Soja

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Soja (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaSoja

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Género: Glycine
Espécie: G. max
Nome binomial
Glycine max
L. Merrill
Sinónimos
  • Dolichos soja L.
  • Glycine angustifolia Miq.
  • Glycine gracilis Skvortsov
  • Glycine hispida (Moench) Maxim.
  • Glycine soja sensu auct.
  • Phaseolus max L.
  • Soja angustifolia Miq.
  • Soja hispida Moench
  • Soja japonica Savi
  • Soja max (L.) Piper
  • Soja soja H. Karst.
  • Soja viridis Savi
Soja, grãos madura, crua
Valor nutricional por 100 g (3,53 oz)
Energia 1866 kJ (450 kcal)
Carboidratos
Carboidratos totais 30.16 g
 • Açúcares 7.33 g
 • Fibra dietética 9.3 g
Gorduras
Gorduras totais 19.94 g
 • saturada 2.884 g
 • monoinsaturada 4.404 g
 • poli-insaturada 11.255 g
Proteínas
Proteínas totais 36.49 g
 • Triptófano 0.591 g
 • Treonina 1.766 g
 • Isoleucina 1.971 g
 • Leucina 3.309 g
 • Lisina 2.706 g
 • Metionina 0.547 g
 • Cistina 0.655 g
 • Fenilalanina 2.122 g
 • Tirosina 1.539 g
 • Valina 2.029 g
 • Arginina 3.153 g
 • Histidina 1.097 g
 • Alanina 1.915 g
 • Ácido aspártico 5.112 g
 • Ácido glutâmico 7.874 g
 • Glicina 1.880 g
 • Prolina 2.379 g
 • Serina 2.357 g
Água 8.54 g
Vitaminas
Vitamina A equiv. 1 µg (0%)
Tiamina (vit. B1) 0.874 mg (76%)
Riboflavina (vit. B2) 0.87 mg (73%)
Niacina (vit. B3) 1.623 mg (11%)
Ácido pantotênico (B5) 0.793 mg (16%)
Vitamina B6 0.377 mg (29%)
Ácido fólico (vit. B9) 375 µg (94%)
Vitamina B12 0 µg (0%)
Colina 115.9 mg (24%)
Vitamina C 6.0 mg (7%)
Vitamina E 0.85 mg (6%)
Vitamina K 47 µg (45%)
Minerais
Cálcio 277 mg (28%)
Ferro 15.7 mg (121%)
Magnésio 280 mg (79%)
Manganês 2.517 mg (120%)
Fósforo 704 mg (101%)
Potássio 1797 mg (38%)
Sódio 2 mg (0%)
Zinco 4.89 mg (51%)
Link to USDA Database entry
Percentuais são relativos ao nível de ingestão diária recomendada para adultos.
Fonte: USDA Nutrient Database

A soja (Glycine max), também conhecida como feijão-soja e feijão-chinês,[1] é uma planta pertence à família Fabaceae, família esta que compreende também plantas como o feijão, a lentilha e a ervilha. É empregada na alimentação humana (sob a forma de óleo de soja, tofu, molho de soja, leite de soja, proteína de soja, soja em grão, etc.) e animal (no preparo de rações). A palavra "soja" vem do japonês shoyu.[2] A planta é originária da China e do Japão. É um grão rico em proteínas. Dentre os sais minerais, os mais presentes são: potássio, cálcio, magnésio, fósforo, cobre e zinco. É fonte de algumas vitaminas do complexo B, como a riboflavina e a niacina, e também em vitamina C (ácido ascórbico). Porém é pobre em vitamina A e não contém vitamina D e B12.[3]

Além destes nutrientes, a soja contém a isoflavona,[4][5] também chamada de fitoestrógeno, que atua na prevenção de doenças crônico-degenerativas como o câncer de mama, de cólon de útero e de próstata. Sua estrutura química é semelhante ao estrógeno (hormônio feminino) e, por isso, é uma substância capaz de aliviar os efeitos da menopausa e da tensão pré-menstrual.[6]

As propriedades estrógenas também ajudam a reduzir um outro problema causado pela deficiência hormonal: a osteoporose. Na maioria dos alimentos à base de soja, o teor de isoflavonas varia de 100 a 300 miligramas.[7] As fibras dietéticas solúveis e insolúveis presentes na soja contribuem para a manutenção do nível glicêmico e para a melhora da sensibilidade à insulina, e por apresentar baixo índice glicêmico é relevante na prevenção e tratamento de diabetes e obesidade. O grão ainda possui ácido fítico, também chamado de Fitato.

Os fitatos são considerados fatores antinutricionais, pois reduzem a biodisponibilidade no organismo de alguns minerais como cálcio, ferro, magnésio, manganês, cobre e zinco, principalmente. Porém, na última década, estudos demonstraram que os fitatos também atuam como potentes agentes antioxidantes (prevenindo a oxidação ou envelhecimento das células), cumprindo assim uma função importante na redução dos riscos de inúmeras doenças crônicas e degenerativas, como alguns tipos de câncer e artrites. O teor de fitatos na soja varia de 1,5% da composição do grão, no feijão de 2,5% e nos farelos como o de trigo e o arroz esta entre 4,5%.

Entretanto, ele é neutralizado por aquecimento, tanto cozinhando em casa, como por meio dos processos industriais (processo UHT), resultando em preparações adequadas para o consumo humano. Portanto, bebidas à base de soja, não possuem fatores antinutricionais, podendo ser consumidos com segurança.[8][9] O óleo de soja é o mais utilizado pela população mundial no preparo de alimentos. Outros produtos derivados da soja incluem bebidas a base de soja, óleos, farinha, molho de soja, sabão, cosméticos, resinas, tintas, solventes e biodiesel.

Valor nutricional[editar | editar código-fonte]

A soja é considerada uma fonte de proteína completa (ver: Fibra proteica de soja), isto é, contém quantidades significativas da maioria dos aminoácidos essenciais que devem ser providos ao corpo humano através de fontes externas, por causa de sua inabilidade para sintetizá-los.

Como ilustração do poder nutritivo da soja, saliente-se o fato de que ela é o único alimento proteico fornecido por organizações humanitárias a africanos famélicos. Com uma alimentação exclusivamente baseada em soja, alegadamente, crianças à beira da morte terão recuperado parte do seu peso. Esse fenômeno terá, alegadamente, ocorrido nas crises humanitárias de Biafra (Década de 1970), Etiópia (Década de 1980) e Somália (Década de 1990). [carece de fontes?]

Garcia (2008)[10] realizou um experimento com extrato hidrossolúvel de soja, EHS, que é um produto de elevado valor nutricional, com alto teor proteico. Como o teor de cálcio no EHS é baixo, faz-se interessante a adição desse mineral, a fim de melhorar o valor nutricional do produto. O enriquecimento do EHS com cálcio tem sido uma tarefa difícil, pois os sais desse mineral podem promover coagulação das proteínas da leguminosa, desestabilizando a emulsão. A análise da estabilidade da emulsão é uma ferramenta de grande importância no desenvolvimento de novos produtos.

Primeiramente, determinou-se a estabilidade das emulsões de EHS de quatro marcas comerciais, através da quantificação do tamanho das micelas. A série de imagens obtidas em microscopiaótica das emulsões foi analisada, empregando-se operações morfológicas para remoção de ruídos e binarização das imagens com posterior quantificação da quantidade de micelas e da área de cada micela.

Em sequência, uma amostra de EHS orgânico foi enriquecida com cálcio e vitaminas C e D, segundo um planejamento fatorial 23. A análise da perda da estabilidade seguiu os mesmos critérios da análise preliminar, tendo sido feita também a análise reológica dos EHS estudados. O enriquecimento do EHS mostrou ser um processo viável, uma vez que a perda na estabilidade foi pequena em relação ao EHS não enriquecido.

O enriquecimento recomendado foi aquele com 15% de cálcio, 15% de vitamina C e 30% de vitamina D.[10]

Benefícios da soja[editar | editar código-fonte]

Nos últimos 15 anos, os alimentos a base de soja tornaram-se populares nos países não asiáticos devido aos benefícios à saúde associados ao seu consumo, como diminuição do colesterol, tratamento dos sintomas da menopausa, prevenção da osteoporose, manutenção do peso corporal, entre outros.

A soja oferece aspectos vantajosos, tanto em relação aos alimentos de origem animal como aos outros grãos integrantes do grupo das leguminosas, como o feijão e a lentilha. Isso porque, diferente de outros alimentos vegetais, é o único de seu grupo que contém proteína de alto valor biológico, assim como a proteína animal. A composição da proteína de soja inclui alto teor de gorduras boas (mono e poli-insaturadas), baixo teor de gordura ruim (saturada) e isenção de colesterol. Desta maneira, a American Heart Association considera a soja um alimento com bom perfil nutricional, e benéfico para a saúde cardíaca.

Quando comparada com outras leguminosas, como feijão e lentilha, a soja apresenta mais proteínas e gorduras boas (mono e poli-insaturadas). Uma das variedades da soja é a soja preta, muito comum na Ásia. A soja preta é igual à amarela por dentro, se distinguindo apenas pela casca (epicarpo) escura que recobre o grão. E é nessa proteção que reside boa parte das novidades da soja preta para a nossa saúde. Sua casca escura possui antocianinas, um fotoquímico com ação antioxidante. As antocianinas (das palavras gregas antho = flor e kianos = azul) são as responsáveis pela maioria das cores azul, violeta e todas as tonalidades de vermelho que aparecem em frutas, folhas e raízes de plantas. Apesar de ser largamente disseminada na natureza, são poucas as fontes comercialmente utilizáveis (vinho e suco de uva). Dentre suas propriedades benéficas, destaca-se seu efeito anticarcinogênico, antioxidante e antiviral. Por não ser muito diferente da soja que já conhecemos, sua recomendação de consumo diária é a mesma - duas colheres de sopa por dia (em torno de 25 gramas), aproximadamente. A soja preta pode ser utilizada em grãos, cozida, em sopas e saladas ou em farinha que pode ser adicionada a iogurtes, vitaminas e pães.

Transgênese[editar | editar código-fonte]

A soja é uma das plantações que estão sendo geneticamente modificadas em larga escala, e a soja transgênica está sendo utilizada em um número crescente de produtos. Atualmente, 85% de toda a soja cultivada no Brasil é transgênica.[11] Nos Estados Unidos, essa percentagem é superior a 90%.[12] No Brasil, a empresa Monsanto controla o mercado de soja transgênica.[13] É grande a polêmica sobre a soja transgênica: os seus defensores alegam que é um recurso tecnológico que aumentará a produção agrícola, enquanto que seus críticos alegam que ela poderá reduzir a diversidade dos alimentos.[14]

Beneficiamento[editar | editar código-fonte]

O processo de beneficiamento da soja inicia-se com o esmagamento dos grãos, no qual basicamente se separa o óleo bruto (aproximadamente 20% do conteúdo do grão) do farelo, utilizado largamente como ração animal. O óleo bruto passa por um processo de refino até assumir propriedades ideais ao consumo como óleo comestível.

Composição química[editar | editar código-fonte]

Composição do grão da soja:

Silva et al. (2006)[15] avaliaram a composição química e o valor proteico do resíduo de soja, subproduto do processo de extração do óleo de soja. A composição centesimal, o valor energético e o perfil de aminoácidos do

Ratos Wistar machos, recém-desmamados (n = 24), distribuídos em quatro grupos, foram alimentados por resíduo e do grão de soja foram determinados. O valor proteico foi avaliado mediante índices biológicos.dez dias com rações contendo 10% de proteína (resíduo de soja, soja integral, caseína –controle) ou com ração aproteica. O resíduo apresentou maior conteúdo proteico (47%) e menor teor energético (334 quilocalorias por 100 gramas) em relação ao grão de soja (40% e 452 quilocalorias por 100 gramas, respectivamente), além de perfil de aminoácidos essenciais com escore de 101% em relação ao padrão de referência e digestibilidade proteica de 88%.

Segundo os índices RNPR (Relative Net Protein Ratio) e PDCAAS (escore de aminoácidos corrigido pela digestibilidade), a qualidade da proteína do resíduo de soja é similar à do grão integral (valores proteicos de 87% e 85%, respectivamente). O resíduo de soja é fonte de carboidratos, minerais, fibras e proteína de qualidade nutricional adequada, apresentando vantagens em relação à soja integral tais como menor teor energético e maior concentração proteica.[15]

Produção[editar | editar código-fonte]

Mundo[editar | editar código-fonte]

Produção de soja no mundo em 2013: o principal centro está em verde, sendo seguido pelos centros em amarelo e em vermelho
Produção de soja (1961 - 2016)[16]
Código país; ISO_3166-1, oth 86; 86 outros países
Os 8 principais países produziram 94,82% em 2016.

Os maiores produtores de soja do mundo, segundo dados de 2010, eram os Estados Unidos (35%), seguido do Brasil (27%), Argentina (19%), República Popular da China (6%) e Índia (4%). A produção mundial de soja em 2010 foi de 258,4 milhões de toneladas.[17]

País Produção em 2019
(toneladas anuais)
 Brasil 114.269.392
 Estados Unidos 96.793.180
 Argentina 55.263.891
 China 15.724.000
 Índia 13.267.520
 Paraguai 8.520.350
 Canadá 6.045.100
 Rússia 4.359.956
 Ucrânia 3.698.710
 Bolívia 2.990.845
Total mundial 320.932.944
Fonte: Food and Agriculture Organization[18]

Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil, até o século XIX, a soja era plantada na Bahia,[19] em pequena escala. Sua disseminação em larga escala pelo Brasil se deu posteriormente, graças aos imigrantes japoneses.[19]

Em 2019, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), em colaboração com a Fundação Triângulo e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), desenvolveu uma nova variedade de soja preta, denominada BRSMG 715A.[20] A variedade BRSMG 715A é mais rica em proteínas que o feijão, sendo de mais fácil preparo, apresentando sabor mais agradável.[21]

A Região centro-oeste do Brasil é responsável por quase metade da produção do Brasil, sendo que, juntamente com a Região sul do Brasil, responde por mais de 80% da produção brasileira do grão (aproximadamente 74 milhões de toneladas),[22] como verifica-se no seguinte quadro:

Região Safra 2010 (t) Safra 2011 (t) Participação na Safra 2011 Variação entre Safras
Centro-oeste 31 609 385 33 740 408 45,1% 6,7%
Sul 25 684 674 28 550 226 38,2% 11,2%
Sudeste 4 298 084 4 446 137 5,9% 3,4%
Nordeste 5 303 785 6 230 164 8,3% 17,5%
Norte 1 622 810 1 862 448 2,5% 14,8%
Brasil 68 518 738 74 829 383 100,0% 9,2%
Produção de Cereais, Leguminosas e Oleaginosas - Comparação entre as Safras 2010 e 2011 - Brasil e Grandes Regiões.[22]

Na safra de 2010, os detentores das maiores parcelas da produção brasileira foram, nessa ordem, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia e Minas Gerais, respondendo juntos por mais de 80% da produção nacional. O estado de Mato Grosso isoladamente produziu mais de 27% de toda a produção de soja do país.[23]

Posição Unidade da Federação Safra 2010 (t) Participação em 2010
1 Mato Grosso 18 787 783 27,33%
2 Paraná 14 091 829 20,50%
3 Rio Grande do Sul 10 480 026 15,24%
4 Goiás 7 252 926 10,55%
5 Mato Grosso do Sul 5 340 462 7,77%
6 Bahia 3 112 929 4,53%
7 Minas Gerais 2 902 464 4,22%
8 São Paulo 1 412 934 2,05%
9 Santa Catarina 1 378 532 2,00%
10 Maranhão 1 322 363 1,92%
11 Tocantins 991 326 1,44%
12 Piauí 868 493 1,26%
13 Rondônia 385 388 0,56%
14 Pará 243 616 0,35%
15 Distrito Federal 177 065 0,26%
16 Roraima 3 920 0,01%
17 Ceará 3 417 0,00%
18 Amazonas 540 0,00%
19 Acre 330 0,00%
n/a Brasil 68 756 343 100,00%
Produção da cultura de soja nas unidades federativas do Brasil em 2010[23]

Na safra de 2010, o principal município produtor foi Sorriso, que respondeu sozinho por mais de 2,5% da produção nacional:[24]

Município Posição Safra 2010 (t) Participação em 2010
Sorriso - MT 1 1 814 400 2,64%
Sapezal - MT 2 1 085 521 1,58%
Nova Mutum - MT 3 1 039 200 1,51%
Campo Novo do Parecis - MT 4 1 006 135 1,46%
Formosa do Rio Preto - BA 5 889 958 1,29%
Diamantino - MT 6 867 948 1,26%
Nova Ubiratã - MT 7 786 218 1,14%
Rio Verde - GO 8 768 500 1,12%
Lucas do Rio Verde - MT 9 756 648 1,10%
São Desidério - BA 10 738 990 1,07%
Querência - MT 11 709 500 1,03%
Primavera do Leste - MT 12 703 188 1,02%
Jataí - GO 13 642 600 0,93%
Itiquira - MT 14 600 000 0,87%
Maracaju - MS 15 583 440 0,85%
Cristalina - GO 16 552 000 0,80%
Ipiranga do Norte - MT 17 535 020 0,78%
Campo Verde - MT 18 506 002 0,74%
Ponta Porã - MS 19 468 000 0,68%
Campos de Júlio - MT 20 456 936 0,66%
Dourados - MS 21 436 800 0,64%
Brasnorte - MT 22 421 492 0,61%
Santa Rita do Trivelato - MT 23 413 100 0,60%
Luís Eduardo Magalhães - BA 24 400 554 0,58%
Santo Antônio do Leste - MT 25 390 308 0,57%
Balsas - MA 26 376 524 0,55%
Tapurah - MT 27 372 477 0,54%
Chapadão do Céu - GO 28 363 000 0,53%
Tupanciretã - RS 29 361 200 0,53%
Vera - MT 30 360 720 0,52%
Brasil n/a 68 756 343 100,00%
Produção da cultura de soja nos 30 maiores produtores do Brasil em 2010[24]

O Brasil tem nas commodities com a soja, um dos principais produtos da exportação. Entretanto, a cadeia logística da soja para ser exportada tem barreiras que dificultam e encarecem o seu valor devido a infraestrutura deficitária no país.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Algumas variedades e derivados da soja:

Nódulos radiculares[editar | editar código-fonte]

Os nódulos radiculares são associações simbióticas entre bactérias e raízes de plantas superiores. A planta proporciona à bactéria compostos orgânicos como fonte de energia e um entorno protetor, e recebe em troca nitrogênio. Esse nitrogênio é fixado do ar, dinitrogênio, transformado em amônia e em seguida em outras formas tanto pelas bactérias como pelas plantas. Nitrogênio é um macronutriente fundamental aos seres vivos, como por exemplo, sendo componente das proteínas.

Esse processo se chama fixação biológica de nitrogênio, ou FBN, e apresenta grandes vantagens ambientais. Além disso, Brasil é líder mundial no uso desse processo biológico na agricultura. Enquanto países como os Estados Unidos usam bilhões de dólares dos Estados Unidos por ano em fertilizantes nitrogenados, que podem gerar vários danos ambientais, o Brasil usa 100% da sua área de soja com FBN, resultando em uma economia estimada de US$ 1 bilhão por ano ao país.[25]

A simbiose entre cada espécie de leguminosa e bactéria é específica. Por exemplo,Glycine max, a soja, associa-se com bactéria do genêro Bradyrhizobium, comoBradyrhizobium japonicum e Bradyrhizobium elkani. Os rizóbios (bactérias) entram nos pêlos radiculares, os quais se deformam, formando os nódulos, onde ocorre a FBN.

A simbiose é um processo complexo, resultado de uma intensa troca de sinais moleculares entre planta e bactéria. Após "autorizar" a simbiose a planta permite que a bactéria degrade a parede celular do pêlo radicular e penetre por ele; o crescimento do pelo radicular é alterado, e forma-se, para dentro, uma estrutura tubular chamada cordão de infecção, ou hebra.

A hebra dirige-se à base da raiz, e através das paredes celulares vai ao interior do córtex. As bactérias induzem a divisão celular nas células corticais, que se tornam meristemáticas, com alto poder de divisão celular. Quando os rizóbios são liberados das hebras de infecção e penetram nas células radiculares, ficam envoltos por invaginações da membrana plasmática dos pêlos radiculares. Devido à contínua proliferação de bacteroides (rizóbios que crescem dentro das células vegetais em íntima simbiose) e células corticais, formam-se os crescimentos tumorais que constituem os nódulos (Raven, 2003).

É nesses nódulos que ocorre a FBN, resultando em imensa economia de fertilizantes nitrogenados, e consequentes benefícios econômicos e ambientais para as lavouras de soja.

Avaliação sensorial de preparações com soja[editar | editar código-fonte]

A soja é considerada alimento de alto valor nutritivo e de grande importância na alimentação humana. O extrato hidrossolúvel de soja, de bom valor nutritivo, apresenta aspecto semelhante ao do leite de vaca. A adição de polpa de fruto a esse extrato minimiza a sensação, por vezes desagradável, da soja pura, bem como enriquece o valor vitamínico do produto obtido. O consumo de frutos e hortaliças aumenta ano após ano devido tanto ao alto valor nutritivo que eles encerram bem como aos efeitos terapêuticos que eles promovem no homem.

As dietas ricas em vegetais têm sido associadas à redução e prevenção de várias doenças crônicas cardiovasculares e cancerígenas. A celulose presente nos vegetais estimula o peristaltismo intestinal, promovendo o funcionamento regular dos intestinos. Os fotoquímicos encontrados em frutos, hortaliças e alguns tipos de raízes, ao serem ingeridos diariamente, são capazes de modificar o metabolismo humano de maneira favorável à prevenção do câncer e a outros tipos de doenças degenerativas.

Em 2008, iniciou-se um projeto com pacientes de enfermarias e ambulatórios e gestantes atendidos pela Divisão de Nutrição do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Em dezembro de 2009, os idosos do Grupo Renascer, frequentadores do Centro Multidisciplinar de Pesquisa e Extensão sobre o Envelhecimento do hospital, passaram a participar do projeto também.

Os objetivos do projeto eram levar, a pacientes e idosos, preparações formuladas com soja, frutos, hortaliças e raízes; verificar qual a opinião de cada provador sobre a preparação; e explicar os benefícios do consumo desses alimentos para a melhoria do estado de saúde deles. Durante 2010, pacientes enfermos e ambulatoriais e gestantes provaram bebida de soja, laranja, abóbora e beterraba e idosos provaram bebida de soja, maracujá, couve e gengibre. Entre os idosos prevaleceram o sexo feminino e a faixa etária de 70 a 79 anos. Quarenta e nove idosos apresentaram sobrepeso e vinte foram considerados obesos. A grande maioria deles apresentava algum tipo de doença crônica. Sessenta e cinco por cento dos idosos afirmaram que não apreciavam bebida de soja pura, popularmente tratada por "leite de soja".[26]

Ambos os tipos de bebidas conseguiram agradar mais de 60% dos provadores. As presenças da abóbora e do gengibre nas bebidas representaram uma inovação para eles. A palestra "Tópicos em Alimentos e Nutrição" foi apresentada para os idosos, no dia 14 de outubro, em comemoração à Semana Mundial da Alimentação. Os resultados alcançados nesses trabalhos foram considerados bons junto a esses provadores, sinalizando que a execução do projeto deve prosseguir.

Extrato de soja x proteína isolada da soja[editar | editar código-fonte]

Variedades da soja.

O extrato de soja é o produto obtido a partir da moagem dos grãos de soja com água. Desta forma, o extrato de soja preserva, além da proteína, parte dos carboidratos solúveis, gorduras insaturadas (como a lecitina de soja), vitaminas e minerais presentes na soja. Já a proteína isolada da soja é produzida através de um processo em que são removidos os lipídeos e os componentes não digeríveis dos grãos. Dependendo do processo utilizado, a proteína pode estar na forma isolada, concentrada ou como farinha, sendo então transformada em proteína de soja texturizada ou proteína vegetal texturizada, utilizadas na fabricação de carnes vegetais ou outros alimentos. Além dos alimentos que utilizam a própria proteína de soja como ingrediente, outras fontes dessa proteína são os alimentos preparados a partir do grão da soja tais como tofu, farinha (kinako), leite e iogurte de soja. Os alimentos preparados a partir da proteína ou do grão de soja podem substituir parcialmente a proteína animal.[27]

Apesar de conter maior quantidade de proteína do que o extrato, por ser concentrado, o isolado proteico de soja geralmente é diluído para o consumo. Desta forma, o produto final oferece quantidade de proteínas similares ao do extrato por porção. Por isso, é muito importante observar a embalagem e a tabela nutricional dos alimentos no momento da compra. Por exemplo, os produtos da linha AdeS Original fornecem 25 gramas de proteína de soja por litro, ou seja, 5 gramas para cada copo de 200 mililitros.[28]

Riscos para a saúde[editar | editar código-fonte]

A soja, como todo alimento de origem vegetal, possui substâncias que atuam como mecanismos de autodefesa contra seus predadores, como o ácido fítico e a lecitina.[29][30] Do ponto de vista nutricional, tais substâncias são denominadas como anti-nutrientes, pois impedem que o organismo absorva os nutrientes contidos no grão.[31][32][33]

Ácido fítico[editar | editar código-fonte]

O ácido fítico, ou fitato, é uma substância encontrada exclusivamente em alimentos de origem vegetal, sobretudo em grãos como a soja. Sua ingestão pode inibir a absorção de minerais como cálcio, zinco, manganês e, sobretudo, ferro, que tem sua biodisponibilidade seriamente comprometida.[34][35] A inibição ocorre mesmo em alimentos que são genetica e/ou artificialmente fortificados com ferro.[36] Para reduzir o nível de ácido fítico do alimento e, consequentemente, aumentar a biodisponibilidade do ferro nele encontrado, uma alternativa é deixar o alimento de molho por, pelo menos, quatro horas[37] ou fermentá-lo.[38]

Fitoestrogênios[editar | editar código-fonte]

Os fitoestrogênios são substâncias contidas em algumas plantas, sobretudo em soja, e que são, estruturalmente e funcionalmente, similares ao hormônio feminino estrogênio.[39] Embora exista a crença de que o fitoestrogênio possa comprometer a saúde masculina, devido à sua similaridade com o hormônio feminino, múltiplas pesquisas apontam que não há correlação entre consumo de soja e alterações dos níveis de testosterona, SHGB e estrogênio.[40]

PIS e testosterona[editar | editar código-fonte]

Em estudo clínico randomizado controlado no qual se aplicou suplementação com proteína isolada de soja (PIS), por 28 dias, em homens acima de 18 anos, foi constatada a redução do hormônio testosterona.[41] Porém, este estudo contém falhas metodológicas,[42] e não há evidência científica suficiente para concluir que a soja causa alterações hormonais em humanos.[40]

Cultivo[editar | editar código-fonte]

Desmatamento da Amazônia[editar | editar código-fonte]

O cultivo da soja é apontado como uma das grandes causas do desmatamento da Floresta Amazônica.[43][44][45] Além disso, também está relacionado a grilagem de terras e violência contra as comunidades locais, por conta de áreas com problemas cartorários e invasões de áreas produtoras escrituradas e documentadas.

Contudo as áreas de produção de soja vigoram entres as que apresentam maiores percentagens de reservas florestais e áreas de preservação conforme código florestal vigente.[46]

Ver também[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Soja
Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Soja

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 766.
  2. FERREIRA, Aurélio B. de H. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, s.d., 1499 p. (12ª. Impressão).
  3. AZEVEDO, Elaine de. «Riscos e controvérsias na construção social do conceito de alimento saudável: o caso da soja» (PDF). Revista Saúde Pública. 4 (45). pp. 781–788. Consultado em 5 de fevereiro de 2014 
  4. CASTILHO, Ana Cristina. «Isoflavonas de Soja» 
  5. GOES-FAVONI, Silvana Pedroso de; et al. «Isoflavonas em produtos comerciais de soja». Ciência e Tecnologia de Alimentos. 24 (4). Consultado em 4 de fevereiro de 2014 
  6. PREDIGER, SClarice Cardozo da Costa; et al. «Effects of soy protein containing isoflavones on women's lipid profile: a meta-analysis». Revista de Nutrição. 24 (1). pp. 161–172. Consultado em 3 de fevereiro de 2014 
  7. MAGNONI, Dr. Daniel. «Soja – A Bem da verdade» 
  8. MAHAN, L. K.; ARLIN, M. T. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 8a ed. São Paulo: Roca, 1995.
  9. Mateos-Aparicio I, Redondo Cuenca A, Villanueva-Suárez MJ, et al. Soybean, a promising health source. Nutr Hosp 2008; 23(4): 305-312.
  10. a b GARCIA, Mariana M. T. Avaliação da estabilidade do extrato hidrossolúvel de soja enriquecido de cálcio e vitaminas C e D através do processamento digital de imagens. 2008. xxi, 93. p.: il. Dissertação (Mestrado em Ciência) - Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ - Escola de Química.
  11. Say you Brasil. Disponível em http://www.sayyou.com.br/soja-transgenica-grao-que-confronta-monsanto-a-milhoes-de-brasileiros#.VQueYtLF8TE Arquivado em 2 de abril de 2015, no Wayback Machine.. Acesso em 20 de março de 2015.
  12. Notícias agrícolas. Disponível em http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/soja/128553-soja-demanda-chinesa-deve-continuar-aumentando-para-a-producao-de-racao-animal.html#.VQucydLF8TE. Acesso em 20 de março de 2015.
  13. Repórter Brasil. Disponível em http://reporterbrasil.org.br/2013/11/grupo-de-seis-empresas-controla-mercado-global-de-transgenicos-2/. Acesso em 20 de março de 2015.
  14. AgroCIM. Disponível em http://www.agrocim.com.br/noticia/Soja-area-com-transgenico-passa-dos-80-no-Brasil.html. Acesso em 20 de março de 2015.
  15. a b SILVA, Maria Sebastiana et al. Avaliação química e biológica do resíduo de soja, Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 26 (3): 571-576, jul.-set. 2006.
  16. FAO Production / Crops
  17. World Soybean Production 2010 Arquivado em 24 de novembro de 2012, no Wayback Machine.. Acesso em: 16 de Novembro de 2011.
  18. fao.org (FAOSTAT). «Soybean production in 2019, Crops/World regions/Production quantity (from pick lists)». Consultado em 31 de março de 2021 
  19. a b Nippobrasil Arquivado em 30 de maio de 2009, no Wayback Machine. Obtido em 27 de Junho de 2009.
  20. Décio Luiz Gazzoni e Miguel Alves Pereira Jr. (18 de junho de 2022). «Soja preta – As propriedades funcionais da soja beneficiam a saúde dos seus consumidores». Mais Soja. Consultado em 30 de setembro de 2023 
  21. «Nova soja preta com mais proteína que feijão». MS Post. 13 de junho de 2022. Consultado em 30 de setembro de 2023 
  22. a b IBGE - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola - Pesquisa Mensal de Previsão e Acompanhamento das Safras Agrícolas no Ano Civil - Dezembro 2011 (p. 33 e p. 40) name="IBGE_Levantamento_Sistematico">IBGE - Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias - GCEA/IBGE, DPE, COAGRO - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, Fevereiro 2012
  23. a b IBGE Arquivado em 24 de setembro de 2015, no Wayback Machine. - SIDRA - Tabela 1612. Obs.: selecionar "Quantidade Produzida" e "Soja (em grão) (Toneladas)"; selecionar ano desejado (ex. "2010"); clicar em "Unidade Territorial(6279)"; marcar "Brasil(1)" como "Sim"; marcar "Unidade da Federação(27)" como "Tudo"; clicar em "OK" e aguardar geração do relatório
  24. a b IBGE Arquivado em 24 de setembro de 2015, no Wayback Machine. - SIDRA - Tabela 1612. Obs.: selecionar "Quantidade Produzida" e "Soja (em grão) (Toneladas)"; selecionar ano desejado (ex. "2010"); clicar em "Unidade Territorial(6279)"; marcar "Brasil(1)" como "Sim"; marcar "Município(5551)" como "Tudo"; clicar em "OK" e aguardar geração do relatório (demorado!)
  25. Embrapa Soja
  26. Xiao CW, Wood CM, Robertson P, Gilani GS. Protease inhibitor activities and isoflavone content in commercial soymilks and soy-based infant formulas sold in Ottawa, Canada. Journal of Food Comp Anal. 2011; 25: 130-136.
  27. SILVA, Maria Sebastiana; et al. «Composição Química e Valor Protéico do Resíduo de Soja em Relação ao Grão de Soja» (PDF). Ciênc. Tecnol. Aliment. 3 (26). pp. 363–370. Consultado em 5 de fevereiro de 2014 
  28. TRINDADE, Michele Carolina de Costa; MAGNONI, Dr. Daniel. «Alimentação saudável - O lugar da soja». Consultado em 6 de fevereiro de 2014 
  29. Moreira, Amanda A.; Mandarino, José MG; Neves-Souza, Rejane D.; Leite, Rodrigo S.; Oliveira, Marcelo A. (2012). «Teor de ácido fítico em cultivares de soja cultivados em diferentes regiões dos estados do Paraná e São Paulo.». Alim. Nutr. 23: 393-398. ISSN 2179-4448 
  30. Mulinari, Fernanda. Ritt, Arlete B. Becker. Carlini, Célia R. Protéinas antinutricionais e/ou tóxicas em sementes de soja (glycine max (L) Merril) - Univ Federal do Rio Grande do Sul
  31. Zang, J.; Li, D.; Paio, X.; Tang, S. (2006). «Effects of soybean agglutinin on body composition and organ weights in rats.». Archives of animal nutrition. 60: 245-253. PMID 16736858. doi:10.1080/17450390600679082 
  32. Pintado, Diego H.Os males da soja. Sim, eles existem. In: Viés. Univ. Federal do Rio Grande do Sul. 2011
  33. Soja: a melhor e a pior maneira de comer este grão Arquivado em 6 de agosto de 2017, no Wayback Machine. - Portal Menu Vegano
  34. Hurrel, RF (2003). «Influence of vegetable protein sources on trace element and mineral bioavailability.». The Journal of Nutrition. PMID 12949395 
  35. Petry, N.; Egli, I.; Zeder, C; Walczyk, T; Hurrell, R. (2010). «Polyphenols and phytic acid contribute to the low iron bioavailability from common beans in young women.». The Journal of Nutrition. PMID 20861210. doi:10.3945/jn.110.125369 
  36. Petry, N.; Egli, I.; Gahutu, JB; Tugirimana, PL; Boy, E.; Hurrel, R. (2014). «Phytic acid concentration influences iron bioavailability from biofortified beans in Rwandese women with low iron status.». American Society for Nutrition. PMID 25332466. doi:10.3945/jn.114.192989 
  37. Gustafsson, E.L.; Sandberg, A-S. (1995). «Phytate Reduction in Brown Beans (Phaseolus vulgaris L.)». Journal of Food Science. doi:10.1111/j.1365-2621.1995.tb05626.x 
  38. Leenhardt, F.; Levrat-Verny, MA.; Chanliaud, E; Rémésy, C (2005). «Moderate decrease of pH by sourdough fermentation is sufficient to reduce phytate content of whole wheat flour through endogenous phytase activity.». Journal of agricultural and food chemistry. PMID 15631515. doi:10.1021/jf049193q 
  39. Sergei, Jargin V. (2014). «Soy and phytoestrogens: possible side effects.». German Medical Science. 12. PMC 4270274Acessível livremente. doi:10.3205/000203 
  40. a b Hamilton-Reeves, Jill M.; Vazquez, Gabriela; Duval, Sue J.; Phipps, William R.; Kurzer, Mindy S.; Messina, Mark J. (agosto de 2010). «Clinical studies show no effects of soy protein or isoflavones on reproductive hormones in men: results of a meta-analysis». Fertility and Sterility (em inglês). 94 (3): 997–1007. doi:10.1016/j.fertnstert.2009.04.038 
  41. Goodin, S.; Shen, F.; Shih, WJ; Dave, N.; Kane, MP.; Medina, P.; Lambert, GH.; Aisner, J; Gallo, M.; DiPaola, RS. (2007). «Clinical and biological activity of soy protein powder supplementation in healthy male volunteers.». Cancer epidemiology , biomarkers & prevention. 16: 829-833. PMID 17416779. doi:10.1158/1055-9965.EPI-06-0882 
  42. Messina, Mark; Hamilton-Reeves, Jill; Kurzer, Mindy; Phipps, William (1 de dezembro de 2007). «Effect of Soy Protein on Testosterone Levels». Cancer Epidemiology and Prevention Biomarkers (em inglês). 16 (12): 2795–2795. ISSN 1055-9965. PMID 18086792. doi:10.1158/1055-9965.EPI-07-2543 
  43. «Soja é responsável indireta pelo desmatamento no Brasil». 17 de setembro de 2013. Consultado em 5 de abril de 2021 
  44. Philip M. Fearnside (7 de dezembro de 2020). «O Desmatamento da Amazônia Brasileira: 10 – Soja». Consultado em 5 de abril de 2021 
  45. Clarissa Neher (24 de abril de 2020). «O papel de gado e soja no ciclo de desmatamento». Consultado em 5 de abril de 2021 
  46. Greenpeace Brasil. Disponível em http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/crimes-contra-a-amaz-nia-a-ven/. Acesso em 20 de março de 2015. [ligação inativa]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]