Tránsito Amaguaña
Tránsito Amaguaña | |
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Última foto de Amaguaña Transit | |
Nascimento | 19 de setembro de 1909 Pichincha, Equador, Equador |
Morte | 10 de maio de 2009 (99 anos) Cantón Cayambe, Equador |
Nacionalidade | Equatoriana |
Rosa Elena Tránsito Amaguaña Alba (Pesillo, Pichincha, 10 de setembro de 1909 - 10 de maio de 2009)[1] foi uma ativista indigenista equatoriana e uma das líderes do feminismo no país do início do século XX, junto com Dolores Cacuango.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascida de pais que trabalhavam em uma fazenda de latifúndios próxima do vulcão Cayambe, começou a trabalhar aos 7 anos, embora tenha estudado durante um breve período na escola local.
Aos quatorze anos foi obrigada a se casar com um homem muito mais velho que ela, no entanto, o casamento durou pouco, porque seu marido era um alcoólatra que a maltratava e não apoiava os indígenas. Já divorciada de seu marido, começou a fazer ativismo comunitário, primeiro através de organizações relacionadas com o Partido Socialista Equatoriano e, depois, em marchas indígenas, como as "marchas para Quito" de 1930, reivindicando terras e direitos trabalhistas. A sua participação na greve agrícola de 1931, na cidade de Olmedo, lhe custou a destruição de sua casa e 15 anos de clandestinidade.
Em 1946 fundou a Federação Equatoriana de Índios, junto a outros líderes camponeses para promover a distribuição de terras , e nos anos 1950 impulsionou a fundação de escolas bilíngües, em espanhol e quechua. Ligada ao Partido Comunista, lutando pela implementação de um sistema cooperativista no campo, em 1961 , foi acusada de tráfico de armas, e ficou quatro meses na cadeia. Quando saiu, porém, sem acusações, teve que enfrentar a morte de seus pais e de vários de seus filhos.
Falecimento[editar | editar código-fonte]
Morreu em 10 de maio de 2009, na mesma comunidade em que nasceu. Em seu enterro compareceram o presidente Rafael Correa, o vice-presidente Lenín Moreno e diversos líderes do setor operário, camponês e indígena do Equador.
Reconhecimento[editar | editar código-fonte]
Em 1988 , o Governo concedeu-lhe uma pensão, com a qual se retirou a Pesillo para plantar em suas terras. Em 1990, na zona sul da cidade de Quito, foi fundada uma unidade de educação intercultural bilíngüe, que leva o seu nome. Em 1º de abril de 2012, na cidade de Guayaquil, foi inaugurada uma escola com seu nome em homenagem a ela.
Referências
- ↑ Diario El Universo. «Murió Tránsito Amaguaña, símbolo de lucha y resistencia indígena» (em español) !CS1 manut: Língua não reconhecida (link)
- Pérez Gil, Lila: Tránsito Amaguaña, líder indígena ecuatoriana, El País, 06/06/09, Madrid, pag. 52
- El Mundo: Obituarios
- Cuevas Morales, Silvia - kaosenlared.net: Fallece Tránsito Amaguaña, símbolo de la lucha indígena
- Pérez Pimentel, Rodolfo: Diccionario biográfico Ecuador, tomo 21 – Tránsito Amaguaña
- Bulnes, Marta (1994) Me levanto y digo. Testimonio de tres mujeres quichuas. Quito: El Conejo, pp. 32-40. – (Fondo documental - Narrativas de mujeres indígenas – FLACSO – Ecuador, páginas 1 al 7)
- Rodas Morales, Raquel: Tránsito-Amaguana-Su-Testimonio. Fotografías: Archivo gráfico, Taller Manuelas, TaM. Diseño, diagramación, impresión Crear Gráfica - Editores. Quito, 2007, pp. 89
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Grigalva Miño, Cecilia. Tránsito Amaguaña. Heroína India. Edición Banco Central, 2007. Quito-Ecuador.
- Activista indigenista ecuatoriana
Links externos[editar | editar código-fonte]
- Marxists.org: Tránsito Amaguaña
- Cafolis Ecuador: Condolencia por la pérdida de la líder indígena, Tránsito Amaguaña
- Llacta.org – Ecuador inmediato: Tránsito Amaguaña, Heroína India
- Video Mama Tránsito Amaguaña
- Mujeres populares y diversas: Tránsito Amaguaña
- Gobierno de la Provincia de Pichincha: Entrevista – A la memoria de Tránsito Amaguaña, parte I[ligação inativa]
- Gobierno de la ProviAmaguaña, parte II[ligação inativa]