Timbaúba dos Batistas

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Timbaúba dos Batistas
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Timbaúba dos Batistas
Bandeira
Brasão de armas de Timbaúba dos Batistas
Brasão de armas
Hino
Gentílico timbaubense
Localização
Localização de Timbaúba dos Batistas no Rio Grande do Norte
Localização de Timbaúba dos Batistas no Rio Grande do Norte
Localização de Timbaúba dos Batistas no Rio Grande do Norte
Timbaúba dos Batistas está localizado em: Brasil
Timbaúba dos Batistas
Localização de Timbaúba dos Batistas no Brasil
Mapa
Mapa de Timbaúba dos Batistas
Coordenadas 6° 27' 54" S 37° 16' 26" O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Norte
Municípios limítrofes Caicó (leste); São Fernando (norte); Jardim de Piranhas (noroeste) e Serra Negra do Norte (sudoeste).
Distância até a capital 282 km[1]
História
Fundação 10 de maio de 1962 (61 anos)
Administração
Prefeito(a) Ivanildo Araujo de Albuquerque Filho (Ivanildinho) (PL, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2] 135,450 km²
População total (IBGE/2016[3]) 2 428 hab.
Densidade 17,9 hab./km²
Clima Não disponível
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,64 médio
 • Posição RN: 30°
PIB (IBGE/2010[5]) R$ 11 652,864 mil
PIB per capita (IBGE/2008[5]) R$ 4 784,76

Timbaúba dos Batistas é um município no estado do Rio Grande do Norte (Brasil), localizado na região do Seridó. É um dos municípios menos populosos do estado, com cerca de dois mil habitantes, e está distante 282 km da capital estadual, Natal. Conhecida pela excelência na produção dos bordados típicos do Seridó.

História[editar | editar código-fonte]

O nome do município é originário de uma árvore, chamada pelos índios de "Timbó-iba", traduzido para o português como árvore de espuma; chamada assim por seus frutos produz uma espécie de espuma, utilizada como sabão. O nome do município também está associado ao nome de uma das famílias pioneiras a chegar à região. Assim como outros municípios da região do Seridó, seu povoamento está ligado à instalação de fazendas de gado. Mas o município teve seu núcleo consolidado, devido a atividade do plantio da cana-de-açúcar para a produção de rapadura e aguardente.
No dia 10 de maio de 1962, por força da Lei no 2.774, o povoado desmembrou-se de Caicó tornando-se município com o nome de Timbaúba dos Batistas, numa homenagem a família de pioneiros responsáveis pelo engrandecimento do município. Em 1° de janeiro de 1964, foi instalada a sede municipal, tomando posse como prefeito o Sr. Hisbelo Batista de Araújo.

Cronologia da formação administrativa[editar | editar código-fonte]

Em 5 de dezembro de 1958 pela lei estadual nº 2320, é criado o distrito denominado de Timbaúba dos Batistas, ex-povoado de Timbaúba, subordinado ao município de Caicó.

Em 1 de julho de 1960, é realizada uma nova divisão territorial, mas ainda o distrito de Timbaúba dos Batistas pertence a Caicó.

Em 10 de maio de 1962 pela lei estadual nº 2774, é elevado à categoria de município com a denominação de "Timbaúba dos Batistas" desmembrado do município de Caicó.

Em 1 de janeiro de 1964 é instalado a sede do distrito de Timbaúba dos Batistas.

Em 31 de dezembro de 1968, o município é configurado e constituído do atual distrito sede.[6]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Sua área territorial total é de 135 km², o que equivale a 0,27% do território estadual. Sua altitude varia de 100 a 200 metros, chamada de planalto rebaixado formado predominantemente por argila, com ocorrência mineral de bário, tungstênio, rochas ornamentais (migmatitos) e brita.

O município está totalmente inserido na bacia hidrográfica do rio Piranhas-Açu, sendo seus riachos principais: Volta, Tapuio e Caraibeira. Seu principal açude é o Vida Nova, localizado no leito do Riacho do Volta. O município não dispõe de mananciais de qualidade e quantidade suficiente para o abastecimento, sendo essa complementada pelo sistema de adutoras Piranhas-Caicó, onde realiza a captação da água no rio Piranhas-Açu, no município vizinho de Jardim de Piranhas. A vegetação típica é a caatinga Hiperxerófila: vegetação seca composta por cactáceas e plantas de porte baixo e espalhado, como jurema-preta, mufumbo, faveleiro, xique-xique e facheiro. O município é considerado área susceptível à desertificação na categoria "muito grave".

O clima de Timbaúba dos Batistas é semiárido, com estação chuvosa entre os meses de fevereiro e maio.[7] O monitoramento pluviométrico do município é de responsabilidade da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), que possui dados pluviométricos do município desde 1962, quando se iniciaram as medições no Açude Lagoinha, enquanto na cidade esse monitoramento teve início somente em 2004. Neste último ponto de medição, o maior acumulado de chuva em 24 horas chegou a 172 mm em 10 de abril de 2010.[8] Desde julho de 2020, quando opera na cidade uma estação meteorológica automática da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), a menor temperatura ocorreu na madrugada de 25 de julho de 2022, com mínima de 18,2 °C, enquanto a maior foi registrada em 31 de outubro de 2023, quando a máxima atingiu 40,3 °C no período vespertino.[9]

Dados climatológicos para Timbaúba dos Batistas
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 39,3 40,2 38,3 35,8 35,8 37 38,4 38,6 39,9 40,3 39,8 39,5 40,3
Temperatura mínima recorde (°C) 20,8 20,7 21,1 21,1 20,4 19,1 18,2 18,5 19,3 21,5 22,6 21 18,2
Precipitação (mm) 58,1 120,5 178,7 184,4 72,9 31,6 20,4 7,2 5,8 5,6 8,8 23,4 717,4
Fonte: EMPARN (precipitação: 1962-2020 (Açude Lagoinha);[8] recordes de temperatura: 28/07/2020-presente)[9]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Bordadeiras do Seridó[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Bordado seridoense

As bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, possuem o reconhecimento nacional pela alta qualidade de seus trabalhos. Elas foram as responsáveis pelas toalhas que ornaram a mesa de Sua Santidade, o Papa Bento XVI, em sua visita de 2007 ao Brasil. Suas peças ganharam o mundo, nas mãos de turistas que vêm ao Brasil. Mercados como Recife e Fortaleza, além de Natal, são os grandes consumidores dos seus produtos. A bordadeira mais antiga de Timbaúba dos Batistas em atividade é Maria Creuza de Araújo, nascida em 7 de Abril de 1929, e considerada a melhor bordadeira da cidade. Em detalhes, são elas que bordaram os vestidos de casamento das atrizes Isis Valverde, Bruna Marquezine e Janja, esposa do presidente Lula.[10]

Referências

  1. FEMURN. «Distâncias dos Municípios do Rio Grande do Norte a Natal-RN». Consultado em 13 de agosto de 2011. Arquivado do original em 16 de dezembro de 2010 
  2. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 31 de agosto de 2013 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  6. IBGE Cidades@. «Timbaúba dos Batistas Rio Grande do Norte - RN» 
  7. INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (agosto de 2012). «Ranking de descargas elétricas» 
  8. a b EMPARN. «Relatório pluviométrico». Consultado em 22 de novembro de 2023 
  9. a b EMPARN. «Relatório de variáveis meteorológicas». Consultado em 22 de novembro de 2023 
  10. Galvão, Thaisa. «Casamento de Lula: vestido da noiva terá DNA potiguar e bordados são feitos em Timbaúba dos Batistas». Thaisa Galvão. Consultado em 30 de junho de 2022 
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