Tifo murino

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Tifo murino
Tifo murino
Rickettsia typhi
Especialidade infecciologia
Classificação e recursos externos
CID-10 A75.2
CID-9 081.0
CID-11 4659958
DiseasesDB 32211
eMedicine Typhus/topic.htm Murine Typhus/
MeSH D014437
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Tifo murino ou tifo endêmico é uma rickettsiose causada pela bactéria Rickettsia typhi. Seus sintomas são similares, porém mais amenos que os do tifo epidêmico.[1]

Transmissão[editar | editar código-fonte]

O tifo murino endêmico é transmitido pela pulga Xenopsylla cheopis ou por piolhos ou ácaros contaminados com a bactéria gram-negativa cocobacilar Rickettsia typhi. Frequentemente essa pulga é encontrada em ratos e outros pequenos mamíferos.[2]

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

Com uma taxa de mortalidade menor que 5%, a doença é consideravelmente menos grave que a forma epidêmica do tifo. Exceto pela gravidade reduzida da doença, o tifo murino endêmico é clinicamente indistinguível do tifo epidêmico[3]:

  • Febre alta e persistente;
  • Manchas vermelhas no corpo;
  • Dor de cabeça;
  • Dor pelo corpo;
  • Náusea e vômito;
  • Confusão mental.

Seus sintomas são tão similares ao de outras doenças comuns e outras Riquetsioses que é difícil seu diagnóstico clínico.[4]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O termo murino refere-se ao fato de que animais do gênero mus, como ratos, são vetores da pulga que transmite a bactéria dessa tifo. Endêmico se refere a seu caráter mais local, em oposição a epidêmico que é mais generalizado, apesar disso ocorrem casos em todos os continentes (exceto Antártida).

Prevenção[editar | editar código-fonte]

A prevenção é voltada a eliminação das pulgas e ratos transmissores. Como eles também morrem com a doença, isolar a área do surto por alguns dias, vacinar os não-infectados e tratar as pessoas infectadas com antibióticos adequados a enterites gram-negativas costuma ser suficiente para eliminar a doença de uma região.

Tratamento[editar | editar código-fonte]

Pode ser feito com tetraciclina, cloranfenicol ou outro antibiótico eficaz contra proteobactérias gram-negativas.

Referências

  1. Rapini, Ronald P.; Bolognia, Jean L.; Jorizzo, Joseph L. (2007). Dermatology: 2-Volume Set. St. Louis: Mosby. 1130 páginas. ISBN 1-4160-2999-0 
  2. http://www.antimicrobe.org/r06.asp
  3. W. Michael Scheld; Richard J. Whitley; Christina M. Marra (25 de março de 2004). Infections of the Central Nervous System. [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. p. 430. ISBN 978-0-7817-4327-3. Consultado em 24 de agosto de 2012 
  4. Current Medical Dianosis & Treatment 1999 ed. Lawrence M. Tierney, Jr., MD, Stephen J. McPhee, MD, Maxine A. Papadakis, MD, Appleton & Lange, 1999. pp.1286 ISBN 0-8385-1550-9