Terminal Garagem Menezes Côrtes
Terminal Garagem Menezes Côrtes Castelo | |
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Uso atual | Terminal rodoviário |
Administração | TGMC S.A./CODERTE |
Linhas | Rodoviárias: Niterói Petrópolis Maricá Região Metropolitana carioca Bairros do Rio de Janeiro |
Serviços | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Informações históricas | |
Inauguração | abril de 1973 (47 anos) |
Localização | |
Localização | Rua São José, 35, Centro - Rio de Janeiro, RJ |
O Terminal Garagem Menezes Côrtes, ou simplesmente Terminal Castelo é um dos cinco principais do Rio de Janeiro, sendo especializado em linhas de ônibus seletivos (com poltronas estofadas e reclináveis e/ou ar-condicionado) com destino a vários pontos da Região Metropolitana, com isso, recebeu o apelido de Terminal dos Frescões (apelido criado pela população carioca pelos ônibus do tipo). Durante os dias úteis, são fornecidas linhas rodoviárias com destinos as Zona Oeste, Niterói, Baixada Fluminense e Região Serrana. . Localizado no Centro da Cidade, o terminal fica próximo a uma estação de metrô (Estação Carioca) e a uma estação de barca (Estação Praça XV).
A inauguração do então chamado Edifício Garagem Menezes Côrtes ocorreu em 1973, substituindo o antigo Terminal Rodoviário Erasmo Braga, com o objetivo de retirar os automóveis nas ruas para organizar o trânsito nas imediações. Desde então, por sua fácil acessibilidade por todas as regiões da cidade (através do metrô no Largo da Carioca e da barca) e por estar situado na região central (mais próximo, assim, da Perimetral e do Aeroporto Santos Dumont), o terminal mantém a tradição de realizar apenas viagens curtas para alguns pontos do estado. O terminal não atende a nenhum outro estado brasileiro.
A origem dos Frescões[editar | editar código-fonte]
O Rio de Janeiro é uma das poucas cidades brasileiras com um sistema de ônibus seletivos. Popularmente conhecidos como frescões, os ônibus especiais começaram a rodar na cidade em 1974, após concorrência pública feita pela Guanabara. Alguns anos antes, em 1973, a Redentor já operava a "Castelo x Taquara via Zona Sul" (atual 2113). De forma geral, as linhas especiais seguiam as áreas operacionais das empresas, com algumas exceções. Por exemplo, Caprichosa e Três Amigos passaram a operar no Centro, enquanto a Matias e a Viação Acari rodaram a Castelo x Campo dos Afonsos.
A conjuntura econômica tem especial influência sobre os serviços seletivos. Cabe comentar que as linhas foram criadas sob o impacto do primeiro choque do petróleo, exigindo soluções que desestimulem o uso do automóvel particular pela classe média, à época com alto poder aquisitivo para bancar viagens mais sofisticadas. Concomitantemente, a EBTU planejou o transporte carioca a partir da dupla metrô, como transporte de massa, e o frescão, para as classes médias e altas que usariam o carro no percurso casa x trabalho. Complementando o planejamento, a EBTU sugeria a criação de pistas exclusivas para ônibus e as garagens subterrâneas próximas às estações de metrô. As empresas vendiam pacotes semanais e mensais de passagens, fidelizando o passageiro e reforçando a boa imagem dos frescões. O sucesso da primeira geração dos frescões durou até 1981, ano que abre a "década perdida". A crise econômica reduziu consideravelmente o poder aquisitivo dos usuários dos ônibus especiais, necessariamente mais caros. Boa parte dos seletivos foi extinta entre 1982 e 1984, restando apenas os mais tradicionais, operados pela Redentor e Expresso Pégaso.
Um capítulo especial foi escrito pelos executivos, em realidade os ônibus rodoviários sem ar. Iniciadas em 1990-91, as linhas executivas são a base do atual sistema: 1045, 1051, 1094 e 1095, entre várias outras rotas, nasceram nesta época. A conturbada conjuntura do Governo Collor, com o bloqueio dos cruzados novos e a escassez de álcool, forçou uma alternativa barata para os usuários de veículos particulares. A estabilização da economia causada pelo Plano Real, na segunda metade dos anos 90, faz surgir um novo mercado para serviços especiais. As renovações das linhas indicam esta tendência: se antes o padrão era franciscano, agora os novos ônibus têm ar-condicionado e poltronas mais confortáveis. O consumidor, com mais dinheiro para escolher o serviço que melhor lhe atende, também tem mais opções, como as vans importadas. Muitas empresas reduzem as tarifas, lançam novas linhas ou lançam mão de micros para reduzir os intervalos e segurar o passageiro.
Atualmente, os serviços especiais sofrem a sólida concorrência do transporte alternativo, além da queda no padrão dos ônibus utilizados. Em muitos casos a demanda potencial existe, mas há problemas com a tarifa aplicada e a operação: este é o caso da 1051 (Castelo x Engenho de Dentro). Em outros, como na Zona Sul, o excesso de linhas dispersa a demanda e dificulta a prestação do serviço.
Privatização[editar | editar código-fonte]
O Governo do Estado realizou uma parceria público-privada em 1998, com isso, a CODERTE ficará responsável apenas por um dos andares do estacionamento destinado aos servidores estaduais e na pavimentação no primeiro andar do terminal.
Estrutura[editar | editar código-fonte]
O Prédio contêm cerca de 50 estabelecimentos comerciais, entre eles um campus da Universidade Estácio de Sá ocupando todo o 15º andar, e várias lojas na "sobreloja" e lanchonetes no subsolo.
Localidades atendidas[editar | editar código-fonte]
O Terminal Castelo atende bairros do Rio de Janeiro, diversos pontos de Niterói (inclusive o Centro, com uma concorrência feroz com as barcas), além da Região Metropolitana carioca e as cidade de Petrópolis e Maricá.
Linhas extintas recentemente[editar | editar código-fonte]
Castelo x Araruama
Castelo x Cabo Frio
Castelo x Nova Friburgo