União Feminista Egípcia

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União Feminista Egípcia
(الاتحاد النسائي المصري)
União Feminista Egípcia
Huda Sha'arawi, a fundadora da União Feminista Egípcia.
Tipo Organização feminista
Fundação 6 de março de 1923
Extinção 1947
Filiação Aliança Internacional pelo Sufrágio Feminino
Fundador(a) Huda Sha'arawi

A União Feminista Egípcia (em árabe: الاتحاد النسائي المصري) foi o primeiro movimento feminista nacional do Egito.

História e perfil[editar | editar código-fonte]

A União Feminista Egípcia foi fundada a 6 de março de 1923,[1][2] durante uma reunião na casa da nacionalista egípcia Huda Sha'arawi,[3] que desempenhou as funções de presidente da organização até 1947, o ano da sua morte. A organização era afiliada à Aliança Internacional pelo Sufrágio Feminino (designada atualmente por Aliança Internacional da Mulher), e foi responsável pela publicação da revista quinzenal L'Egyptienne (A Egípcia) em 1925 e pelo periódico el-Masreyyah (A Mulher Egípcia) em 1937. Em 2011, o grupo foi reformulado para uma organização sem fins lucrativos com a mesma designação, mas com objetivos e equipa diferentes.[4][5] A união apoiava a independência total e completa do Reino Unido, tal como a elite dos líderes masculinos do Partido Wafd, tendo promovido os valores sociais europeus com uma orientação essencialmente laica. O objetivo do movimento feminista foi simbolizado pelo gesto suficientemente publicitado da liberdade social, conquistado por Sha'rawi e a sua associada Saiza Nabrawi, que tiraram os véus depois de saírem de um comboio na principal estação ferroviária do Cairo em 1923. As exigências das reformas educacionais pela União Feminista Egípcia foram cumpridas em 1925, quando o governo tornou o ensino primário obrigatório tanto para meninas quanto para meninos, e posteriormente, as mulheres foram admitidas nas universidades nacionais pela primeira vez. No entanto, a campanha da união a favor da reforma do direito da família não teve êxito.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Tadros, Mariz (24 de março de 1999). «Unity in diversity». Cairo. Al-Ahram Weekly (em inglês) (421). Consultado em 8 de junho de 2017. Cópia arquivada em 30 de maio de 2014 
  2. Sullivan, Earl L. (1986). Women in Egyptian Public Life (em inglês). Siracusa: Syracuse University Press. p. 172. ISBN 978-0-8156-2354-0. Resumo divulgativoGoogle Livros 
  3. Al-Ali, Nadje S. «Women's Movements in the Middle East: Case Studies of Egypt and Turkey» (PDF). Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres (em inglês). Universidade de Londres. Consultado em 8 de junho de 2017 
  4. Eriksen, Mette (18 de outubro de 2011). «Women's groups relaunch Egyptian Feminist Union». Egypt Independent (em inglês) 
  5. Goldschmidt, Arthur (2000). Biographical Dictionary of Modern Egypt (em inglês). Boulder: Lynne Rienner Publishers. p. 190. ISBN 978-1-55587-229-8. Resumo divulgativoGoogle Livros 
  6. Cleveland, William L.; Bunton, Martin P. (2013). A History of the Modern Middle East (em inglês). Boulder: Westview Press. p. 184. ISBN 9780813348339. Resumo divulgativoGoogle Livros