Trinadtsat

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Trinadtsat
Trinadtsat
No Brasil Os Treze
 União Soviética
1937 •  pb •  86 min 
Direção Mikhail Romm
História Iosif Prut, Mikhail Romm
Música Anatoliy Aleksandrov
Cinematografia Boris Volchek
Idioma língua russa

Trinadtsat (Тринадцать, lit. "Treze"; no Brasil, Os Treze) é um filme soviético de aventura e guerra de 1937 dirigido por Mikhail Romm.[1]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Dez soldados do Exército Vermelho escoltavam três cíveis pelo deserto quando se deparam com ruínas duma mesquita. Após encontrarem armas escondidas num poço, eles concluem que o local é uma base Basmachi. O comandante, por sua vez, decide combater os rebeldes enquanto aguarda reforços.[1][2][3]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Produção e lançamento[editar | editar código-fonte]

Trinadtsat surgiu a partir de uma comissão para fazer uma versão socialista do filme de John Ford A Patrulha Perdida (1934).[4][5] Mikhail Romm, o diretor do filme, aceitou, e foi com sua equipe e elenco gravar o filme nas "areias escaldantes" do Turcomenistão.[5][6] O filme foi lançado em 8 de maio de 1937.[5] Foi exibido em outubro do mesmo ano em Paris, no Pavilhão Soviético da Exposição Internacional de Paris.[7] Em janeiro de 1938, foi exibido para membros da Cabinet e uma audiência selecionada, na Nova Zelândia.[8] Como parte do projeto KARO.Art (КАРО.Арт), o cinema KARO 9 Atrium (КАРО 9 Атриум) exibiu um "ciclo de mini-retrospectivas" dedicado a Mikhail Romm, que começou com a exibição de Trinadtsat e foi acompanhado por comentários de especialistas "do ponto de vista do contexto cultural e histórico".[9]

Recepção e legado[editar | editar código-fonte]

Um escritor para o The encyclopedia of film disse que Trinadtsat se tranformou em um "drama emocionante e compassivo de faroeste".[4] De acordo com o IFFR, "O heroísmo no filme de Romm é de um tipo nada espetacular - nenhuma ferida é mostrada, nenhum grito é ouvido. Esse pathos discreto é incomum no cinema soviético dos anos 1930 e garantiu o frescor e o apelo duradouro do filme."[2] O filme foi um dos primeiros do gênero basmachi e "possui fortes afinidades visuais e temáticas, com faroestes contemporâneos".[10]

O filme de 1943 Sahara, escrito por John Howard Lawson, foi adaptado de Trinadtsat,[11][9] e ele viu Sahara como uma "versão internacionalizada" deste.[12]

Trinadtsat foi o primeiro filme de Romm que lhe trouxe amplo reconhecimento e, durante sua vida, ele teve um cult following. O único papel feminino do filme foi interpretado por Elena Kuzmina, que mais tarde se tornou a esposa do diretor.[9]

Referências

  1. a b «Os Treze». AdoroCinema. Consultado em 24 de dezembro de 2020 
  2. a b «The Thirteen | IFFR». iffr.com. Consultado em 24 de dezembro de 2020 
  3. "Тринадцать". cinema.mosfilm.ru. Consultado em 25 de dezembro de 2020
  4. a b Monaco, James; Baseline (Firm) (1991). The encyclopedia of film. New York, NY: Perigee Books. p. 463. OCLC 20894633 
  5. a b c Morrison, Simon (25 de outubro de 2010). The People's Artist: Prokofiev's Soviet Years (em inglês). 3. [S.l.]: Oxford University Press. p. 136 
  6. ««Тринадцать» (1936) — смотреть фильм бесплатно онлайн в хорошем качестве 720 HD на портале «Культура.РФ»» (em russo). Consultado em 24 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 21 de agosto de 2020 
  7. Gubern, Román; Hammond, Paul (4 de janeiro de 2012). Luis Buñuel: The Red Years, 1929–1939 (em inglês). [S.l.]: University of Wisconsin Pres. p. 319 
  8. Sigley, Simon (6 de janeiro de 2013). Transnational Film Culture in New Zealand (em inglês). [S.l.]: Intellect Books. p. 177 
  9. a b c «Показ фильма "Тринадцать" и дискуссия с экспертами кино». КАРО сеть кинотеатров (em russo). Consultado em 10 de março de 2021 
  10. a b Morrison, Alexander. Settler Bolsheviks in the Soviet “Eastern” p. 6. academia.edu. Consultado em 24 de dezembro de 2020
  11. Bennett, M. Todd (1 de novembro de 2012). One World, Big Screen: Hollywood, the Allies, and World War II (em inglês). [S.l.]: UNC Press Books. p. 125 
  12. Reich, Elizabeth (agosto de 2016). Militant Visions: Black Soldiers, Internationalism, and the Transformation of American Cinema (em inglês). [S.l.]: Rutgers University Press. p. 46 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]