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Taipu

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Taipu
  Município do Brasil  
Centro da cidade de Taipu
Centro da cidade de Taipu
Centro da cidade de Taipu
Símbolos
Bandeira de Taipu
Bandeira
Hino
Gentílico taipuense
Localização
Localização de Taipu no Rio Grande do Norte
Localização de Taipu no Rio Grande do Norte
Localização de Taipu no Rio Grande do Norte
Taipu está localizado em: Brasil
Taipu
Localização de Taipu no Brasil
Mapa
Mapa de Taipu
Coordenadas 5° 37′ 19″ S, 35° 35′ 49″ O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Norte
Municípios limítrofes Pureza (ao norte), Ielmo Marinho (ao sul), Ceará-Mirim (a leste) e Poço Branco (a oeste)
Distância até a capital 53 km
História
Fundação 1891 (133 anos)
Administração
Prefeito(a) Ariosvaldo Bandeira Júnior (PSD, 2021– 2028)
Características geográficas
Área total [1] 352,818 km²
População total (IBGE/2022[1]) 11 422 hab.
Densidade 32,4 hab./km²
Clima Tropical
Altitude 41 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 59565-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010[2]) 0,569 baixo
PIB (IBGE/2021[3]) R$ 155 199,30 mil
PIB per capita (IBGE/2021[3]) R$ 12 603,48

Taipu é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. De acordo com estimativa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano de 2020, sua população era de 12.297 habitantes.

O território de Taipu equivale a 0,6681% da superfície estadual, com 352,818 km², dos quais apenas 0,538 km² constituem a cidade (2015),[4] que está a 53 km da capital potiguar, Natal,[5] e a 2 457 km de Brasília, capital do país.[6] Tem como limites territoriais Pureza a norte, Ielmo Marinho a sul, Ceará-Mirim a leste e Poço Branco a oeste.[7] De 1989 a 2017, quando os municípios eram agrupados em microrregiões e mesorregiões, Taipu pertencia à microrregião do Litoral Nordeste, dentro da mesorregião do Leste Potiguar;[8] a partir de 2017, com a nova divisão territorial em regiões geográficas, o município está inserido nas regiões imediata e intermediária de Natal.[9]

O relevo local está enquadrado nos tabuleiros costeiros ou planaltos rebaixados, logo sucedidos pela depressão sublitorânea. A geologia, em sua maioria, é constituída por sedimentos embasamento cristalino, datado do período Pré-Cambriano, entre um bilhão e 2,5 bilhões de anos. A norte estão sedimentos cretáceos da Bacia Potiguar a norte, abrangendo os arenitos da formação Açu e as rochas calcárias da formação Jandaíra. Os principais solos encontrados são as areias quartzosas, o planossolo, o bruno não cálcico, o podzólico vermelho-amarelo equivalente eutrófico.[10] Em áreas isoladas ocorrem também o latossolo, vertissolo e solo orgânico (organossolo).[11][nota 1]

A vegetação que recobre o solo taipuense é típica do bioma da Caatinga, com espécies de pequeno porte, ocorrendo também, nas várzeas úmidas, os chamados campos de várzea.[10] Na hidrografia, passam por Taipu os rios Ceará-Mirim e do Mudo, além dos riachos Alberca, da América, Caratá e Seco. A maior parte do território municipal está inserido na bacia hidrográfica do Rio Ceará-Mirim,[13] estando a parte norte nos domínios da bacia do rio Maxaranguape[14][15] e o extremo sul na bacia do rio Doce,[16][17] onde está a nascente do rio do Mudo.[18]

O clima é tropical chuvoso, com chuvas concentradas nos meses de outono e inverno.[19] Desde 1911, quando teve início o monitoramento pluviométrico em Taipu, o maior acumulado de chuva em 24 horas atingiu 310 mm em 30 de julho de 1998.[20] Desde novembro de 2019, quando começou a operar uma estação meteorológica automática da EMPARN em Taipu, as temperaturas mínima e máxima absolutas foram, respectivamente, de 18,8 °C em 14 de julho de 2020 e a maior de 36,3 °C em 22 de março do mesmo ano.[21]

Dados climatológicos para Taipu
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 36 35,9 36,3 35,4 34,3 34,3 33,5 33,7 34,5 34,7 35,1 35,5 36,3
Temperatura mínima recorde (°C) 21,2 20,5 21,2 21,4 20,3 19,1 18,8 18,9 19,1 19,6 19,4 19 18,8
Precipitação (mm) 43,8 77,8 139,9 152,9 126,6 135 103,8 45,9 19,9 7 7,5 11,4 871,5
Fonte: EMPARN (médias de precipitação: 1911-2019;[20] recordes de temperatura: 05/09/2019-presente)[21]

Notas

  1. Os solos bruno não cálcico e podzólico vermelho-amarelo equivalente eutrófico, na nova classificação brasileira de solos, são enquadrados na classe dos luvissolos, enquanto a areia quartzosa é chamada de neossolo e os solos orgânicos constituem os organossolos. O planossolo e o latossolo permaneceram com suas denominações originais.[12]

Referências

  1. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Brasil | Rio Grande do Norte | Taipu». Consultado em 21 de novembro de 2022 
  2. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). «IDHM Municípios 2010». Consultado em 4 de setembro de 2013 
  3. a b IBGE. «Brasil | Rio Grande do Norte | Taipu | Produto Interno Bruto dos Municípios». Consultado em 27 de outubro de 2024 
  4. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) (2015). «Áreas Urbanas no Brasil em 2015». Consultado em 21 de novembro de 2022 
  5. «Distância de Taipu a Natal». Consultado em 21 de novembro de 2022 
  6. «Distância de Taipu a Brasília». Consultado em 21 de novembro de 2022 
  7. VIANA; ARAÚJO, 2018, p. 9.
  8. IBGE (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1. Consultado em 21 de novembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de setembro de 2017 
  9. IBGE (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 29 de março de 2019 
  10. a b Perfil do seu município: TAIPU (2008). «Perfil do seu município: Taipu» (PDF). Consultado em 21 de novembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 19 de novembro de 2022 
  11. EMBRAPA. «Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos do município de Taipu, RN» (PDF). Consultado em 21 de novembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 19 de novembro de 2022 
  12. JACOMINE, 2008, p. 178.
  13. «Informações hidrográficas». Consultado em 21 de novembro de 2022 
  14. CAVALCANTI, 2018, p. 25.
  15. SIMONETTI, 2022, p. 17.
  16. DE OLIVEIRA, 2018, p. 12-13.
  17. DA COSTA JÚNIOR, 2019, p. 28.
  18. DA COSTA JÚNIOR; DE SOUZA; DA COSTA, 2022, p. 325.
  19. DE ANDRADE et al, 2011, p. 34.
  20. a b Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). «Relatório pluviométrico». Consultado em 21 de novembro de 2022 
  21. a b EMPARN. «Relatório de variáveis meteorológicas». Consultado em 21 de novembro de 2022 

CAVALCANTI, Daniell da Silva. Definição de área de proteção em bateria de poços no aquífero Dunas/Barreiras na região de Maxaranguape/RN.. 2018. 46 f. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) (Graduação) - Engenharia Ambiental, Departamento de Engenharia Civil, Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, 2018.

DA COSTA JÚNIOR, Marcos Félix. Caracterização e avaliação da atividade pecuária na bacia hidrográfica do Rio Doce - RN. 2019. 80f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) - Centro de Biociências, UFRN, Natal, 2019.

DA COSTA JÚNIOR, Marcos Félix; DE SOUZA, Raquel Franco; DA COSTA, Franklin Roberto. Caracterização da produção pecuária na bacia hidrográfica do Rio Doce–RN. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, v. 11, n. 1, p. 310-329, 2022.

DE ANDRADE, Kivya Dias et al. Efeito da estação do ano na qualidade do leite de búfalas. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 6, n. 3, p. 33-37. Mossoró, 2011.

DE OLIVEIRA, Karoline Costa de. Implicações ambientais decorrentes do uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Doce - RN. 2018. 30f. TCC (Graduação em Geografia) - Departamento de Geografia, UFRN, Natal, 2018.

JACOMINE, Paulo Klinger Tito. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179. Recife: 2008.

SIMONETTI, Thiago França. Análise das mudanças no uso e cobertura da terra na Bacia hidrográfica do Rio Maxaranguape - RN (1985 - 2020). 70f. TCC (Graduação em Geografia), Departamento de Geografia, UFRN, Natal, 2022.

VIANA, João Paulo Teixeira; ARAÚJO, Maria Cristina Cavalcante. Estratégias didático-pedagógico no ensino da geografia: construindo e regionalizando a cidade de Taipu-RN sob o olhar do educando. Revista Pensar Geografia, v. 2, n. 2, p. 1-18, 2018.

Ligações externas

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