Agrippa d'Aubigné

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Théodore Agrippa d'Aubigné
Biografia
Nascimento
Morte
Sepultamento
Nome no idioma nativo
Théodore Agrippa d'Aubigné
Alma mater
Universidade de Genebra
University of Orléans (en)
Atividades
Pai
Jean d'Aubigné (d)
Mãe
Catherine de Lestang (d)
Cônjuge
Susanne de Lezay (d)
Descendentes
Constant d'Aubigné
Nathan d'Aubigné (d)
Outras informações
Religão
Movimento
Género artístico

brazão

'Magnum opus'
Les Tragiques (d)

placa comemorativa

Vista da sepultura.

Théodore Agrippa d'Aubigné (8 de fevereiro de 155229 de abril de 1630) foi um poeta, soldado e apologeta, de nacionalidade francesa e religião huguenote (protestante). Seu renomado poema épico Les Tragiques (1616) é amplamente considerado como sua obra-prima.[1] Em um livro sobre seu contemporâneo católico Jean de La Ceppède, o poeta inglês Keith Bosley chamou d'Aubigné de "o poeta épico da causa protestante", durante as Guerras Religiosas Francesas. Bosley acrescentou, no entanto, que após a morte de d'Aubigné, ele "foi esquecido até que os românticos redescobriram-no", já no século XIX.[2]

Trabalhos literários e históricos[editar | editar código-fonte]

  • Histoire universelle (1616–1618)
  • Les Tragiques (1616)
  • Avantures du Baron de Faeneste
  • Confession catholique du sieur de Sancy
  • Sa vie à ses enfants

Les Tragiques[editar | editar código-fonte]

Escrito ao longo de cerca de três décadas, este poema épico, escrito em em verso alexandrino, conta com múltiplos gêneros, bem como uma familiaridade estilística com a obra dos poetas opostos católicos da Pléiade, encabeçados por Pierre de Ronsard. Dividido em sete livros, um número simbólico da intenção última e apocalíptica do autor, Tragiques incorpora influência literária de fontes clássicas, como tragédia e sátira, palpável nos três primeiros livros ("Les Misères", "Les Princes" e "La Chambre Dorée" respectivamente), antes de recorrer à influência de gêneros como história eclesiástica, martirológio e apocalipse na criação dos livros restantes: "Les Feux", "Les Fers", "Vengeances" e "Jugement".

No primeiro de dois paratextos liminares, a introdução "Aux Lecteurs", Aubigné endossa o relato (também encontrado em seu autobiográfico Sa Vie à Ses Enfants), de que o início dos Tragiques veio a ele como uma visão extática durante uma experiência de quase morte. No segundo, "L'Auteur à Son Livre", Aubigné adota a metáfora do pai como autor para nomear o texto que segue (Les Tragiques) como um filho mais piedoso do que nas obras menos religiosas de sua juventude, tais como Le Printemps ("A Primavera"). A intenção do épico é posteriormente enunciada como um ataque contra os poetas católicos da Pléiade e seus patronos em meio às guerras religiosas.[3]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «colloque-poetes-2008». web.archive.org. 20 de abril de 2008. Consultado em 8 de fevereiro de 2022 
  2. Keith Bosley (1983), From the Theorems of Master Jean de La Ceppède: LXX Sonnets, page 4.
  3. Linden, Paul, Voice and Witnessing in Agrippa d'Aubigné's Les Tragiques. Dissertation, Emory University, 2003

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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