Torrinha

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Torrinha
  Município do Brasil  
Símbolos
Brasão de armas de Torrinha
Brasão de armas
Hino
Gentílico torrinhense
Localização
Localização de Torrinha em São Paulo
Localização de Torrinha em São Paulo
Localização de Torrinha em São Paulo
Torrinha está localizado em: Brasil
Torrinha
Localização de Torrinha no Brasil
Mapa
Mapa de Torrinha
Coordenadas 22° 25' 33" S 48° 10' 08" O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Municípios limítrofes Brotas, Dois Córregos, Santa Maria da Serra, São Pedro
Distância até a capital 239 km
Administração
Prefeito(a) Thiago Rodrigo Rochiti (2009 – 2012)
Características geográficas
Área total [1] 311,172 km²
População total (Censo IBGE/2010[2]) 9 330 hab.
Densidade 30 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 802 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,81 muito alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 82 109,429 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 8 881,50

Torrinha é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 22º25'34" sul e a uma longitude 48º10'09" oeste, estando a uma altitude de 802 metros. Sua população estimada em 2008 era de 9.245 habitantes, segundo dados do IBGE.

História

A ocupação e o povoamento onde hoje localiza-se o município de Torrinha caracterizou-se pelo avanço das fronteiras de colonização do interior do país na busca por riquezas. Nos séculos XVII e XVIII essa porção do território paulista era cortada por caminhos de tropeiros e viajantes que aí faziam seu pouso. Com a necessidade de suprimentos de gêneros alimentícios, abastecimento variado e serviços de consertos, surgiram incipientes atividades comerciais e de prestação de serviço, possibilitando a fixação dos primeiros colonizadores da região e a formação de núcleos populacionais.

Esse processo de ocupação intensificou-se com a doação de sesmarias que deram forma e delinearam as grandes propriedades rurais, embriões das futuras áreas urbanas. A Lei de Terra de 1850 favoreceu a vinda de pessoas de outras regiões do país que aqui estabeleceram-se com agricultura de subsistência em áreas próximas ao pequeno arraial em formação.

Através de documentos e registros, sabe-se que algumas famílias torrinhenses já viviam aqui desde 1850. Dessa forma podemos afirmar que as famílias Fonseca Costa, Mello, Dias, Ferreira, Ferraz, Gomes, Ribeiro do Prado, Dias Ramos, Carvalho, Franco de Moraes, Souza, Barros, Teixeira, Leite, Marques, Paiva, França, Pinto, Melchert, Barbosa, Bueno são consideradas as pioneiras.

Historicamente, José Antunes de Oliveira é considerado o fundador de Torrinha, foi ele quem doou ao Bispado de São Paulo uma pequena área onde foi edificada uma capela em homenagem a São José (onde se encontra a atual matriz), considerado o padroeiro da cidade. Calcula-se que esse fato se deu por volta de 1870, ou seja, dezenove anos antes da República.

Em 1880, documentos da época, registram a chegada de Jerônimo Martins Coelho, neto do Barão de Cocais, Vindo da Borda da Mata, Minas Gerais, que aqui adquiriu grande quantidade de terras que alcançava as localidades de Santa Maria da Serra, Torrinha, Brotas e Dois Córregos. Instalou-se por muito tempo em terras onde hoje está a Usina dos Três Saltos e construiu nesta fazenda uma das primeiras Igrejas Presbiterianas do Estado.

Nesse período outras famílias foram chegando e o arraial foi adquirindo vida e com a chegada de Bento Lacerda, que era filho do Barão de Araras, Bento Lacerda Guimarães e de Dona Manuela Franco, em 1886, o pequeno arraial ganha impulso. Bento Lacerda acabara de retornar à pátria, vindo da Alemanha, onde estudara na Universidade Politécnica de Hannover, especializando-se em química e mineração. Aceitou o desafio e veio trabalhar nas terras adquiridas pelo Barão. Tornou-se uma das figuras mais importantes da história do município. A ele são atribuídas a criação do Distrito de Polícia em 1892 e Distrito de Paz em 1896.

O desenvolvimento econômico dessa região iniciou-se por volta do século XIX com a introdução da cultura açucareira. O plantio de cana-de-açúcar no município de Torrinha deve-se à sua proximidade geográfica das áreas açucareiras de Piracicaba, Araraquara e São Carlos. Entretanto as condições locais não favoreceram a permanência dessa cultura. O ciclo de cana-de-açúcar impulsionou o povoamento e a colonização, favorecendo a introdução da cultura cafeeira e estimulando a vinda dos imigrantes.

A cultura cafeeira foi introduzida no município no final do século XIX e seu desenvolvimento está associado à construção da ferrovia pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, inaugurada em 7 de setembro de 1886, com o nome de Estação Ferroviária de Santa Maria e posteriormente Torrinha.

A estação representou a força maior no desenvolvimento da cidade que necessitava de um meio de escoamento e depósito de seu principal produto agrícola, o café, como também foi de utilidade para o transporte de passageiros entre eles os imigrantes.

Filhos ilustres

Geografia

Grandes extensões do perímetro de Torrinha são compostas por cuestas basálticas e areníticas, num total aproximado de 80 km, contendo em torno de 34 cânions. O potencial em atrativos turísticos associados a essa feição geológica é indiscutível e podem-se encontrar desde paredões de até 100 metros de altura, cachoeiras belíssimas, algumas cavernas de arenito e basalto e até matas de galeria e de encostas ainda primárias bem preservadas em vales estreitos ainda pouco explorados.

Torrinha está inserida no compartimento do Planalto Ocidental Paulista (Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná). A área integra a unidade geotectônica denominada Bacia Sedimentar do Paraná, onde houve acúmulo de espesso pacote sedimentar e intrusões vulcânicas basálticas ocorridas no Terciário (Era Cenozóica - entre 70 e 12 milhões de anos) que passaram por processos tectônicos e desgaste erosivo, surgindo daí o relevo cuestiforme (cuestas) de escarpas festonadas, dispostas em arcos voltados para o velho escudo -o Planalto Atlântico-, contando com a presença de um morro testemunho onde está localizada a "Pedra de Torrinha".

O município de possui ainda aproximadamente 5% de sua vegetação nativa original. Desse total, quase 100% é composto por vegetação de encosta, graças à presença das cuestas do município. Espécies do cerrado e da Floresta Latifoliada Tropical ainda existem em pequenas manchas isoladas, sendo quase totalmente dizimadas por ocuparem originalmente áreas ideais para a agricultura e a pecuária. Felizmente a presença dos inúmeros paredões e terras de encosta que brotam das cuestas, "estorvo" aos colonizadores do início do século, preservou um tesouro natural e importante santuário para a biodiversidade no estado de São Paulo.

Possui uma área de 312.366 km².

Hidrografia

  • Ribeirão Pinheirinho ou Córrego da Cachoeira

Todos os rios e córregos que cortam o município tem sua nascentes dentro do próprio município.

Rodovias

  • SP-197 Rodovia Dr Américo Piva (Brotas - Torrinha)
  • SP-304 Rodovia Deputado Amauri Barroso de Sousa (Jaú até Torrinha)
  • SP-304 Sem Nome (Torrinha - Santa Maria da Serra)
  • Estrada vicinal Cezarino Mariano que liga Torrinha ao Bairro Paraíso.

Administração

Igreja Católica

O município pertence à Diocese de São Carlos.

Padroeiro São José, comemorado no dia 19 de março.

Igreja matriz São José

Santuário de Nossa Senhora Aperecida

Capela de Santo Antônio

Mosteiro da Apresentação do Senhor - Bairro do Paraíso

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 

Ligações externas

Predefinição:Mesorregião de Piracicaba