Unidade de Conservação Estadual da Mata do Xem-Xem

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UCE Mata do Xem-Xem
Localização Bayeux  Paraíba
Dados
Área 181,22 ha.[1][2]
Criação 28 de agosto de 2000[3]
Gestão Sudema[3]
Coordenadas 7° 09' 21" S 34° 55' 57" O
UCE Mata do Xem-Xem está localizado em: Brasil
UCE Mata do Xem-Xem
Preguiça se alimentando com folhas de uma embaúba

A Unidade de Conservação Estadual da Mata do Xem-Xem, popularmente conhecida como Mata do Xem-Xem, é uma área de proteção ambiental estadual localizada no município brasileiro de Bayeux, estado da Paraíba.[1][2][4] O local tem acesso a partir das rodovias BR-230, BR-101 e PB-042.

Xem-Xem tem sido utilizada pelo Centro de Treinamento do 16º Regimento de Cavalaria Mecanizado para atividades de treinamento diversas,[5] assim como pelas comunidades do entorno e escolas, que também fazem uso dela para lazer e recreação e educação ambiental.[4] A prefeitura bayeense tem participado também de tais ações em determinadas épocas do ano.[6]

História[editar | editar código-fonte]

A unidade recebeu sua denominação da marreca-caneleira, ou xenxém,[7] outrora comum à região.

A unidade estabeleceu-se como «Unidade de Conservação Estadual da Mata do Xem-Xem» em 28 de agosto de 2000, pelo decreto estadual nº 21.252.[3] Embora apresente algumas áreas com construções irregulares,[8] o parque não apresenta conflitos pela posse da terra, já que pertence ao estado.

Marreca-caneleira ou xenxém

Características[editar | editar código-fonte]

Com superfície de 181,22 hectares, Xem-Xem está localizada numa área de tabuleiros costeiros, correspondentes a baixos planaltos com altitudes que variam de 35 a 45 metros em relação ao nível do mar.[2] Na área há importantes vertedouros d'água, como as nascentes do rio Marés, que abastece parte de João Pessoa.[8]

O clima da região é do tipo quente e úmido, com chuvas de outono–inverno e temperatura oscilando entre 20°C e 34°C. A pluviosidade gira em torno de 2.000 a 2.200mm anuais.[9]

A reserva apresenta vegetação caracterizada pela formação de exuberante floresta subperenifólia costeira, mais conhecida como Mata Atlântica, com trechos de floresta subcaducifólia e cerrado.[1] Associada a ela, encontra-se a mata de restinga, vegetação típica de solo arenoso, com predominância de espécies arbustivas.[9]

Embora raros, dentro da unidade podem ser vistas algumas espécies de mamíferos, como tamanduá-mirim, preguiça e cotia. Outrora comuns, as marracas-caneleiras aparecem eventualmente.

Administração[editar | editar código-fonte]

Um grupo de voluntários do entorno da unidade (sobretudo pessoas de determinados segmentos sociais, como juristas, ativistas culturais e pessoas ligadas à Pastoral Social) tem desenvolvido trabalhos coletivos socioeducativos para preservação de Xem-Xem.[8] Tal grupo reúne mais de cinquenta pessoas e seu trabalho não é só ligado a palestras e visitas à mata, mas também ao plantio e limpeza do lixo acumulado ao longo das margens e no interior da unidade de conservação.[8]

Concomitantemente, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), órgão responsável por administrar o parque, tem buscado recursos para garantir a preservação de seu ecossistema. O órgão pretende implantar um posto de produção de mudas e promover a construção da cerca de proteção, tarefas tidas como prioritárias pela chefia de Xem-Xem, assim como pelo conselho gestor, prefeitura de Bayeux e pelo Exército Brasileiro. Os trabalhos, já iniciados, contam também com voluntários.[8] Por isso, em 2013 a promotoria de Bayeux reuniu representes da Sudema, do Ibama, além de órgãos como Prefeitura e Secretaria do Meio Ambiente bayeense, Defesa Civil, Polícia Ambiental e Bombeiros para avaliar as ações a serem tomadas para preservar a área.[8]

Por fim, chegou-se à conclusão de que é preciso cercar e policiar a unidade, pois esta tem sido alvo de depósito de lixo, invasões de terra e queimadas.[8]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c COSTA, Chárliton Ferreira da (2013). «Análise geoespacial dos problemas socioambientais urbanos da zona de manguezal do município de Bayeux (...)» (PDF). Centro de Tecnologia da UFPB. Consultado em 29 de julho de 2014 
  2. a b c LACERDA, Jarbas M.F. de (27 de julho de 2010). «O caso das comunidades subnormais do município de Bayeux, Paraíba» (PDF). III Simpósio Brasileiro de Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação. Consultado em 29 de julho de 2014 
  3. a b c Adm. do sítio web (2 de junho de 2014). «MPPB requer e Justiça determina medidas para combater a degradação na Mata do Xem-Xem». Ministério Público do Estado da Paraíba. Consultado em 29 de julho de 2014 
  4. a b SILVA, Flávio J.R. da; e ABÍLIO, Francisco J.P. (2011). «O Teatro do Oprimido como instrumento para a educação ambiental». Revista da USP. Consultado em 29 de julho de 2014 
  5. Adm. do sítio web (2013). «VI Circuito de Orientação da Paraíba». 16º Regimento de Cavalaria Mecanizado. Consultado em 29 de julho de 2014 
  6. Da redação (5 Junho de 2014). «Prefeitura de Bayeux incentiva atividades ecológicas durante a Semana Meio Ambiente». Informativo Bayeux 1. Consultado em 29 de julho de 2014 
  7. Editores do Aulete (2007). «Verbete «xenxém»». Dicionário Caldas Aulete. Consultado em 29 de julho de 2014 
  8. a b c d e f g Adm. do sítio web (2013). «Rede de juristas chama a atenção das autoridades para a Mata do Xem-Xem». Fundação de Defesa dos Direitos Humanos Margarida Maria Alves. Consultado em 29 de julho de 2014 
  9. a b LOURENÇO, J.D.S. et alii (2009). «Aspectos Ecológicos da Mata do Xem-Xem» (PDF). Anais do IX Congresso de Ecologia do Brasil. Consultado em 2 de junho de 2013 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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