Siparuna bifida

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Classificação científica
Superdomínio: Biota
Reino: Plantae
Sub-reino: Viridiplantae
Infrarreino: Streptophyta
Superdivisão: Embryophyta
Divisão: Tracheophyta
Subdivisão: Euphyllophyta
Ordem: Laurales
Família: Siparunaceae
Género: Siparuna
Espécie: Siparuna bifida

Siparuna bifida, também conhecido como caaá-pitiú ou capitiú-da-mata, é uma espécie de planta do gênero Siparuna e da família Siparunaceae. [1] In vivo exala forte odor. Caracteriza-se pela inflorescência em cima bífida, receptáculo frutífero tuberculado e tricomas estrelados não lepidotos e simples. Assemelha-se a Siparuna cervicornis, que també, é dioica e apresenta cimas bífidas. Diferenciam-se pelo receptáculo frutífero liso e indumento denso, estrelado-lepidoto na face abaxial das folhase inflorescência em S. cervicornis. Também tem semelhanças com Siparuna reginae, com a qual compartilha a inflorescência bífida e o receptáculo frutífero tuberculado. Mas podem ser diferenciadas pelo indumento mais denso de tricomas em tufos na face abaxial das folhas, flores de maiores dimensões e o sistema sexual monoico em S. reginae.[1]

Siparuna bífida ocorre na Venezuela, Peru, Brasil e Bolívia. Em Caldas Novas, Goiás, é reportada como de uso medicinal. [1]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

A espécie foi descrita em 1868 por Alphonse Pyramus de Candolle. [2] Os seguintes sinônimos já foram catalogados: [1]

  • Citriosma bifida Poepp. & Endl.
  • Siparuna glossostyla Perkins

Forma de vida[editar | editar código-fonte]

É uma espécie terrícola, arbustiva e arbórea. [1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

A espécie forma arbustos ou arvoretas dioicas, de 1,3-7 metros de altura, de até 7 centímetros, caule único ou ramificado desde a base, ramos jovens cilíndricos, cobertos por tricomas amarelados a ferrugíneos. [1]

Ela tem folhas opostas, pecíolo 1-8 centímetros, cilíndrico; lâmina obovada, elíptica,base cordada, auriculada, arredondada, obtusa ou aguda, ápice obtuso a acuminado, raro arredondado, apículo até 1 centímetro de comprimento, margem denticulada, serrilhada ou crenada. Quando seca, é verde-amarelada a castanho-esverdeada (nos espécimes do domínio do cerrado) e verde-amarronzada ou enegrecidas (nos espécimes do domínio da mata atlântica). [1]

É cartácea, em ambas as superfícies densamente pubescente, aveludada ao toque (nos espécimes do domínio do cerrado), ou mais ou menos pubescente em ambas as faces, ou esparsamente pubescente na face adaxial (nos espécimes de matas no domínio da mata atlântica), tricomas em tufos, nervuras secundárias 7-9 pares, aparentes na face adaxial, ligeiramente proeminentes ou salientes na face abaxial. [1]

Ela tem de 1-2 cimas axilares, pendente e com tricomas em tufos, mais ou menos abundantes; pedúnculo 3 a 6 milímetros, brácteas com cerca de 0,5 milímetros, triangulares, flores amarelo-esverdeadas. Flores estaminadas com pedicelo de 2 a 4 milímetros; receptáculo subgloboso a urceolado, 1-2 x 1,2-2.4 milímetros ( de comprimento x diâmetro), indumento como nas cimas, 4 a 5 tépalas, triangulares, 0.8-1.2 milímetros de comprimento, na face adaxial com pouco a muitos tricomas em tufos, vélum cônico, glabro, mais ou menos elevado e frequentemente formando uma borda vertical em volta do poro floral, 1-12 estames Ela tem flores pistiladas pedicelo de 1,3 a 3,2 milímetros, subglobosas, 1.9-3.2 x 2-3,2 milímetros (compr x de diâmetro,), indumento como nas cimas, vélum elevado, na antese excedendo o receptáculo, separada por um sulco do tubo em torno dos estiletes (vélum duplo, primeira dobra cônica e carnosa formando anel alongado entorno dos estigmas, na antese, segunda cilíndrica e membranácea), glabro, 10 a 15 carpelos . [1]

Tem receptáculo frutífero subgloboso, esparso piloso ou glabrescente, coroado pelas tépalas persistentes, imaturo verde com pontos vermelhos, quando maduros purpúreos com pontos claros, internamente rosado e odor forte, quando secos enegrecidos com as drupéolas de modo geral protuberantes. Tem drupéolas frescas cinza-azuladas, brilhantes, com arilo estilar vermelho disposto na porção superior-lateral. [1]

Folha[1]
filotaxia oposta
formato oblonga/lanceada/elíptica
base cuneada/obtusa/arredondada
ápice acuminado
margem inteira
tricoma simples/estrelado
indumento na face adaxial glabrescente/pubérulo
indumento na face abaxial glabrescente/pubérulo
Inflorescência[1]
planta dioica
tipo da inflorescência cima bífida
indumento pubérulo/tomentoso
tricoma estrelado/simples
Flor[1]
formato do receptáculo da flor estaminada cupuliforme/obcônico
formato da tépala da flor estaminada obsoleta
formato do receptáculo da flor pistilada obcônico
formato da tépala da flor pistilada obsoleta
estilete livre
Fruto[1]
receptáculo frutífero deiscente
superfície do receptáculo frutífero tuberculado
drupéola sem arilo estilar

Conservação[editar | editar código-fonte]

A espécie faz parte da Lista Vermelha das espécies ameaçadas do estado do Espírito Santo, no sudeste do Brasil. A lista foi publicada em 13 de junho de 2005 por intermédio do decreto estadual nº 1.499-R. [3]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

A espécie é encontrada nos estados brasileiros de Acre, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins.[1] Em termos ecológicos, é encontrada nos domínios fitogeográficos de Floresta Amazônica, Cerrado e Mata Atlântica, em regiões com vegetação de floresta estacional semidecidual e floresta ombrófila pluvial.[1]

Notas[editar | editar código-fonte]

Contém texto em CC-BY-SA 4.0 de Peixoto, A.L.; Lirio, E.J.; Pignal, M. Siparunaceae in Flora e Funga do Brasil. [1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q «Siparuna bifida (Poepp. & Endl.) A.DC.». floradobrasil2020.jbrj.gov.br. Consultado em 18 de abril de 2022 
  2. «Siparuna bifida». www.gbif.org (em inglês). Consultado em 18 de abril de 2022 
  3. «IEMA - Espécies Ameaçadas». iema.es.gov.br. Consultado em 12 de abril de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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