Squel Jorgea
Squel | |||||
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Squel no desfile das campeãs de 2016 | |||||
Informações pessoais | |||||
Nome completo | Squel Jorgea Ferreira Vieira | ||||
Data de nasc. | 4 de outubro de 1982 (40 anos) | ||||
Local de nasc. | Rio de Janeiro, Brasil | ||||
Informações profissionais | |||||
Escolas de samba | |||||
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Squel Jorgea Ferreira Vieira (Rio de Janeiro, 4 de outubro de 1982) é uma ex-porta-bandeira brasileira, duas vezes campeã do carnaval carioca pela Estação Primeira de Mangueira. Também é vencedora de dois Estandartes de Ouro, considerado o "Óscar do carnaval carioca", entre outros prêmios como o Tamborim de Ouro.[1][2]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Squel Jorgea Ferreira da Silva nasceu no dia 4 de outubro de 1983, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro. Sua ligação com o carnaval vem de berço. Sua mãe desfilava na Estação Primeira de Mangueira. Seu pai, na Acadêmicos do Grande Rio. É neta de Xangô da Mangueira, histórico sambista do carnaval carioca. Desde pequena seu pai lhe levava para frequentar a quadra da Grande Rio, escola de Duque de Caxias. Começou a desfilar na escola aos nove anos, primeiro como baianinha, depois como passista e porta-bandeira mirim. Em 1999, ganhou um concurso para segunda porta-bandeira da escola. Em 2002, aos 18 anos, assumiu o primeiro posto.[3][4]
Como primeira porta-bandeira da Grande Rio, conquistou três vice-campeonatos (2006, 2007 e 2010). Em 2011, um incêndio destruiu o barracão da escola na Cidade do Samba. A agremiação não foi julgada. Após o desfile de 2012, se desligou da Grande Rio.[5] Em 2013, desfilou pela Mocidade Independente de Padre Miguel, mas no mesmo ano deixou a escola.[6] Para o carnaval de 2014, foi contratada pela Mangueira para substituir Marcella Alves, formando par com o mestre-sala Raphael Rodrigues.[7][8] Em 2014, foi uma das personalidades homenageadas no desfile da Unidos do Porto da Pedra, em homenagem aos casais de mestre-sala e porta-bandeira.[9] No carnaval de 2015, dançando na chuva, Squel e Raphael conquistaram a nota máxima de todos os jurados. Squel também recebeu seu primeiro Estandarte de Ouro, prêmio considerado o "Óscar do carnaval". No desfile, em homenagens às mulheres brasileiras, Squel incluiu em sua coreografia o gesto do "V de vitória", eternizado pela porta-bandeira mangueirense Neide.[10] No final de 2015, Squel se casou com o carnavalesco Leandro Vieira, com quem se relacionava desde 2008. No mesmo ano, Leandro foi contratado como carnavalesco da Mangueira.
Em 2016, Squel conquistou seu primeiro título no carnaval carioca. Mais uma vez, ela e Raphael receberam a nota máxima de todos os jurados. No desfile em homenagem à cantora Maria Bethânia, Squel se destacou pelo seu figurino, representando uma iaô iniciada no candomblé. A porta-bandeira cortou o cabelo para utilizar uma touca que fizesse ela parecer careca.[11] Com a saída de Raphael Rodrigues da Mangueira, a escola subiu de posto Matheus Olivério, seu segundo mestre-sala. Matheus é filho de Xangô da Mangueira e tio de Squel.[12] No final de 2018, Squel e Leandro Vieira terminaram o relacionamento de dez anos. Os dois seguiram trabalhando juntos na Mangueira.[13] Em 2019, Squel conquistou seu segundo título de campeã pela Mangueira. Pelo terceiro ano seguido, Squel e Matheus receberam nota máxima de todos os jurados. Squel também recebeu seu segundo Estandarte de Ouro.[14]
Depois do desfile de 2022, Squel anunciou o fim de sua carreira[15].
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Abaixo, a lista de carnavais de Squel Jorgea e seu desempenho em cada ano.
Legenda: |
Títulos e estatísticas[editar | editar código-fonte]
Squel foi duas vezes campeã do carnaval carioca. Em outras três ocasiões foi vice-campeã.
Divisão | ![]() Campeonato |
Ano | ![]() Vice |
Ano | ![]() Terceiro lugar |
Ano |
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![]() Grupo Especial |
2 | 2016 e 2019 | 3 | 2006, 2007 e 2010 | 3 | 2003, 2005 e 2008 |
Premiações[editar | editar código-fonte]
- 2022 - Melhor Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira (com Matheus Olivério - Mangueira) [57]
- 2006 - Melhor Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira (com Sidclei Santos - Grande Rio) [58]
- 2009 - Melhor Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira (com Sidclei Santos - Grande Rio) [59]
- 2010 - Melhor Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira (com Sidclei Santos - Grande Rio) [60]
Referências
- ↑ «Squel Jorgea – primeira Porta-Bandeira». Acadêmicos do Grande Rio. 29 de maio de 2016. Consultado em 28 de abril de 2019. Arquivado do original em 29 de maio de 2016
- ↑ Moção 61/2007. Alerj
- ↑ «Squel: dona do sorriso e do pavilhão da Mangueira». O Globo. 14 de fevereiro de 2016. Consultado em 27 de abril de 2019. Cópia arquivada em 17 de janeiro de 2019
- ↑ «Squel: 'Momento marcante é o que estou vivendo em Mangueira'». SRzd. 9 de janeiro de 2014. Consultado em 28 de abril de 2019. Cópia arquivada em 28 de abril de 2019
- ↑ Squel não é mais porta-bandeira da Grande Rio. SambaSul, 29 de fevereiro de 2012
- ↑ Porta-bandeira Squel deixa a Mocidade. SRZD, 21 de fevereiro de 2013
- ↑ Mangueira confirma contratação da porta-bandeira Squel. O Dia, 2 de maio de 2013
- ↑ «Squel na Mangueira: A continuação de um histórico familiar». Site Carnavalesco. 7 de maio de 2013. Consultado em 27 de abril de 2019. Arquivado do original em 16 de fevereiro de 2016
- ↑ Porta-bandeira Squel Jorgea, da Mangueira, também será homenageada pelo Tigre. Porto da Pedra
- ↑ a b «Estandarte de Ouro 2015». Site do Jornal O Globo. Consultado em 26 de março de 2017. Cópia arquivada em 4 de março de 2016
- ↑ Porta-bandeira Squel fez ritual para dar corpo a uma filha de santo na Mangueira. Extra, 12 de fevereiro de 2016
- ↑ Fern, Alice. «Casos de família! Tio de Squel, mestre-sala realiza sonho: 'O momento chegou'». Sambarazzo. Consultado em 27 de abril de 2019. Cópia arquivada em 19 de setembro de 2017
- ↑ Fern, Alice. «Casamento chega ao fim! Após 10 anos juntos, Leandro Vieira e Squel se separam». Sambarazzo. Consultado em 27 de abril de 2019. Cópia arquivada em 27 de abril de 2019
- ↑ Confira a lista dos vencedores do Estandarte de Ouro de 2019. O Globo, 5 de março de 2019
- ↑ Porta-bandeira Squel Jorgea anuncia fim da carreira. O Dia, 15 de junho de 2022
- ↑ «Acadêmicos do Grande Rio 1999». Galeria do Samba. Consultado em 27 de abril de 2019
- ↑ «Acadêmicos do Grande Rio 2000». Galeria do Samba. Consultado em 27 de abril de 2019
- ↑ «Acadêmicos do Grande Rio 2001». Galeria do Samba. Consultado em 27 de abril de 2019
- ↑ «Notas 2002». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2003». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2004». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2005». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2006». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2007». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2008». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2009». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2010». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2012». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2013». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2014». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2015». Site Galeria do Samba. Consultado em 1 de junho de 2017. Arquivado do original em 1 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2016». Site Apoteose. Consultado em 2 de junho de 2017. Cópia arquivada em 2 de junho de 2017
- ↑ «Notas 2017». Site Apoteose. Consultado em 1 de junho de 2017. Cópia arquivada em 1 de junho de 2017
- ↑ «Estação Primeira de Mangueira 2018». Galeria do Samba. Consultado em 27 de abril de 2019
- ↑ «Notas 2018 – Grupo Especial». Site Apoteose. Consultado em 8 de junho de 2018. Cópia arquivada em 8 de junho de 2018
- ↑ «Estação Primeira de Mangueira 2019». Galeria do Samba. Consultado em 27 de abril de 2019
- ↑ «Notas 2019 – Grupo Especial». Site Apoteose. Consultado em 23 de abril de 2019. Cópia arquivada em 23 de abril de 2018
- ↑ «Notas 2020 – Grupo Especial». G1. 26 de agosto de 2020. Consultado em 9 de março de 2020. Cópia arquivada em 9 de março de 2020
- ↑ «Carnaval 2022: veja as notas da apuração do Grupo Especial no Rio». G1. 26 de abril de 2022. Consultado em 27 de abril de 2022. Cópia arquivada em 27 de abril de 2022
- ↑ «Confira a lista dos vencedores do Estandarte de Ouro de 2019: Mangueira foi a escola de samba mais premiada». O Globo. 5 de março de 2019. Consultado em 4 de março de 2020. Cópia arquivada em 4 de março de 2020
- ↑ «Vencedores S@mba-Net 2022». sambanet.com. Consultado em 28 de abril de 2022. Cópia arquivada em 28 de abril de 2022
- ↑ «Tamborim de Ouro 2006». Site Academia do Samba. Consultado em 22 de abril de 2017. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2013
- ↑ «Tamborim de Ouro 2009». Site Academia do Samba. Consultado em 22 de abril de 2017. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2013
- ↑ «Tamborim de Ouro 2010». Site Academia do Samba. Consultado em 22 de abril de 2017. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2013