Sol Invicto

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 Nota: Se procura pela banda inglesa de neofolk, veja Sol Invictus (banda).
Deus Sol Invicto. Disco de prata romano do século III d.C., encontrado em Pessino, atual Turquia (exposto no museu britânico).

Sol Invicto (em latim: Sol Invictus) foi o deus sol oficial do Império Romano e posteriormente, um patrono de soldados, também conhecido pelo nome completo, Deus Sol Invicto. Em 25 de dezembro de 274 d.C., o imperador romano Aureliano tornou-o um culto oficial ao lado dos cultos romanos tradicionais.[1]

Era também um título religioso que foi aplicado a três divindades distintas durante o Império Romano tardio. Ao contrário de outros, como o culto agrário do Sol Indiges ("Sol na Terra"), o título Deus Sol Invicto foi formado por analogia ao título imperial pius felix invictus ("pio, feliz, invicto").

O título foi introduzido pelo imperador romano Heliogábalo, durante a sua tentativa abortada de impor o deus Elagabalo Sol Invicto, o deus-sol da sua cidade natal Emesa na Síria. Com a morte do imperador em 222 d.C., contudo, o seu culto esvaneceu-se. Em segundo instante, o título invicto foi aplicado a Mitra em inscrições de devotos. Também, aparece aplicado a Marte.

Finalmente, o imperador Aureliano introduziu um culto oficial do Sol Invicto em 270 d.C., fazendo do Deus Sol a primeira divindade do império. Embora não oficialmente identificado com Mitra, o Sol de Aureliano tem muitas características próprias do mitraísmo, incluindo a representação iconográfica do jovem deus imberbe. O culto do Sol Invicto continuou a ser base do paganismo oficial até a adesão do império ao cristianismo. Antes da sua conversão ao cristianismo, o jovem imperador Constantino tinha o Sol Invicto como a sua cunhagem oficial. E depois, com o Édito de Milão, que concedia liberdade religiosa, houve o uso do símbolo do Chi Ro.

Referências

  1. 1945-, Clauss, Manfred, (2001). Die römischen Kaiser : 55 historische Portraits von Caesar bis Iustinian. [S.l.]: Beck. 250 páginas. ISBN 9783406472886