TJ Brasil

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TJ Brasil
Telejornal Brasil
TJ Brasil
Logomarca do telejornal entre 1996 e 1997
Informação geral
Formato telejornal
Gênero Jornalismo
Duração 45 minutos
País de origem  Brasil
Idioma original (em português)
Produção
Diretor(es) Marcos Wilson
Luiz Fernando Emediato
Dácio Nitrini
Apresentador(es) Veja a seção "Apresentadores"
Tema de abertura Instrumental, por Mário Lúcio de Freitas
Tema de encerramento Instrumental, por Mário Lúcio de Freitas
Exibição
Emissora original SBT
Transmissão original 29 de agosto de 1988 - 31 de dezembro de 1997
Cronologia
Noticentro
Jornal do SBT a partir de 1999

SBT Brasil a partir de 2005

Programas relacionados Jornal do SBT

SBT Brasil

TJ Brasil (formalmente Telejornal Brasil) foi um telejornal brasileiro, produzido e exibido pelo SBT entre 29 de agosto de 1988 e 31 de dezembro de 1997. O telejornal marcou a estreia de Boris Casoy, ex-diretor de redação do jornal Folha de S.Paulo, como âncora de TV. Em 15 de agosto de 2005, o telejornal retornou a programação do SBT, com o novo nome de SBT Brasil.

História[editar | editar código-fonte]

O TJ Brasil estreou em 29 de agosto de 1988 como uma tentativa de Silvio Santos dar mais credibilidade ao SBT, ampliando assim seu faturamento publicitário com um telejornalismo forte. Com picos de audiência de até 25 pontos, o telejornal tornou-se notório no Brasil por introduzir a figura do âncora, modelo "importado" da televisão norte-americana.

Seguindo o modelo do jornalismo norte-americano, imprimia-se uma maior agilidade na cobertura jornalística. Os chamados links ao vivo, com repórteres nos locais de cobertura dos eventos, eram bastante frequentes, e diariamente Boris Casoy recebia os protagonistas das notícias (como ministros de Estado, congressistas, governadores de estado e até mesmo, excepcionalmente, presidentes da República no exercício do mandato) para rápidas entrevistas, ora no estúdio central do TJ Brasil em São Paulo, ora nos estúdios das afiliadas.

O estilo dinâmico do TJ Brasil contrastava com a forma então mais didática e fixa do Jornal Nacional, principal concorrente, que dispunha de apresentadores em bancadas sem a realização de entrevistas, sem a emissão de opiniões (apenas com a leitura de editorais de Roberto Marinho) e com um número mais reduzido de links com repórteres.

O telejornal obteve tanto êxito durante sua exibição, que o SBT chegou a implantar uma espécie de padronização dos telejornais de suas afiliadas, fazendo com que os nomes do telejornais tivessem a sigla TJ inicial mais o nome do estado (exemplos: TJ Paraná, TJ Rio, TJ Rio Grande, TJ São Paulo, TJ Brasília, entre outros). Atualmente, utiliza-se SBT DF 1 e 2, SBT RJ 1 e 2, SBT RS 1 e 2, SBT MG 1 e 2, SBT PR 1 e 2 e etc.

Boris Casoy (recém-saido da Folha de S. Paulo, onde foi editor-chefe) trouxe para a TV o estilo analítico do jornalismo impresso, introduzindo comentários em sua perspectiva após a veiculação de cada reportagem ou notícia. A novidade foi bem recebida e tornou-se uma marca registrada do TJ Brasil e de Casoy. As críticas ácidas de Casoy durante o processo de impeachment do então presidente Fernando Collor marcaram época pelo ineditismo no telejornalismo brasileiro, devido na chamada grande imprensa, a carga opinativa do veículo de comunicação sobre determinada notícia ser descarregada (geralmente apócrifa) durante o texto e as matérias dos telejornais ou nos editoriais (geralmente em caráter excepcional). Ficou também notoriamente conhecida a "banana" (um gesto ofensivo, no qual o braço é dobrado em forma de L, com o punho fechado e apontado para cima e a mão agarrando o bíceps) que Boris deu para os privilégios dos políticos em 1996.

Durante seus comentários, Casoy acabou criando bordões que se tornariam famosos, como "Isso é uma vergonha!" e "É preciso passar o Brasil a limpo". Doris Giesse foi repórter especial do telejornal e fazia matérias sobre arte e entretenimento.

Em 30 de junho de 1997, Boris deixou a bancada do TJ Brasil depois de aceitar uma proposta em para ancorar o Jornal da Record, da emissora homônima em 30 de maio do mesmo ano, sendo substituído por Hermano Henning. De acordo com a Folha de S.Paulo, a audiência do telejornal no Painel Nacional de Televisão (PNT) do Ibope não foi muito afetada com a troca de apresentação, caindo apenas de 8 pontos em junho para 7 pontos no mês seguinte.[1] No entanto, o TJ Brasil teve seu horário tradicional alterado, saindo do horário das 19h30 e indo para as 18h30, diminuindo drasticamente a audiência para 4 pontos.[1] Após uma mudança geral na programação do SBT, o TJ Brasil teve sua última exibição em 31 de dezembro de 1997.[1] Depois de mais de 7 anos fora do ar, em 15 de agosto de 2005, o telejornal foi reformulado e retornou à programação da emissora, com o nome de SBT Brasil.[2]

Referências

  1. a b c Daniel Castro; Cristina Padiglione (31 de dezembro de 1997). «Fim do 'TJ Brasil' anuncia o novo SBT de Silvio Santos». Folha de S.Paulo. 4 (25.109). 1 páginas. Consultado em 26 de março de 2016 
  2. «Estréia de Ana Paula Padrão eleva audiência do SBT no horário». UOL. 15 de agosto de 2005. Consultado em 31 de março de 2020 

Ver também[editar | editar código-fonte]