Os tripanossomos parasitas de animais eram conhecidos desde 1841 através do trabalho de Gustav Valentin, professor da Universidade de Berna, que os encontrou em trutas.
Em 1843, David Gray descreveu pela primeira vez um tripanossomo descoberto em sangue de rã o T. sanguinis.
Em 1880, Griffith Evans descobriu o T. evans, agente da doença fatal que acometia cavalos e camelos conhecida como "surra".
Entre 1895 e 1896, David Bruce verificou que os tripanossomos T. rucei eram agentes da doença conhecida como "magana", uma doença que afeta equídeos e outros animais.
No início do século XX, é descoberto o T. brucei gambiense, causador da tripanossomíase africana ou doença do sono, que acomete a população africana.
No Brasil Adolfo Lutz na década de 1890, quando em seus estudos sobre hematozoários observou a ocorrência desses protozoários em ratos e rãs.
A doença que acomete cavalos (equídeos), conhecida como quebra-bundas ou mal-de-cadeiras tinha como causa um tripanossomo descoberto em1945
por Miguel Emaciam. Neste mesmo ano, esta espécie é denominada T. equina por O. Vogues.
Em 1908, Carlos Chagas encontra uma nova forma de tripanossomo ao analisar o sangue do saguiCallithrix penicilina, descrevendo-o como T. minassense.
Outro tripanossomo de macaco sul-americano tinha sido descoberto por Herbert von Berenberg-Gossler enquanto procurava parasitos da malária no macaco amazônico Brachyurus calvos nome popular cacharão. A esta nova espécie, Berenger-Gosset denominou T. prowazeki em homenagem ao protozoologista tcheco Salinas von Provasse.
Carlos Chagas pesquisava o inseto Triatoma infestam nome popular barbeiro e ao examinar esse inseto, Chagas encontrou numerosos protozoários flagelados. Chagas enviou esses insetos parasitados para serem analisados por Oswaldo Cruz o que o levou a descrevê-la como uma espécie nova, a qual Carlos Chagas denominou Trypanosoma cruzi em homenagem ao seu colega Oswaldo Cruz.
Em 17 de dezembro de 1908, logo após a publicação no Brasil-Médico, as novas espécies de tripanossomos descritas por Chagas foram enviadas para o Archiv für Schiffs- und Tropen-Hygiene, tendo sido publicadas no primeiro número de 1909.
Em 1909 o pesquisador alemão Friedrich Klein e publicou o desenvolvimento do T. brucei gambiense, o agente da tripanossomíase humana africana na mosca, provando que o parasito estava presente nas moscas glossinas por um período mínimo antes de causar infecção. Kleine mostrou ainda que somente as formas metacíclicas nas glândulas salivares do inseto eram infecciosas.
Logo após o trabalho de Kleine, Carlos Chagas vai identificar no mesmo local (Lassance) onde encontrou os percevejos infectados, uma jovem infectada por T. cruzi e assim comprovar a patogenicidade do protozoário por ele descoberto no percevejo, em sua busca por parasitas em animais selvagens levou-o eventualmente à descoberta de um outro novo tripanossomo T. minasense em uma espécie endêmica de símio sul-americano e patogênica para o homem também.[1]
↑Batista JS, Rodrigues CM, García HA, Bezerra FS, Olinda RG, Teixeira MM, Soto-Blanco B. (2011). «Association of Trypanosoma vivax in extracellular sites with central nervous system lesions and changes in cerebrospinal fluid in experimentally infected goats». Veterinary Research. 42 (63): 1-7. PMID21569364. doi:10.1186/1297-9716-42-63 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)