Tantilla boipiranga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaTantilla boipiranga

Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Serpentes
Família: Colubridae
Género: "Tantilla"
Espécie: "Tantilla boipiranga"

Tantilla boipiranga é uma espécie vulnerável de serpente da família Colubridae,[1] pertencente ao grupo Tantilla melanocephala.

Distribuição[editar | editar código-fonte]

A espécie é endêmica de Minas Gerais e do Espírito Santo no Brasil. Inicialmente descrita unicamente no Parque Nacional da Serra do Cipó,[2] posteriormente teve sua distribuição ampliada para diversas regiões, incluindo algumas no Quadrilátero Ferrífero e na Bacia do Rio Doce,[2] Caratinga,[3] ao longo de toda a porção mineira da Cordilheira do Espinhaço, incluindo sua porção mais ao norte nos municípios de Almenara e Berilo,[1] Taiobeiras, Santa Maria do Salto (próximo à Bahia) e os municípios de Linhares; São Mateus e Pedro Canário, no Espírito Santo.[4] Vive em uma área total de ~134,200 km², entre 38 m e 1368 m acima do nível do mar, e em diferentes formações vegetais, como a Floresta Costeira da Bahia, Florestas do Interior da Bahia, Cerrado, e, sobretudo, os Campos rupestres.[4][5]

Descrição[editar | editar código-fonte]

O holótipo de Tantilla boipiranga[2] é um macho adulto de cerca de 384 mm e 9 g. É uma serpente laranja-avermelhada com o topo da cabeça marrom e focinho laranja claro na altura das narinas. Uma gola de cor laranja está presente e é marcada no meio por uma fina linha escura, seguida por uma faixa marrom-acinzentada. Sua morfologia varia com sua área de ocorrência.[4]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome boipiranga vem do tupi mboi ou boi, "cobra", e piranga,"vermelho".

Publicação original[editar | editar código-fonte]

  • Sawaya & Sazima, 2003: A new species of Tantilla (Serpentes: Colubridae) from southeastern Brazil. Herpetologica, vol 59, n. 1, p. 119-126 (texto integral)

Referências

  1. a b Tunes, Pedro Henrique; França, Arthur Toledo Ramos Costa; Mol, Rafael Magalhães (14 de dezembro de 2020). «DISTRIBUTION EXTENSION OF THE BLACK-HEADED SNAKE Tantilla boipiranga SAWAYA & SAZIMA, 2003 IN THE STATE OF MINAS GERAIS, BRAZIL». Oecologia Australis (04): 943–948. ISSN 2177-6199. doi:10.4257/oeco.2020.2404.17. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  2. a b c Sawaya, Ricardo J.; Sazima, Ivan (março de 2003). «A NEW SPECIES OF TANTILLA (SERPENTES: COLUBRIDAE) FROM SOUTHEASTERN BRAZIL». Herpetologica (1): 119–126. ISSN 0018-0831. doi:10.1655/0018-0831(2003)059[0119:ansots]2.0.co;2. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  3. Nogueira, Cristiano C.; Argôlo, Antonio J.S.; Arzamendia, Vanesa; Azevedo, Josué A.; Barbo, Fausto E.; Bérnils, Renato S.; Bolochio, Bruna E.; Borges-Martins, Marcio; Brasil-Godinho, Marcela (31 de dezembro de 2019). «Atlas of Brazilian Snakes: Verified Point-Locality Maps to Mitigate the Wallacean Shortfall in a Megadiverse Snake Fauna». South American Journal of Herpetology (sp1). 1 páginas. ISSN 1808-9798. doi:10.2994/sajh-d-19-00120.1. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  4. a b c Azevedo1, Weverton dos Santos; Franco, Francisco Luís; Thomassen, Hans; de Castro, Thiago Marcial; Abegg, Arthur Diesel; Leite, Felipe Sá Fortes; Battilana, Jaqueline; Grazziotin, Felipe Gobbi (2021). «Reassessment of Tantilla boipiranga (Serpentes: Colubridae: Colubrinae) and A Preliminary Approach to the Phylogenetic Affinities within Tantilla» 57(3) ed. Salamandra: 400-412 
  5. G., Bailey, Robert (2014). Ecoregions the Ecosystem Geography of the Oceans and Continents. [S.l.]: Springer New York. OCLC 955714600