Tobias de Aguiar

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rafael Tobias de Aguiar
Tobias de Aguiar
Rafael Tobias de Aguiar
11º. Presidente da Província de São Paulo
Período 6 de agosto de 1840
até 15 de julho de 1841
Antecessor(a) Manuel Machado Nunes
Sucessor(a) Miguel de Sousa Melo e Alvim
6º. Presidente da Província de São Paulo
Período 17 de novembro de 1831
até 11 de maio de 1835
Antecessor(a) Manuel Teodoro de Araújo Azambuja
Sucessor(a) Francisco Antônio de Sousa Queirós
Dados pessoais
Nascimento 4 de outubro de 1794
Sorocaba, São Paulo
Morte 7 de outubro de 1857 (63 anos)
Litoral do Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Gertrudes Eufrosina Aires
Pai: Antônio Francisco de Aguiar
Esposa Domitila de Castro Canto e Melo
Filhos(as) Rafael Tobias
João Tobias
Gertrudes
Antônio Francisco
Brasílico
Heitor
Partido Partido Liberal
Religião católico
Profissão político, militar
Serviço militar
Conflitos Revoltas liberais de 1842

Rafael Tobias de Aguiar (Sorocaba, 4 de outubro de 1794Litoral do Rio de Janeiro, 7 de outubro de 1857) foi um líder político e militar paulista. Conhecido como "Brigadeiro Tobias de Aguiar", foi um dos líderes do Partido Liberal Paulista na primeira metade do Século XIX e um dos líderes da Revolução Liberal de 1842, na Província de São Paulo.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Antônio Francisco de Aguiar e de Gertrudes Eufrosina Aires, nasceu numa família de fazendeiros, e iniciou seus estudos em São Paulo.

Entrou na vida pública em 1821, representante da comarca de Itu para a escolha dos deputados brasileiros às Cortes Gerais e Constituintes de Lisboa. Um dos líderes liberais da primeira metade do século XIX, elegeu-se conselheiro do governo provincial em 1827. Foi deputado provincial e geral em numerosas legislaturas. Somente pela Província de São Paulo, foi eleito em dez legislaturas, entre 1838 e 1861, sendo em quatro delas como suplente. Foi escolhido presidente da Província de São Paulo por duas vezes, de 17 de novembro de 1831 a 11 de maio de 1835 e de 6 de agosto de 1840 a 15 de julho de 1841, acumulando neste segundo mandato, os cargos de presidente e deputado provincial.[1]

Em pintura de Maximiliano Scholze.

Entre seus amigos figurava outro liberal famoso, o Padre Diogo Antônio Feijó, de quem foi colega de escola.

Em virtude de sua administração, quando aplicou até mesmo seu salário em escolas, obras públicas e de caridade, recebeu o posto de Brigadeiro Honorário do Império.

O líder[editar | editar código-fonte]

Carta de Tobias de Aguiar de 1832 comentando sobre a abdicação de Dom Pedro I e as listas dos oficiais da Guarda Nacional. APESP

Em 1842, comandou a Revolução Liberal juntamente com o padre Diogo Antônio Feijó para combater a ascensão dos conservadores pró-Portugal durante o início do reinado de Dom Pedro II.

Em 17 de maio de 1842, é proclamado pelos paulistas presidente interino da Província de São Paulo em Sorocaba, que foi declarada capital provisória da Província pelos paulistas. Foi ele quem se encarregou de reunir a chamada Coluna Libertadora, com mais de 1500 homens, com a qual tentou invadir a capital de São Paulo para depor o presidente da Província, o Barão de Monte Alegre e de quem se dizia à época, "traidor, lambe-botas de Pedro II".

Antes da batalha, casou-se com Domitila de Castro Canto e Melo, a marquesa de Santos,[2] ex-amante de Dom Pedro I e com quem já tinha seis filhos. Do relacionamento anterior da Marquesa de Santos com D. Pedro I nasceram cinco filhos, dos quais duas filhas ainda eram vivas.

Foi derrotado pelas forças imperiais e tentou furar o cerco para reoganizar-se no Rio Grande do Sul (terra dos netos dos Bandeirantes) aliando-se aos independentistas da Guerra dos Farrapos. Levou para o Rio Grande do Sul o primeiro cavalo malhado de que se tem notícia e, por essa razão, até hoje esse pelo de equino é ali chamado de Tobiano.[3] Foi preso em Palmeira das Missões e levado para a Fortaleza da Laje, no Rio de Janeiro. Foi anistiado e deixou a prisão em 1844, retornou a São Paulo, onde foi recebido na capital por toda a população.

É o patrono da Polícia Militar do Estado de São Paulo e seu nome homenageia o primeiro batalhão de Choque, chamado Batalhão Tobias de Aguiar, responsável pela ROTA - Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar.

Faleceu em viagem da cidade de Santos para o Rio de Janeiro, a bordo do vapor Piratininga, no dia 7 de outubro de 1857, aos 63 anos.

Referências

  1. Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. «Os Deputados do Império» (PDF). 26 páginas. Consultado em 21 de dezembro de 2013 
  2. CHRISTILLINO, Christiano Luís. Estratégias de família na ocupação do planalto sul-rio-grandense no XIX, IX Encontro Estadual de História, ANPUH-RS, 2008.
  3. FAGUNDES, Morivalde Calvet.História da Revolução Farroupilha. 3ª. Ed. Caxias do Sul: EDUCS, 1984.

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • AMARAL, Tancredo do, 1895, A História de São Paulo ensinada pela biographia dos seus vultos mais notáveis, Alves & Cia. Editores, 353 pp.


Precedido por
Manuel Teodoro de Araújo Azambuja
Presidente da Província de São Paulo
1831 — 1835
Sucedido por
Francisco Antônio de Sousa Queirós
Precedido por
Manuel Machado Nunes
Presidente da Província de São Paulo
1840 — 1841
Sucedido por
Miguel de Sousa Melo e Alvim


Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) político(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.