Stroopwafel

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Stroopwafels

O stroopwafel (pronúncia local: [ˈstroːpˌʋaːfəl] (escutar)) é um tradicional biscoito dos Países Baixos.[1] Trata-se de um biscoito formado por duas finas partes de massa em formato de disco com recheio de caramelo.[1][2] Pode ser encontrado em diferentes tamanhos, nas feiras livres dos Países Baixos são feitos grandes e servidos na hora. Sua origem data de 1784 na cidade de Gouda, Holanda do Sul.[3][4][5][6]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

A palavra stroopwafel significa em uma tradução livre "waffle com calda".[1]

Ingredientes[editar | editar código-fonte]

Moldada em bolas a massa é colocada na máquina para assar

O stroopwafel é um doce de antigas tradições, as receitas são mantidas como um valioso segredo e passadas de geração em geração há séculos. Ainda que existam diferentes receitas os ingredientes básicos para a massa são: farinha, manteiga, açúcar refinado, leite e ovos. A massa é assada em uma prensa aquecida de ambos os lados. Logo que assada a massa é aberta ao meio para ser recheada com a calda de caramelo, que é composta basicamente por: açúcar refinado, açúcar mascavo, manteiga e canela. Entre as variações de sabores de recheio estão mel, nutella, chocolate, entre outros.[1]

História[editar | editar código-fonte]

A história do stroopwafel remete à Holanda do século XVIII. Durante o século XVIII a Companhia Holandesa das Índias Orientais possuía importantes rotas comerciais como a da África do Sul, do Caribe e da Indonésia. Foi a união de especiarias vindas de suas colônias que possibilitou a criação do stroopwafel. Do Caribe usou-se o açúcar mascavo e da Indonésia a canela. Há indícios da existência do biscoito desde 1784. Entretanto, a primeira receita escrita, pertencente à um padeiro chamado Gerard Kamphuisen que abriu uma padaria em Gouda em 1810, é datada de 1840. No final do século XVIII havia mais de 100 produtores de stroopwafel na cidade de Gouda, que permaneceu como o único local de produção do biscoito até 1870, a partir daí, feiras e festivais por toda Holanda passaram a ter fazedores de stroopwafels, ou bakkers (confeiteiros) como são chamados localmente. Originalmente o stroopwafel era feito com sobras de biscoitos que eram trituradas, amassadas e assadas para depois serem cortadas ao meio e recheadas com um melado à base de açúcar e manteiga. Por ser feito com sobras de materiais baratos tinha o apelido de o biscoito dos pobres.

Referências

  1. a b c d «'Fábrica de bolachinha': sonho de infância entre irmãos vira empreendimento nacional de biscoito holandês» (em ptBR). G1. 4 de fevereiro de 2023. Consultado em 4 de fevereiro de 2023 
  2. Van Dale Groot woordenboek der Nederlandse taal (Derde deel). Utrecht/Antwerpen: Van Dale Lexicografie. 1984. p. 2805. ISBN 90-6648-404-7  (em neerlandês)
  3. «Stroopwafels. Een traditionele Goudse lekkernij». Cópia arquivada em 4 de janeiro de 2008 
  4. «Gouda-Online.nl» (em holandês). Consultado em 2 de janeiro de 2008 
  5. «Stroopwafel» 
  6. «Van Dale Taalweb» (em holandês). Consultado em 2 de janeiro de 2008. Cópia arquivada em 18 de fevereiro de 2012