Sigismundo II Augusto da Polônia
Sigismundo II Augusto | |
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Rei da Polônia e Grão-Duque da Lituânia | |
Reinado | 1 de abril de 1548 a 7 de julho de 1572 |
Antecessor(a) | Sigismundo I |
Sucessor(a) | Henrique |
Nascimento | 1 de agosto de 1520 |
Cracóvia, Polônia | |
Morte | 7 de julho de 1572 (51 anos) |
Cracóvia, Polônia | |
Sepultado em | Catedral de Wawel, Cracóvia, Polônia |
Esposas | Isabel da Áustria Bárbara Radziwiłł Catarina da Áustria |
Casa | Jagelão |
Pai | Sigismundo I da Polônia |
Mãe | Bona Sforza |
Religião | Catolicismo |
Assinatura |
Sigismundo II Augusto (Cracóvia, 1 de agosto de 1520 – Cracóvia, 7 de julho de 1572) foi o Rei da Polônia e Grão-Duque da Lituânia de 1548 até sua morte.[1][2][3] Era filho do rei Sigismundo I e sua segunda esposa Bona Sforza.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Sigismundo II Augusto da Polônia, Nasceu na Polônia em 1 de Agosto de 1520, na cidade de Cracóvia. Sigismundo era filho do Rei Polonês Sigismundo I da Polônia e da Rainha Italiana Bona Sforza de Milão. Sigismundo era o segundo filho do Casamento entre Sigismundo I e a Bona, sendo o único filho do sexo Masculino dos dois casamentos oficiais de Sigismundo. Assim sendo Herdeiro direto a Coroa do Reino da Polônia. Sigismundo Augusto durante sua infância cresceu e viveu com sua família na Polônia, desde cedo ele foi preparado e amplamente Educado como um verdadeiro Rei, já que era o Herdeiro. Ele foi educado em sua maioria pela sua Mãe, a Rainha Bona Sforza. Isso fez Sigismundo assim como sua Mãe era, ser um Monarca tolerante em questões Religiosas e de Mão Forte.
Em 1529, Sigismundo Augusto aos 9 Anos de Idade foi Coroado pelo Vivente rege, Se tornando "Rei" antes mesmo de seu pai morrer, porém ele não era o Rei oficialmente, só Assumiria o trono em 1548 após a morte de seu Pai. 1 ano depois em 1530, foi arranjado um possível casamento para o príncipe com 10 anos na época, com a princesa Austríaca Isabel de Habsburgo (1526–1545). Porém a Rainha Bona Sforza detestou a proposta de um casamento com os Habsburgo, e recusou a oferta e isso fez retardar as Negociações até em 1538, quando o Casamento finalmente seria Aprovado, Oficializado e Realizado. Sigismundo Augusto e Isabel após isso se Casaram, porém o casamento foi um fracasso total, A rainha Bona odiava a Nora e a desprezava, a rainha continuava sendo contra o casamento. E Sigismundo Augusto não gostou de Isabel, a achou pouco Atraente. Sigismundo e Isabel após um tempo se mudaram pra Lituânia, em Vilnius. Porém lá a Saúde de Isabel que já era frágil se deterioria ainda mais, por conta da sua doença, a Epilepsia. Que fazia a Princesa Isabel ter convulsões constantes, isso fez seu marido a odiar ainda mais e ter nojo dela, E Sigismundo a humilhava, tendo Casos Extra-Conjugais com suas Amantes. Por conta desses ataques Epiléticos a Rainha Bona ficou ainda mais contra o casamento. Em 1545 Sigismundo saiu da Lituânia e voltou para Cracóvia, porém sozinho, deixando Isabel sozinha na Lituânia. Sigismundo havia ido a Cracóvia pra recolher o Dote da esposa, porém após mais graves ataques Epiléticos a Princesa Isabel acabou falecendo no mesmo ano em 1545...
Em 1548 após a morte de seu pai, o Rei Sigismundo I ele Ascendeu ao trono oficialmente e logo no início do seu reinado, ele entrou em conflito com a turbulenta szlachta ou baixa nobreza, que já tinha começado a expulsar as grandes famílias do poder. A causa ostensiva de sua animosidade com o rei foi seu segundo casamento, contraído secretamente antes de sua ascensão ao trono, com a bela calvinista lituana, Bárbara Radziwiłł, filha do Hetman Jerzy Radziwiłł.
Mas a corte austríaca e a própria mãe de Sigismundo, a Rainha Bona, parecem ter estado atrás do movimento e tão violenta foi a agitação na primeira dieta de Sigismundo (31 de outubro de 1548) que os deputados ameaçaram romper com o soberano caso este imediatamente não repudiasse Bárbara. Isto ele se recusou a fazer e sua coragem moral associada a sua destreza política fez com que ele vencesse esse primeiro confronto. No ano de 1550, quando ele convocou a sua segunda dieta, iniciou-se uma reação a seu favor e a constante má vontade da baixa nobreza foi duramente repreendida pelo Kmita, o presidente da dieta, que abertamente os acusou de tentar diminuir indevidamente a prerrogativa legislativa da coroa. A morte de Bárbara, cinco dias após a sua coroação (7 de dezembro de 1550), sob circunstâncias de muita dor que levaram a uma suspeita não confirmada de que ela tenha sido envenenada pela Rainha Bona, compeliram Sigismundo a contrair uma terceira união puramente política com a arquiduquesa austríaca Catarina, irmã de Isabel, a primeira esposa de Sigismundo, que havia morrido com menos de um ano de casada com ele, no tempo em que ele era apenas o príncipe herdeiro. A terceira noiva era doente, antipática e com ela logo Sigismundo perdeu toda a esperança de ter filhos, porém Catarina não era a única culpada de Sigismundo não ter filhos, vários Historiadores concordam que Sigismundo Augusto tinha uma doença venérea, uma doença sexual que ele contraiu de alguma das suas Amantes, e isso poderia ter o deixado Infértil. E aos 16 anos ele também havia contraído Malária, O que Complicava mais ainda pra Sigismundo gerar qualquer descendência. E para seu desespero, já que ele era o último descendente direto masculino dos Jagiellos, a dinastia estava ameaçada de extinção. Ele buscou solucionar o problema tendo relações extraconjugais com duas das mais belas de suas compatriotas, Bárbara Gizanka e Ana Zajanczkowska. A dieta encarregou-se de legitimar e reconhecer como seu sucessor qualquer criança do sexo masculino que viesse a ser gerado por ele. Mas seu desejo não se realizou e o rei morreu sem deixar herdeiro.
Este assunto do casamento do rei era de grande importância política, os protestantes e os católicos tinham igual interesse no caso. Não tivesse sido Sigismundo um bom católico poderia ele muito bem ter imitado o exemplo de Henrique VIII alegando que sua detestável terceira esposa era irmã de sua primeira e conseqüentemente a união não era canônica. Os protestantes poloneses esperavam que ele tivesse essa atitude o que o levaria a romper com Roma, enquanto que os Habsburgos, que cobiçavam o trono polonês, eram contrários a qualquer nova união do rei sem filhos. Até que em 28 de fevereiro de 1572 a Rainha Catarina morre deixando Sigismundo livre para um outro compromisso, mas passados menos de seis meses após esse fato é o rei quem morre. O reinado de Sigismundo foi um período de tumulto interno e expansão externa.
Ele viu a invasão da Polônia pela Reforma e o motim democrático que colocou todo o poder político nas mãos da szlachta; ele viu o colapso da antiga ordem dos Cavaleiros da Espada no norte (que levou a aquisição da Livônia pela república) e a consolidação do poder turco no sul. Ao longo desse perigoso período de transição, Sigismundo foi a mão que com segurança levou o barco do Estado pelos redemoinhos que constantemente ameaçaram afundá-lo. Longe de ser a figura imponente de seu pai, o elegante e refinado Sigismundo II foi sem dúvida um estadista maior que o austero e grandioso Sigismundo I.
Tenacidade e paciência, as características de todos os Jagiellos, ele possuía em um alto grau e ele somou a elas uma ágil destreza e uma astúcia diplomática que ele deve ter herdado de sua mãe italiana. Certamente nenhum outro rei polonês entendeu tão completamente a natureza dos ingredientes que compunham aquele caldeirão de vaidades, a dieta polonesa, como ele fez. Tanto os embaixadores austríacos quanto os delegados papais testificam o cuidado com que ele controlou essa nação tão difícil de se conduzir. Tudo foi como ele desejou, eles disseram, porque ele parecia saber de tudo com antecedência. Ele conseguiu juntar mais dinheiro que seu pai e ganhou a admiração da dieta ao comparecer inesperadamente antes deles usando um simples casaco cinza de um escudeiro masoviano. Assim como seu pai, um pró-austríaco por convicção, ele continuou a levar a nação polonesa nessa direção, sempre desconfiando dos alemães, enquanto evitava qualquer complicação séria com os sempre perigosos turcos.
Somente um estadista genial poderia ter mediado durante vinte anos, como ele fez, entre a igreja e os cismáticos e obtido a admiração de ambos os lados. Mas o mais notável feito de seu governo foi a União de Lublin, que finalmente juntou num só corpo político a Polônia e a Lituânia chamado de a República das Duas Nações ou Rzeczpospolita Obojga Narodów e colocou um fim às vaidades e discórdias de séculos. O mérito desta realização pertenceu unicamente a Sigismundo. Morreu na sua amada Knyszyn em 7 de julho de 1572, com a idade de 52 anos.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Congress, Library of; Policy, Library of Congress Office for Subject Cataloging (2012). Library of Congress Subject Headings (em inglês). 4. Washington, D.C: Library of Congress. p. 390
- ↑ Mol, Johannes A.; Militzer, Klaus; Nicholson, Helen J. (2006). The Military Orders and the Reformation: Choices, State Building, and the Weight of Tradition (em inglês). [S.l.]: Uitgeverij Verloren. p. 31
- ↑ Mosher, Sally E. (2002). People and Their Contexts: A Chronology of the 16Th Century World (em inglês). Bloomington: Xlibris Corporation. p. 328
Sigismundo II Augusto da Polônia Casa de Jagelão Ramo da Casa de Gediminas 1 de agosto de 1520 – 7 de julho de 1572 | ||
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Precedido por Sigismundo I |
![]() Rei da Polônia e Grão-Duque da Lituânia 1 de abril de 1548 – 7 de julho de 1572 |
Sucedido por Henrique III |