Antz. A DreamWorks ficou tão impressionada pela tecnologia usada que o estúdio e IMAX decidiram lançar uma versão em tela cheia e 3D de Shrek. O filme deveria ser re-lançado durante o Natal de 2001, ou no verão seguinte, após o lançamento convencional em 2D. Esta edição também deveria conter novas sequências e um final alternativo. Os planos foram deixados de lado devido a "mudanças criativas" instituídas pela empresa que resultaram em uma perda de $1,18 milhões, tirados de um lucro da IMAX de $3,24 milhões.[48][49][50]

A Rádio Disney foi proibida de permitir qualquer anúncio do filme em suas estações. "Devido à recentes iniciativas com a The Walt Disney Company, estão nos pedindo para não nos alinharmos promocionalmente com esse novo lançamento Shrek. As estações podem aceitar dólares à vista apenas em mercados individuais."[51]

Em 7 de maio de 2001, a rede de alimentos Burger King iniciou a divulgação do filme, dando uma seleção de nove exclusivos Candy Caddies baseados nos personagens, nos pedidos "Big Kids Meal" e "Kids Meal".[52] A cadeia de sorvetes Baskin-Robbins também deu uma promoção de oito semanas para Shrek, vendendo produtos como o Shrek's Hot Sludge Sundae, uma combinação do sorvete Cookies 'n Cream, feito de Oreo, hot fudge, cookies de chocolate, chantilly e "vermes ondulados" de goma, e o Shrek Freeze Frame Cake, com uma imagem do protagonista e de Burro emoldurados por girassóis. Tais produtos foram feitos para promover o lançamento em DVD e VHS.[53]

Mídia doméstica

A produção foi lançada em DVD e VHS no dia 2 de novembro de 2001. Ambos os lançamentos incluíam Shrek in the Swamp Karaoke Dance Party!, um curta-metragem musical de três minutos, que se passa após o fim da história, com os personagens interpretando diversas canções pop modernas.[54]

Tal distribuição ocorreu em uma sexta-feira, no mesmo dia que Monsters, Inc., da Pixar, estreou nos cinemas. Já que as mídias domésticas costumam ser lançadas nas terças, os executivos da Disney não receberam o fato muito bem, dizendo que "o movimento parecia ser uma tentativa dissimulada para desviar um pouco do vapor de seu filme". A DreamWorks respondeu que "simplesmente mudamos o lançamento para uma sexta para torná-lo mais que um evento, prevendo que outros estúdios também iriam fazê-lo com filmes importantes". O supracitado Monsters, Inc. recebeu naquele fim de semana mais que $62 milhões, quebrando os recordes para um filme animado, enquanto a edição em vídeo do filme sobre o ogro conquistou mais que $100 milhões,[55] e eventualmente, tornou-se o DVD mais vendido de todos os tempos, com mais de 5,5 milhões de vendas.[56]

Uma versão em 3D do filme foi lançada em Blu-ray 3D no dia 1º de dezembro de 2010, junto com as sequências. Os filmes foram vendidos separadamente a partir de 2012.[57]

Recepção

Desempenho comercial

Shrek estreou em cerca de seis mil salas[58] em 3.587 cinemas estadunidenses;[59] onze deles mostraram o filme digitalmente,[60] sendo a primeira vez que a DremWorks disponibilizou versões digitais em um de seus filmes.[61]

O filme arrecadou US$ 11,6 milhões no primeiro dia e US$ 42,3 milhões no fim de semana de estreia, liderando a bilheteria naquele final de semana, obtendo média de US$ 11.805 em 3.587 cinemas.[62] Em seu segundo fim de semana, devido ao feriado do Memorial Day, o filme subiu sua receita em 0,3 por cento (em comparação a semana anterior), aumentando para US$ 42,5 milhões e US$ 55,2 milhões no fim de semana de quatro dias, resultando em um ganho geral de 30%.[63] Apesar disso, o filme terminou em segundo lugar, atrás de Pearl Harbor e teve uma média de US$ 15.240 com a expansão para 3.623 cinemas.[63] Em seu terceiro fim de semana, o filme recuou 34% de sua arrecadação para US$ 28,2 milhões para uma média de US$ 7.695 de expansão para 3.661 cinemas.[64] Em meados de junho de 2001, Shrek se tornou o filme de maior bilheteria do ano no mercado interno, derrotando The Mummy Returns.[65] O filme saiu de cartaz em 6 de dezembro de 2001, depois de arrecadar US$ 267,7 milhões no mercado interno, junto com US$ 216,7 milhões no exterior, obtendo um total mundial de US$ 484,4 milhões.[3] Produzido com um orçamento de sessenta milhões de dólares, Shrek se tornou um grande sucesso de bilheteria[3] além de ser a quarta maior receita de 2001.[66] Na Austrália, Shrek se tornou o filme de animação de maior bilheteria da história do país, ultrapassando a marca estabelecida por O Rei Leão em 1994.[67]

Resenhas da crítica

Ambos os repórteres que escreveram para o USA Today e a Time foram positivos quanto à dublagem de Eddie Murphy (foto) como Burro.

Shrek foi bastante bem-recebido, com os críticos apreciando o filme como merecedor da atenção adulta, com vários temas e piadas direcionados a esse público mas um enredo e humor simples o suficiente para apelar às crianças.[68] O agregador de resenhas Rotten Tomatoes reporta que 88% dos analistas avaliaram-no positivamente. Tal dado foi obtido com base em 176 críticas, culminando em uma média de 7.7/10. O consenso crítico é: "Enquanto simultaneamente abraça e subverte os contos de fadas, o irreverente Shrek também consegue torcer o nariz da Disney, entrega uma mensagem moral às crianças e oferece ao público um acelerado passeio divertido".[1] O Metacritic também deu um resultado positivo, com 84 pontos de 100, com base em 34 críticas. Tal classificação culminou em uma atribuição de "aclamação universal".[69]

Roger Ebert apreciou o filme, atribuindo quatro estrelas de cinco máximas e descrevendo-o como "alegre e perverso, cheio de piadas astutas e de alguma forma ainda possui um coração". Sua resenha foi publicada no Chicago Sun-Times.[70] Susan Wloszczyna do USA Today foi positiva quanto à performance de Eddie Murphy, dizendo que "dá o desempenho cômico à sua carreira, auxiliado por uma sensacional arte digital, enquanto ele zurra por sua falação ligeiramente neurótica".[71] Richard Schickel para a Time partilhou da opinião de Wloszczyna: "Nunca ninguém fez um burro tão bem quanto Murphy".[72] Peter Rainer da New York Magazine gostou do roteiro, dizendo ainda que "a animação, dirigida por Andrew Adamson e Vicky Jenson, fica muitas vezes no mesmo nível risonho do roteiro, embora os personagens mais "humanos", como a Princesa Fiona e o Lorde Farquaad, sejam menos interessantes do que os animais e as criaturas — uma armadilha comum em filmes de animação de todos os tipos.[73] Escrevendo para a Rolling Stone, Peter Travers foi positivo, dizendo que "Shrek é um encantador da classe mundial que poderia até seduzir a Academia quando sair o primeiro Oscar de animação oficial no ano que vem".[74] James Berardinelli do ReelViews deu três estrelas e meia: "Shrek não é um prazer culpado para cinéfilos sofisticados, é, pura e simplesmente, um prazer".[75] Kenneth Turan para Los Angeles Times deu ao filme uma resenha positiva, dizendo que "o espirituoso, fraturado conto de fadas Shrek tem uma base sólida de escrita inteligente".[76] Na Entertainment Weekly, Lisa Schwarzbaum deu uma pontuação A-, adjetivando a produção de "uma espécie de golpe palaciano, um grito de desafio, e um amadurecimento para a DreamWorks."[77] O jornal local Orlando Sentinel publicou uma análise positiva de Jay Boyar. "É um prazer ser capaz de relatar que o filme capta os dois e se expande sobre o espírito brincalhão de desconstrução do livro".[78]

Steven Rosen do The Denver Post foi positiva, relatando que "a DreamWorks Pictures prova mais uma vez um nome para se confiar em termos de filmes animados engraçados e imaginativos que é prazeroso igualmente a crianças e adultos".[79] Susan Stark do The Detroit News, Lou Lumenick do New York Post e Jami Bernard do New York Daily News deram quatro estrelas de cinco máximas. Stark disse que a produção é "rápida, doce, irreverente, esguio e, espirituosa na escrita e trabalho de voz, uma vez que é esplêndida em design".[80] Por outro lado, Lumenick focou sua análise ao protagonista, avaliando que "um ogro verde e gordo com uma disposição rabugenta e sem maneiras, Shrek é o tipo de herói improvável que ninguém poderia amar — exceto praticamente todos que veem esse animado prazer hilariante".[81] Bernard adentrou mais nos aspectos técnicos: "O brilho do trabalho de voz, roteiro, direção e animação, tudo serve para fazer Shrek um trabalho adorável, infectado com a verdadeira sofisticação".[82] Rene Rodriguez deu três estrelas de quatro, adjetivando-o de "um conto de fadas fraturado alegremente que nunca se torna cínico ou grosseiro."[83] William Steig, autor do livro, e sua esposa, Jeanne Steig, apreciaram o filme, dizendo: "Todos nós esperávamos odiá-lo, pensando, 'o que Hollywood fez com ele?', mas adoramos. Também ficamos com medo de que fosse doentemente fofo, mas, ao invés, Bill pensou que eles fizeram um maravilhoso e gracioso trabalho".[84]

No Brasil, Marcelo Forlani do Omelete deu cinco estrelas e avaliou que "com a estreia [de Shrek], a Disney deixa definitivamente de ser a detentora absoluta da arte de fazer animações com qualidade técnica e retorno comercial. A DreamWorks é hoje uma realidade."[85] Por outro lado, Elvis Mitchell do The New York Times disse que "bater nas marcas irritantemente delicadas da Disney não é nada de novo, é só que raramente se tem feito com as marcas de demolição derby de Shrek".[86] Forlani disse ainda que "Shrek é imperdível!" e criticou a dublagem brasileira: "tiveram a infeliz ideia de colocar Bussunda [...] para interpretar o personagem principal. Se possível, procure por uma cópia legendada."[85] John Anderson do Newsday foi positivo, chamando-o de "o tipo de filme que certamente entreterá todos de todas as idades e provavelmente as idades que chegarão".[87] John Zebrowski do The Seattle Times deu três de quatro estrelas, avaliando que "O filme é ajudado imensamente por seu elenco, que o leva através de alguns das primeiras, lentas cenas. Mas este é o filme de Murphy. Burro recebe a maior parte das boas linhas, e Murphy acerta cada uma."[88] Jay Carr do The Boston Globe disse que "numa era onde os filmes parecem velhos, Shrek parece novo, fresco e hábil".[89]

Prêmios

Shrek foi o primeiro filme de animação a vencer a categoria de melhor filme de animação do Óscar ao derrotar Monsters, Inc. e Jimmy Neutron, Boy Genius; foi também a primeira animação a ser indicada para melhor roteiro adaptado na mesma cerimônia.[90][91][92][93] A Entertainment Weekly colocou-o em sua lista de "melhores filmes" do final da década, dizendo: "Príncipe Encantado? Então, no último milênio. Nesta década, os fãs de contos de fadas, e a princesa Fiona, se apaixonaram por um Ogro gordo e flatulento. Agora, isso é progresso".[94] Também foi indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Musical ou Comédia.[95][96]

O filme também foi indicado a seis prêmios BAFTA, incluindo o de Melhor Filme. Eddie Murphy se tornou o primeiro ator a receber uma indicação ao BAFTA por uma performance de dublagem. Shrek também foi indicado para Melhores Efeitos Visuais, Melhor Som, Melhor Música de Filme e ganhou o Prêmio BAFTA de Melhor Roteiro Adaptado.[97] A animação também foi indicada a doze Prêmios Annie, vencendo oito deles, incluindo melhor animação e melhor direção.[98]

Notas

  1. No Brasil, dublado por Bussunda[10]
  2. A Pacific Data Images possuía diversos programas próprios de animação, como o Fluid Animation System.[40]

Referências

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