Universidade de Quinxassa
Universidade de Kinshasa | |
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Reitoria | |
Lema | Ciência Esplêndida e Consciente |
Fundação | 1924 |
Instituição mãe | Universidade de Kinshasa |
Tipo de instituição | Pública |
Localização | Kinshasa, República Democrática do Congo |
Reitor(a) | Lututala Mumpasi |
Total de estudantes | 26.000 |
Página oficial | www.unikin.ac.cd |
A Universidade de Kinshasa (Unikin, em francês: Université de Kinshasa é uma universidade pública da República Democrática do Congo. Situa-se numa área de 400 ha, na comuna de Lemba, a cerca de 25 km do centro da capital do país, Kinshasa.</ref>
No ano acadêmico de 2004-2005, a Universidade tinha 23.250 estudantes. O corpo docente e de pesquisa era constituído por 508 professores e 700 pesquisadores; o pessoal administrativo era formado por 2.800 funcionários.[1]
Atualmente, tem treze faculdades: Agronomia; Direito; Economia e Gestão; Letras e Ciências Humanas; Medicina; Medicina Dentária; Medicina Veterinária; Farmácia; Politécnica; Petróleo, Gás e Novas Energias; Ciências; Ciências Sociais, Administrativas e Políticas; Psicologia e Ciências da Educação.[1]
História
[editar | editar código-fonte]A história da Universidade de Kinshasa começa em 1924 com a criação, pela Universidade Católica de Lovaina (Bélgica), de uma Associação Médica dedicada à saúde e à educação no Congo. Dessa iniciativa resultou a criação, por professores daquela universidade, da Fundação Médica da Universidade de Lovaina no Congo (FOMULAC) e, mais tarde, em 1927, do primeiro estabelecimento de saúde construído em Kisantu no Baixo Congo, onde se realizou o primeiro curso de formação para enfermeiros.
Em 1932, a Universidade de Lovaina criou, no mesmo local, uma seção de agronomia, à qual foram acrescentadas uma seção de ciências administrativas e comerciais (1936) e uma seção de assistência médica (1937). Em 1947, essas três seções foram agrupadas sob o nome de Centro Universitário Congolês de Lovaina, que foi transferido de Kisantu para Kimwenza, um subúrbio de Kinshasa.
Em 1954, o Centro Universitário foi transformado em uma universidade confessional católica, sem fins lucrativos, denominada Universidade Lovanium. As autoridades coloniais belgas a definiram como ainda dependente e afiliada à Universidade Católica de Lovaina. Quando foi inaugurada, a universidade recebeu pesados subsídios do governo colonial e financiamento da Fundação Ford, da Fundação Rockefeller e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Nessa época, era tida como a melhor universidade da África.[2]
Em agosto de 1971, foi feita a fusão da Universidade Lovanium com a Universidade Autônoma Protestante do Congo (em Kisangani) e com a Universidade do Congo (em Lubumbashi) para formar a Universidade Nacional do Zaire (Université Nationale du Zaire, UNAZA).[2]
Entre 1981, a Universidade Nacional do Zaire foi dividida em três instituições; a Universidade de Kisangani, Universidade de Lubumbashi e a Universidade de Kinshasa.[2]
Porém, nos anos que se seguiram, o Estado mostrou-se incapaz de subvencionar a Universidade, que, assim, entra em progressivo declínio, com a gradual degradação do seu patrimônio assim como das condições de trabalho dos estudantes, professores, pesquisadores e do pessoal administrativo.[1]
Reator nuclear
[editar | editar código-fonte]O primeiro reator nuclear da África foi construído na Universidade de Kinshasa, em 1958. Conhecido como TRICO I, é um reator TRIGA construído pela General Atomics. TRICO é uma combinação de TRIGA (Training, Research, Isotopes, General Atomics) e Congo.[3]
O reator foi construído, ainda durante o domínio belga (1908 – 1960), com a ajuda do governo dos Estados Unidos, no âmbito do programa Atoms for Peace. O TRIGA I tinha uma capacidade estimada em 50 kilowatts e foi desativado em 1970. Em 1967, a União Africana criou um centro de pesquisa nuclear, o [Centro Regional de Estudos Nucleares em francês: Centre Régional d'Études Nucléaires de Kinshasa, e os Estados Unidos concordaram em fornecer outro reator TRIGA. O segundo reator, TRICO II, com capacidade estimada de um megawatt, foi posto em funcionamento em 1972.[4]
Em 2001, o reator TRICO II foi dado como operacional,[4] mas aparentemente havia sido colocado em standby desde 1998.[5] Porém, como o governo da RDC deixou de financiar o programa desde o final da década de 1980, os Estados Unidos têm-se recusado a enviar peças de reposição. Observadores da IAEA têm manifestado sua preocupação, diante da deterioração dos dois reatores e o urânio enriquecido que contêm.[5]
Referências
- ↑ a b c Présentation de l’Unikin
- ↑ a b c Lulat, Y. G-M. (2005). A History of African Higher Education from Antiquity to the Present: A Critical Synthesis. London: Praeger. p. 358. ISBN 0-313-32061-6
- ↑ 1952-2002 SCK-CEN (PDF). [S.l.: s.n.] ISBN 9076971056
- ↑ a b «Congo Special Weapons». globalsecurity.org
- ↑ a b Chris McGreal (23 de novembro de 2006). «Missing keys, holes in fence and a single padlock: welcome to Congo's nuclear plant». The Guardian.