Suiko

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Imperatriz Suiko
Suiko
Imperatriz Suiko
Imperatriz de Japão
Período 592 até 628
Antecessor(a) Imperador Sushun
Sucessor(a) Imperador Jomei
Dados pessoais
Nascimento 554
Morte 628 (74 anos)

Imperatriz Suiko (推古天皇 Suiko-tennō?, 554-628)[1] foi o 33.o Imperador do Japão, na lista tradicional de sucessão.[2]

Vida[editar | editar código-fonte]

Reinou de 592 a 628 quando morreu aos 74 anos. Ela foi a primeira mulher a ascender ao Trono do Crisântemo.[3]

Antes da sua ascensão ao trono, seu nome era Toyomike Kashikiya hime no Mikoto.[4] Suiko foi a segunda filha do Imperador Kimmei com Soga no Kitashihime (filha de Soga no Iname), era a irmã mais novas do Imperador Yōmei, e casou-se com o Imperador Bidatsu quando tinha 18 anos.[4]

Após a morte de Bidatsu, o Yōmei (irmão de Suiko) chegou ao poder, mas cerca de dois anos depois morre. Após a morte de Yōmei, outra luta de poder surgiu entre o Clã Soga e o Clã Mononobe , com os Soga apoiando o Príncipe Hatsusebe e os Mononobe apoiando o Príncipe Anahobe.[5] Ocorreu um confronto conhecido como a Batalha de Shigisan, onde os Mononobe e o Príncipe Anahobe foram derrotados e o Príncipe Hatsusebe é coroado Imperador Sushun em 587 . No entanto, Sushun começou a ressentir-se do poder de Soga no Umako, e Umako talvez por medo de que Sushun pudesse atacar primeiro mandou Yamatoaya no Ataikoma (东汉 直 驹) assassina-lo em 592.[6] Quando lhe pediram para aceitar o trono para preencher o vácuo de poder que se desenvolveu, Suiko tornou-se em 593 a primeira do que seriam vários exemplos na História do Japão, onde uma mulher é escolhida para o trono a fim de evitar uma luta pelo poder.

O Príncipe Shōtoku foi nomeado Sesshō (Regente) no ano seguinte (593). Apesar do poder político durante o reinado de Suiko amplamente ser visto como tendo sido exercido de fato por Shōtoku e Soga no Umako, Suiko estava longe de ser impotente. O simples fato de ter sobrevivido sugere que ela tinha habilidades políticas significativas. Seu reinado foi marcado pela abertura de relações com a Dinastia Sui em 600, a adoção da Sistema das Doze Posições (冠位十二階, Kan'i Jūnikai) em 603 e a adoção da Constituição dos dezessete artigos em 604.[7]

Numa altura em que a sucessão imperial era geralmente determinada pelos líderes dos clãs, e não o imperador, Suiko deixou apenas indicações vagas da sucessão entre dois candidatos, em seu leito de morte. Um deles, o Príncipe Tamura, era neto do Imperador Bidatsu e foi apoiado pelos principais membros do Clã Soga, incluindo Soga no Emishi. O outro, o Príncipe Yamashiro, era filho do Príncipe Shōtoku e teve o apoio de membros subalternos do Clã Soga. Após uma breve luta dentro do clã em que um dos principais apoiadores do Príncipe Yamashiro foi morto, o Príncipe Tamura foi escolhido se tornando o Imperador Jomei em 629.

A Imperatriz Suiko é tradicionalmente venerada em um memorial no santuário xintoísta na Província de Osaka. A Agência da Casa Imperial designa este local como Mausoléu Suiko. E é formalmente chamado Shinaga no Yamada no Misasagi.[1]

Precedido por
Sushun
-- 33º Imperatriz do Japão
592 - 628
Sucedido por
Jomei

Referências

  1. a b Agência da Casa Imperial: Suiko-tennō (33) (em japonês)
  2. Siyun-zai Rin-siyo (1834). Heinrich Julius Klaproth, ed. Nipon o daï itsi ran; or, Annales des empereurs du Japon (em francês). Traduzido por Isaac Titsingh. Paris: Royal Asiatic Society, Oriental Translation Fund of Great Britain and Ireland. p. 39. 460 páginas. OCLC 5850691 
  3. As imperatrizes que reinaram após Suiko foram: (a) Kogyoku (Saimei), (b) Jito (c) Gemmei, (d) Gensho, (e) Koken (Shotoku), (f) Meisho, e (g) Go-Sakuramachi. No período Meiji, Jingo foi excluída da lista tradicional de sucessão
  4. a b William George Aston Nihongi: chronicles of Japan from the earliest times to A.D. 697, Volume 2 Pub. for the Society by K. Paul, Trench, Trübner, 1896 p. 95
  5. Jien, The Future and the Past: A Translation and Study of the Gukanshō, an Interpretative History of Japan Written in 1219 (em inglês), University of California Press, 1979 pp. 263 ISBN 9780520034600.
  6. Gary L. Ebersole Ritual Poetry and the Politics of Death in Early Japan (em inglês) Princeton University Press, 1992 p.153 ISBN 9780691019291
  7. William George Aston Nihongi: chronicles of Japan from the earliest times to A.D. 697, Volume 2 Pub. for the Society by K. Paul, Trench, Trübner, 1896 pp. 128–133.

Ver também[editar | editar código-fonte]

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