The New Girl

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The New Girl
A Rapariga Nova (PT)
A Herdeira (BR)
Autor(es) Daniel Silva
Idioma inglês
País  Estados Unidos
Género Espionagem, Thriller
Série Gabriel Allon
Editora Harpercollins
Lançamento 16 de julho de 2019
Páginas 496 (capa dura, 1ª edição)
ISBN 978-0062834836
Edição portuguesa
Editora Harper Collins
Lançamento 03-2020
Páginas 448
ISBN 9788491394525
Edição brasileira
Editora HarperCollins Brasil
Lançamento 03-2020
Páginas 448
ISBN 9788595086944
Cronologia
The Other Woman
The Order

The New Girl, em inglês no original (A Rapariga Nova em Portugal, A Herdeira no Brasil), é um romance de espionagem e ação de Daniel Silva publicado pela primeira vez em 2019 sendo o décimo nono em que intervém o agente dos serviços secretos israelitas Gabriel Allon.

Alcançou a posição nº. 1 da lista dos livros mais vendidos do The New York Times em 4 de Agosto de 2019.[1]

Resumo[editar | editar código-fonte]

Num colégio particular elitista suíço, questiona-se a verdadeira identidade de uma rapariga de cabelo preto que chega todas as manhãs acompanhada por uma escolta digna de um chefe de Estado. Na verdade, o seu pai é Khalid bin Mohammed, o designado príncipe herdeiro da Arábia Saudita. E, quando esta sua única filha é raptada, ela recorre ao único homem capaz de a encontrar antes que seja tarde demais.[2]:Contracapa

Gabriel Allon, o lendário chefe dos serviços secretos israelitas considera Khalid um parceiro valioso, em quem não cofia completamente, na guerra contra o terror. O príncipe saudita compromete-se a quebrar o vínculo estreito que une a Arábia Saudita com o Islamismo radical e juntos arquitetam uma aliança inesperada na guerra secreta pelo controlo do Médio Oriente. Este é o ponto de partida deste thriller de Daniel Silva por onde perpassa o engano, a traição e a vingança.[2]:Contracapa

Referências a pinturas[editar | editar código-fonte]

Como nas suas anteriores obras, sendo o personagem principal um restaurador de arte para além de agente secreto, Daniel Silva faz referência a pinturas de mestres famosos. Assim, no Capítulo 3, explicitamente refere duas obras de Leonardo da Vinci, a Mona Lisa, e Salvator Mundi. Esta obra, sobre a qual se levantam dúvidas sobre a sua autoria no próprio livro, é neste referida mais vezes ao longo da história.[2]:24

Pouco depois, no Capítulo 4, é referida A Noite Estrelada de Van Gogh.[2]:26 Outra obra de Van Gogh é referida neste mesmo capítulo como sendo pouco conhecida, trata-se de Marguerit Gachet at Her Dressing Table.[2]:30

Apreciação[editar | editar código-fonte]

Segundo a Kirkus, quando uma aluna de uma escola particular elitista em Genebra é sequestrada, o pai dela, Khalid bin Mohammed, o herdeiro do trono saudita, pede a ajuda de Allon para o seu salvamento. KBM que foi festejado antes como um reformador, quando pede ajuda a Allon já é o principal suspeito do assassinato de um jornalista. KBM leva-nos imediatamente a pensar em MBS, Mohammad bin Salman, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita na vida real, como Silva explicitamente menciona desde logo no prefácio. Mas sendo KBM um eco fictício de MBS, este livro surge-nos mais como uma notícia requentada do que como entretenimento novo.[3]

Ainda para a Kirkus, nos últimos romances, Silva centra a sua atenção nos assuntos mundiais atuais, como a ascensão da nova Rússia e as ameaças do terrorismo global. Em romances como A Outra Mulher (2018) e Casa de Espiões (2017), o autor foi suficientemente inventivo para que essas obras se apresentem atraentes e originais. E, em A Viúva Negra (2016), grande parte do enredo é transmitido do ponto de vista de um médica francesa que Allon recruta para uma missão secreta enquanto também desenvolvia os papéis de alguns personagens secundários familiares. Allon que é uma criação maravilhosa, nos primeiros romances da série, passava por ser um restaurador de pinturas antigas enquanto agia como agente dos serviços secretos de Israel. Ele adotou uma variedade de personas e deu aos leitores acesso a pessoas e lugares que poucos conheciam. Agora que é uma figura pública, como chefe do próprio serviço, e que já não pode inventar alter egos, o seu mundo encolheu e é menos fascinante. Agora o ritmo é lento e qualquer sensação de urgência é prejudicada pela questão do que está em jogo. Em última análise, esta é uma narrativa sobre a remoção de um governante saudita horrível a fim de restabelecer um governante saudita menos horrível. Pode ser inquestionavelmente realpolitik, mas não é uma ficção terrivelmente atraente. Pode estar na hora de o herói de Daniel Silva se retirar da ação e deixar que os seus subordinados assumam o protagonismo.[3]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Combined Print & E-Book Fiction». The New York Times. 4 de Agosto de 2018. Consultado em 28 de agosto de 2020 
  2. a b c d e Silva, Daniel (fevereiro de 2020). Harpercollins, ed. The New Girl. Nova Iorque: [s.n.] 493 páginas. ISBN 9780062835079 
  3. a b "The New Girl by Daniel Silva", Kirkus, 15 de julho de 2019, [1]