Urso-do-atlas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Urso-do-Atlas)
Como ler uma infocaixa de taxonomiaUrso-do-atlas
Urso em mosaico romano, provavelmente um urso-do-atlas
Urso em mosaico romano, provavelmente um urso-do-atlas
Estado de conservação
Extinta
Extinta
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Ursidae
Gênero: Ursus
Espécie: U. arctos
Subespécie: U. a. crowtheri
Nome trinomial
Ursus arctos crowtheri
Schinz, 1844

A nomenclatura urso-do-atlas (Ursus arctos crowtheri) é aplicada a uma extinta população ou populações de urso-pardo na África. Os ursos-pardos foram introduzidos na África levados pelos romanos, que importavam ursos para espetáculos.[1][2]

Distribuição e descrição[editar | editar código-fonte]

O Urso-do-atlas foi o único urso africano a sobreviver até os tempos modernos. Habitava a região da Cordilheira do Atlas, ocupando uma área do Marrocos à Líbia, é considerado hoje como extinto. Tinha coloração marrom escura e mancha branca no focinho. A pelagem nas patas, tórax e abdome podiam ser alaranjadas e os pêlos mediam cerca de 10 cm. O focinho e as garras eram menores que a de um urso negro, porém mais robustas. O urso-do-atlas podia medir até 2,70 m e pesar 450 kg.[3] Aparentemente alimentava-se de raízes, bolotas e nozes.[4] O urso-do-atlas tinha hábitos alimentares de um herbívoro, mas como a maioria dos ursos modernos são omnívoros, acredita-se que o Urso-atlas se alimentava de carne também .[3]

Origem[editar | editar código-fonte]

A origem do Urso-do-atlas é desconhecida, um estudo genético foi incapaz de associar a qualquer urso pardo, mas tem uma fraca porém significante semelhança de DNA mitocondrial com o urso-polar.[1] Ursos polares aparecem em pinturas rupestres em Andaluzia, na Espanha, lugar separado da região da Cordilheira do Atlas por uma pequena área de mar, o que não é muito para um urso polar.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Calvignac, S.; Hughes, S.; Tougard, C.; Michaux, J.; Thevenot, M.; Philippe, M.; Hamdine, W.; Hanni, C. (2008). «Ancient DNA evidence for the loss of a highly divergent brown bear clade during historical times.». Mol. Ecol. 17: 1962–1970. doi:10.1111/j.1365-294x.2008.03631.x 
  2. Calvignac, Sebastien; Hughes, Sandrine; Hanni, Catherine (2009). «Genetic diversity of endangered brown bear (Ursus arctos) populations at the crossroads of Europe, Asia and Africa». Diversity and Distributions. 15: 742–750. doi:10.1111/j.1472-4642.2009.00586.x. Consultado em 18 de março de 2015 
  3. a b "Atlas bear facts", Bob Strauss, 2014
  4. Bruin: The Grand Bear Hunt, Mayne Reid, Ticknor and Fields, 1865
  5. Pagano, A.M.; Durner, G.M.; Amstrup, S.C.; Simac, K.S.; York, G.S. (2012). «Long-distance swimming by polar bears (Ursus maritimus) of the southern Beaufort Sea during years of extensive open water.». Canadian Journal of Zoology. 90: 663–676. doi:10.1139/z2012-033 
Ícone de esboço Este artigo sobre carnívoros, integrado no Projeto Mamíferos, é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.