Siproeta epaphus

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S. epaphus em repouso, vista superior.
S. epaphus em repouso, vista superior.
S. epaphus em repouso, vista inferior.
S. epaphus em repouso, vista inferior.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Subfamília: Nymphalinae[1]
Tribo: Victorinini[2]
Género: Siproeta
Hübner, [1823][1]
Espécie: S. epaphus
Nome binomial
Siproeta epaphus
(Latreille, [1813])[1]
S. epaphus, pousada em uma inflorescência.
Sinónimos
Vanessa epaphus Latreille, [1813]
Vanessa epaphea Godart, 1819
Siproeta trayja Hübner, [1823]
Amphirene epaphus Godman & Salvin, [1883]
Metamorpha trayja Brown & Mielke, 1967
Metamorpha epaphus
[1]
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Siproeta epaphus é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Nymphalinae[1], encontrada do México até a Argentina[3], com raros avistamentos nos estados do Texas e Novo México (EUA).[4] Foi classificada por Pierre André Latreille, com a denominação de Vanessa epaphus, em 1813.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Indivíduos desta espécie possuem as asas de contornos serrilhados, com cerca de 7.5 a 8.5 centímetros de envergadura[5], e são basicamente de coloração marrom, vistos por cima, com uma faixa branca que cruza as asas, de cima a baixo. Da borda desta faixa, em direção à margem externa das asas anteriores, sua coloração é de um vermelho-alaranjado, característico desta espécie.[4][6] Por baixo, tal padrão em vermelho-alaranjado se torna mais discreto, predominando os tons de marrom.[7][8] Na subespécie Siproeta epaphus trayja, a coloração da margem das asas, vistas por cima, é uniformemente marrom, sem apresentar áreas avermelhadas.[9][10] Não apresentam dimorfismo sexual.[5]

Hábitos[editar | editar código-fonte]

Segundo Adrian Hoskins, esta espécie pode ser encontrada em floresta primária, ao longo das margens dos rios e em clareiras; mas também ocorrendo em habitats de floresta secundária, em pastagens e beiras de trilhas e estradas; em altitudes entre 400 e 1.800 metros, sendo mais escassa em áreas de planície. É ativa nas horas quentes da manhã, se alimentando de substâncias retiradas de frutos fermentados e de flores como Croton, Lantana e Impatiens, ou se alimentando de umidade mineralizada do solo, de carniça e de esterco.[11]

Ovo, lagarta, crisálida e planta-alimento[editar | editar código-fonte]

As lagartas de Siproeta epaphus, nascidas de ovos isolados de coloração verde-escura, se alimentam de plantas da família Acanthaceae pertencentes aos gêneros Blechum, Ruellia, Justicia e Hygrophila.[11][12] São basicamente de um negro lustroso, com projeções espinescentes amareladas em sua superfície. Também apresentam um outro par de projeções, como chifres, em sua cabeça.[13] Sua crisálida possui coloração verde-clara, com alguns espinhos amarelados, característicos.[3]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

S. epaphus possui três subespécies:[1]

  • Siproeta epaphus epaphus - Descrita por Latreille em 1813, de provável exemplar proveniente do Peru.[6]
  • Siproeta epaphus gadoui - Descrita por Masters em 1967, de exemplar proveniente da Venezuela.
  • Siproeta epaphus trayja - Descrita por Hübner em 1823, de exemplar proveniente do Brasil (Siproeta trayja).[10]

Referências

  1. a b c d e f g Savela, Markku. «Siproeta epaphus» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 11 de novembro de 2016 
  2. «Family NYMPHALIDAE Rafinesque, 1815 – BRUSHFOOTS» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 22 de julho de 2018 
  3. a b Hoskins, Adrian. «Rusty-tipped Page - Siproeta epaphus (Latreille, [1813])» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 11 de novembro de 2016 
  4. a b Warren, Andrew D. (2010). «Siproeta epaphus epaphus, vista superior» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 11 de novembro de 2016 
  5. a b Neubauer, Thomas. «Siproeta epaphus (Schokoladenfalter)» (em inglês). Butterfly corner. 1 páginas. Consultado em 11 de novembro de 2016 
  6. a b UGA Butterflies of San Luis (4 de dezembro de 2011). «Siproeta epaphus epaphus» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 11 de novembro de 2016 
  7. Warren, Andrew D. (2010). «Siproeta epaphus epaphus, vista inferior» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 11 de novembro de 2016 
  8. Ramesh, Goutham (22 de junho de 2007). «Siproeta stelenes, vista inferior» (em francês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 11 de novembro de 2016 
  9. Lopes, Antonio CBC (5 de maio de 2008). «Siproeta epaphus trayja Hubner [1823]» (em francês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 11 de novembro de 2016 
  10. a b «Siproeta trayja (Hubner, 1823) / = Siproeta epaphus trayja» (em inglês). Lepidoptera Brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  11. a b Henderson, Carrol L. (2010). «Butterflies, Moths, and Other Invertebrates of Costa Rica: A Field Guide» (em inglês). University of Texas Press (Google Books). 62 páginas. Consultado em 11 de novembro de 2016 
  12. «HOSTS - a Database of the World's Lepidopteran Hostplants» (em inglês). Natural History Museum. 1 páginas. Consultado em 11 de novembro de 2016 
  13. Kay, Andreas (6 de julho de 2015). «Spiny caterpillar of the Rusty-tipped Page, Siproeta epaphus» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 11 de novembro de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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