Tapaculo-da-chapada-diamantina

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Estado de conservação
Espécie em perigo
Em perigo (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Rhinocryptidae
Gênero: Scytalopus
Espécie: S. diamantinensis
Bornschein et al., 2007
Distribuição geográfica

O tapaculo-da-chapada-diamantina (nome científico: Scytalopus diamantinensis) é uma espécie de ave da família Rhinocryptidae. É endêmica da Chapada Diamantina, no estado da Bahia, nordeste do Brasil.[2][3]

S. diamantinensis está ameaçada de extinção devido à sua distribuição geográfica muito restrita, com registro em apenas cinco locais, e à destruição das florestas na região dos campos rupestres.[1]

Taxonomia e sistemática[editar | editar código-fonte]

Comparação entre machos adultos de espécies do gênero Scytalopus. Da esquerda para a direita: S. diamantinensis, S. pachecoi, S. sp. nov. e S. novacapitalis[2]

O tapaculo-da-chapada-diamantina foi descrito como nova espécie em 2007. Até aquela época acreditava-se que S. diamantinensis era intimamente relacionado ao tapaculo-ferreirinho (Scytalopus pachecoi).[2] O Comitê de classificação sul-americano da American Ornithological Society (AOS) e também a lista de aves de Clements concordavam com essa classificação. No entanto, o Congresso Ornitológico Internacional (IOC) não reconheceu a validade do taxon.[4][5][3]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Um macho adulto, parátipo[2]

O tapaculo-da-chapada-diamantina tem cerca de 10 cm de comprimento e 15 gramas de peso. A plumagem dos adultos é quase idêntica à de S. pachecoi. As partes superiores do macho são principalmente cinza escuro e as partes inferiores cinza mais pálido. Os flancos manchados de barras escuras, que a diferenciam do tapaculo-ferreirinho que não é barrado. A fêmea é marrom.[6]

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

Habitat em Barra da Estiva, BA[2]

S. diamantinensis é encontrado apenas na Chapada Diamantina, localizado no estado brasileiro da Bahia. Ele habita algumas das áreas remanescentes de floresta densa em uma região de campos rupestres, um bioma semelhante às pradarias com afloramentos rochosos a altitudes entre 850 e 1600 metros.[6]

Comportamento[editar | editar código-fonte]

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Não há qualquer informação publicada sobre a dieta ou sobre o comportamento alimentar de S. diamantinensis.[6]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

Quase nada se sabe sobre a reprodução ou sobre o comportamento reprodutivo da espécie. O único ninho que foi descrito era uma tigela de gramíneas em uma fenda de rocha. Os dois filhotes foram alimentados por ambos os adultos.[6]

Vocalização[editar | editar código-fonte]

A vocalização de S. diamantinensis é uma nota simples, rapidamente repetida por mais de um minuto. O chamado é único, descrito como "uma única nota "tcheep"."[6]

Estado de conservação[editar | editar código-fonte]

A IUCN classificou o tapaculo-da-chapada-diamantina na categoria ameaçada de extinção por ter uma distribuição geográfica muito restrita, com registros em menos de cinco locais. Além disso, seu habitat está em declínio devido à destruição da vegetação natural para implantação de plantações de café e banana, coleta de lenha para uso doméstico e industrial e também pelo turismo não regulamentado."[7]

Referências

  1. a b BirdLife International (2016). Scytalopus diamantinensis (em inglês). IUCN 2016. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2016. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22736188A95127238.en Página visitada em 20-05-2021.
  2. a b c d e Bornschein, Marcos Ricardo; Maurício, Giovanni Nachtigall; Lopes, Ricardo Belmonte; Mata, Helena; Bonatto, Sandro L. (2007). «Diamantina Tapaculo, a new Scytalopus endemic to the Chapada Diamantina, northeastern Brazil (Passeriformes: Rhinocryptidae)». Revista Brasileira de Ornitologia. 15 (2): 151-174. ISSN 2178-7875 
  3. a b Gill, F.; Donsker, D.; Rasmussen, P., eds. (2021). «IOC World Bird List (v 11.1)» (em inglês). doi:10.14344/IOC.ML.11.1. Consultado em 19 de maio de 2021 
  4. Remsen, J. V., Jr., J. I. Areta, E. Bonaccorso, S. Claramunt, A. Jaramillo, D. F. Lane, J. F. Pacheco, M. B. Robbins, F. G. Stiles, and K. J. Zimmer.
  5. Clements, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, S. M. Billerman, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L. Wood. 2019.
  6. a b c d e Fjeldså, J. and C. J. Sharpe (2020).
  7. BirdLife International (2016). Scytalopus diamantinensis (em inglês). IUCN 2016. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2016. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22736188A95127238.en Página visitada em 20-05-2021.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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