Sèvres

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Sèvres
  Comuna francesa França  
Vue de Pont de Sèvres, por Henri Rousseau (1908)
Vue de Pont de Sèvres, por Henri Rousseau (1908)
Vue de Pont de Sèvres, por Henri Rousseau (1908)
Símbolos
Brasão de armas de Sèvres
Brasão de armas
Gentílico Sévriens
Localização
Sèvres está localizado em: França
Sèvres
Localização de Sèvres na França
Coordenadas 48° 49' N 2° 13' E
País  França
Região Ilha de França
Departamento Altos do Sena
Administração
Prefeito Grégoire de La Roncière
Características geográficas
Área total 3,91 km²
População total (2018) 23 638 hab.
Densidade 6 045,5 hab./km²
Altitude máxima 171 m
Altitude mínima 27 m
Código Postal 92300
Código INSEE 92072
Sítio sevres.fr

Sèvres é uma comunidade francesa na região administrativa da Ilha de França, no departamento Altos do Sena, nos subúrbios de Paris (está localizada a 9,9 km - 6,2 milhas - do centro da capital).

A região é conhecida por suas porcelanas, as "Porcelanas de Sèvres".

Geografia[editar | editar código-fonte]

Transportes[editar | editar código-fonte]

A estação de Sèvres - Rive Gauche.
A estação de Sèvres - Ville d'Avray.

Sèvres é servida pela estação de Sèvres – Rive Gauche do RER C e pela estação de Sèvres – Ville d'Avray (SNCF) do Transilien.

A comuna também é servida pela linha 2 do Tramway d'Île-de-France.

Toponímia[editar | editar código-fonte]

O nome da localidade é atestado sob a forma Savara[1]no século VI,[2] tem por origem, o nome do riacho que seguia o vale de Viroflay, Chaville, Sèvres.[3] Depois sob as formas Villa Savara no século VI,[4] Saura, Saure, Savra, Saevara no século XI,[4] Severa, Sepera e Separa no século XIII,[2] Sevra, Sièvre, Saives, Sèvre-en-France-lez-paris a partir do século XIV, antes de Sèvres.[5]

Sèvres tomou o nome do rio que a atravessava. Sèvres compreende o radical sav-, sab-, no sentido de "cavidade" ou o radical sam- "tranquilo". Esses radicais são muitas vezes utilizados em hidronímia.[4]

A raiz é a mesma para o Sèvre Nantaise e o Sèvre Niortaise que deu seu nome ao departamento de Deux-Sèvres.

História[editar | editar código-fonte]

A igreja de Saint-Romain-de-Blaye no início do século XX.
A antiga École normale supérieure de Sèvres no início do século XX.
  • A cidade de Sèvres existia em 560, época em que São Germano, bispo de Paris, aí cura um doente e constrói a igreja.
  • A igreja Saint-Romain-de-Blaye, atual e muitas vezes remodelada, data do século XIII. Aí havia um castelo senhorial.
  • A manufacture de Sèvres foi formada em 1750, pelos fazendeiros gerais; eles a mantinham do Marquês de Fulvi que a explorou em Vincennes.
  • Em 1756, Madame de Pompadour mandou transferir a fábrica de porcelana de Vincennes para Sèvres. Foi instalado no local de Guyarde, a antiga estância de férias de Lulli.
  • Em 1760, Luís XV comprou a fábrica que se tornou "real".
  • A ponte de Sèvres, que era de madeira, foi iniciada em pedra em 1809 e terminada em 1820.
  • Em 1815, os habitantes de Sèvres, unidos a alguns soldados, tentaram resistir aos prussianos, que ocuparam Sèvres e a saquearam apesar da capitulação assinada em Saint-Cloud.
  • 20 de maio de 1875: após a assinatura em Paris da Convenção do Metro, que decidiu particularmente construir um novo protótipo de metro platina irídio, este é depositado no Escritório Internacional de pesos e medidas (BIPM) dentro do Pavillon de Breteuil situado no parque de Saint-Cloud. O governo francês "ofereceu este edifício" ao BIPM. O pavilhão principal estava, então, em um estado próximo da ruína, após os bombardeios prussianos da Guerra de 1870. A renovação foi, portanto, apoiada pelo escritório internacional[6].
  • O Tratado de Sèvres (10 de agosto de 1920)
Ver artigo principal: Tratado de Sèvres
Assinado na grande sala que abriga atualmente o Museu de Porcelana em Sèvres, é um tratado de paz entre os Aliados e o Império Otomano, em detrimento deste último.
  • Os Protocolos de Sèvres (21 a 24 de outubro de 1956)
Ver artigo principal: Protocolos de Sèvres
Os Protocolos de Sèvres (às vezes chamados "acordos") são um acordo secreto de sete pontos consignando por escrito um acordo tripartido entre Israel, a França e a Grã-Bretanha em reação à nacionalização do Canal de Suez pelo governante egípcio Nasser.
  • A renovação do centro antigo da cidade, insalubre, acompanhado do desvio da RN 10, começou em 1961 pela gestão do Dr. Odic, que incluiu a destruição de 1 500 moradias e construção de 1 600 novas moradias, 42 000 m² de escritórios ou de locais comerciais[7][8]. O município de Jean Caillonneau reorientou a urbanização no final da década de 1980 para favorecer a criação de escritórios para "refazer de Sèvres uma cidade dinâmica e industriosa"[9].

Instituições[editar | editar código-fonte]

Estrada para Sèvres, Jean-Baptiste Camille Corot, 1855-1865.

Cultura local e patrimônio[editar | editar código-fonte]

  • A Igreja de Saint-Romain-de-Blaye
  • A Igreja de Notre-Dame-des-Bruyères
  • O Collège Arménien (Colégio Armênio)
  • A Manufatura dos Cristais da Rainha
  • A Manufatura Nacional de Porcelana
  • A Maison des Jardies
  • Museu Nacional de Cerâmica
  • O Pavilhão de Breteuil
  • A Villa Castel Henriette

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Albert Dauzat, Les noms de lieux, Paris, 1926, p. 197.
  2. a b Hippolyte Cocheris, Anciens noms des communes de Seine-et-Oise, 1874, ouvrage mis en ligne par le Corpus Etampois.
  3. Michel Roblin , Le terroir de Paris aux époques gallo-romaine et franque, page 273.
  4. a b c Michel Roblin, Le terroir de Paris aux époques gallo-romaine et franque, page 273
  5. Jean-Michel Dechambre, Découvrir les Hauts-de-Seine, éditions Horvath, 1980, p. 76
  6. bipm.org, BIMP, Bureau international des poids et mesures
  7. Jean-Marc Hérald (9 de novembro de 1966). «L'« opération-tiroir » de Sèvres». Le Monde. Consultado em 22 de maio de 2015 .
  8. François Rollin (19 de maio de 1981). «Vie locale et bulletins de vote : Sèvres a les yeux de Chimène pour son maire communiste». Le Monde. Consultado em 22 de maio de 2015 .
  9. «La course aux bureaux dans l'Ouest parisien». Le Monde. 25 de agosto de 1988. Consultado em 22 de maio de 2015 .

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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