Terceira Coligação

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Terceira Coligação
Guerras Napoleônicas

A Batalha de Austerlitz em 2 de dezembro de 1805, por François Gérard
Data 18 de maio de 1803 a 26 de dezembro de 1805
Local Europa Central e península Itálica
Desfecho Vitória francesa, Paz de Pressburg
Beligerantes
Coalizão:
Sacro Império Romano
Rússia
Reino Unido
Nápoles
Sicília
Suécia
Lealistas franceses
França

Aliados e estados satélites:
Espanha
Etrúria
Batávia
Itália
Baviera
Württemberg
Legiões polonesas
Comandantes
Francisco II
Karl Mack von Leiberich
Duque de Teschen
Alexandre I
Mikhail Kutuzov
Henry Addington
William Pitt
Barão Grenville
Visconde Nelson
Fernando IV & III
Georges Cadoudal †
Charles Pichegru
Duque de Enghien
Napoleão I
André Masséna
Pierre Villeneuve
Michel Ney
Pierre Augereau
Jean-Baptiste Bernadotte
Jean Lannes
Joaquim Murat
Jean de Dieu Soult
Auguste de Marmont
Édouard Mortier
Carlos IV
Federico Gravina
Carlos Luís
Eugênio de Beauharnais
Baixas
160 000 mortos, feridos ou capturados[1] 62 050 mortos, feridos ou capturados[1]

Após a dissolução da Segunda Coligação (1802), a negativa do Reino Unido em entregar a ilha de Malta aos Cavaleiros da Ordem de São João de Jerusalém iniciou novo conflito com os franceses. Em 1805, com a adesão da Áustria, de Nápoles, da Rússia e da Suécia ao conflito em apoio aos ingleses, originava-se a Terceira Coligação ou Terceira Coalizão. A Espanha era então aliada da França. A ideia desta coligação era tentar deter as crescentes ambições do governante francês, Napoleão Bonaparte, que em Maio de 1804 recebera o título de imperador.[2]

Napoleão enfrentou os austríacos, que haviam invadido a Baviera, tendo vários Estados alemães apoiado a França na ocasião. As tropas francesas derrotaram as forças austríacas na batalha de Ulm, onde fizeram vinte e três mil prisioneiros, e iniciaram o avanço, ao longo do rio Danúbio, sobre Viena. As tropas russas, lideradas pelo general Mikhail Kutuzov e pelo czar Alexandre I da Rússia, levaram reforços aos austríacos, mas foram vencidas na batalha de Austerlitz. A Áustria rendeu-se novamente, e assinou o Tratado de Presburgo (26 de dezembro de 1805).[3]

Em consequência, foi formada a Confederação do Reno, tendo Napoleão aproveitado a situação para nomear os seus irmãos, José I de Napóles, e Luís I da Holanda.[4]

Enquanto isso, no mar, o almirante britânico Horatio Nelson derrotava as armadas francesa e espanhola na batalha de Trafalgar (21 de outubro de 1805). Como consequência, no ano seguinte (1806), Napoleão decretou o Bloqueio Continental, pelo qual os portos de toda a Europa seriam fechados ao comércio britânico. A superioridade naval da Grã-Bretanha e a retirada da Família Real Portuguesa para o Brasil dificultaram, na prática, a aplicação desta medida, conduzindo ao fracasso dessa política económica europeia francesa.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Bodart, G. (1916). Losses of Life in Modern Wars, Austria-Hungary; France. ISBN 978-1371465520.
  2. Brooks, Richard, ed. (2000). Atlas of World Military History. Londres: HarperCollins. ISBN 0-7607-2025-8 
  3. Chandler, David G. (1995). The Campaigns of Napoleon. New York: Simon & Schuster. ISBN 0-02-523660-1 
  4. Dupuy, Trevor N. (1993). Harper Encyclopedia of Military History. New York: HarperCollins. ISBN 0-06-270056-1 
  5. Fisher, Todd; Fremont-Barnes, Gregory (2004). The Napoleonic Wars: The Rise and Fall of an Empire. Oxford: Osprey Publishing Ltd. ISBN 1-84176-831-6 
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