Uru-do-campo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaUru-do-campo

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Galliformes
Família: Odontophoridae
Género: Colinus
Espécie: C. cristatus
Nome binomial
Colinus cristatus
Linnaeus, 1766
Distribuição geográfica

O uru-do-campo (Colinus cristatus) é uma espécie de ave da família Odontophoridae.

Pode ser encontrada nos seguintes países: Aruba, Brasil, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Antilhas Holandesas, Nicarágua, Panamá, São Vicente e Granadinas, Suriname, Venezuela e Ilhas Virgens Americanas.[1]

Os seus habitats naturais são: matagal árido tropical ou subtropical, campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais sazonalmente úmidos ou inundados, e florestas secundárias altamente degradadas.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Pintura

Um uru-do-campo adulto mede aproximadamente 17,8-21,6 cm de comprimento. Machos e fêmeas têm aparência similar. As longas penas na testa e na coroa são amarelo-clara ou brancas, e as penas da crista podem ser escuras. As costas e as laterais do pescoço são marmorizadas em preto e branco e a garganta é branca ou amarelo-clara, às vezes manchadas de preto. É manchado de preto, marrom e cinza por cima e apresenta manchas amarelo-claras, canela e pretas por baixo. O olho é marrom, o bico é preto e as pernas cinza-azuladas. A fêmea é levemente mais amarronzada que o macho.[2]

Comportamento[editar | editar código-fonte]

O uru-do-campo vive no solo em pequenos grupos e o seu comportamento é similar ao da perdiz-da-virgínia (Colinus virginianus).[3]

Alimentação[editar | editar código-fonte]

A alimentação consiste em brotos, folhas e pequenos invertebrados.[3]

Conservação[editar | editar código-fonte]

O uru-do-campo tem uma distribuição muito ampla e é comum em grande parte da sua área de ocorrência. A população parece estar aumentando e a IUCN classificou a espécie como "pouco preocupante".[1]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

São reconhecidas treze subespécies:[4]

  • Colinus cristatus cristatus (Linnaeus, 1758) - ocorre no nordeste da Colômbia e no noroeste da Venezuela, nas ilhas de Aruba e Curaçao;
  • Colinus cristatus sonnini (Temminck, 1815) - ocorre da região costeira do norte da Venezuela até as Guianas e no extremo norte do Brasil;
  • Colinus cristatus mariae (Wetmore, 1962) - ocorre na savana do sudoeste da Costa Rica e leste do Panamá, na região de Chiriquí;
  • Colinus cristatus panamensis (Dickey & van Rossem, 1930) - ocorre nas planícies da costa do Pacífico do Panamá;
  • Colinus cristatus decoratus (Todd, 1917) - ocorre na costa caribenha da Colômbia;
  • Colinus cristatus littoralis (Todd, 1917) - ocorre na região norte das Montanhas Santa Marta no nordeste da Colômbia;
  • Colinus cristatus badius (Conover, 1938) - ocorre da região do vale de Cauca até a costa do Oceano Pacífico a oeste da Cordilheira dos Andes da Colômbia;
  • Colinus cristatus bogotensis (Dugand, 1943) - ocorre a leste da Cordilheira dos Andes da Colômbia, nas regiões de Boyacá e Cundinamarca;
  • Colinus cristatus parvicristatus (Gould, 1843) - ocorre no sopé do lado leste da Cordilheira dos Andes da Colômbia e na região adjacente da Venezuela;
  • Colinus cristatus horvathi (Madarasz, 1904) - ocorre na Cordilheira dos Andes do noroeste da Venezuela, na região de Mérida;
  • Colinus cristatus barnesi (Gilliard, 1940) - ocorre na região oeste e central da Venezuela, nas regiões de Portuguesa e Barinas;
  • Colinus cristatus mocquerysi (Hartert, 1894) - ocorre no nordeste da Venezuela, nas regiões de Sucre, Monagas e Anzoátegui;
  • Colinus cristatus leucotis (Gould, 1844) - ocorre no norte da Colômbia, nas regiões do vale de Magdalena e no vale de Sinú.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d BirdLife International (2004). Colinus cristatus (em inglês). IUCN 2006. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2006. Página visitada em 03.11.2007.
  2. Emmet Reid Blake (1 de Julho de 1977). Manual of Neotropical Birds. [S.l.]: University of Chicago Press. p. 447. ISBN 978-0-226-05641-8 
  3. a b Robert S. Ridgely; John A. Gwynne (Junho de 1992). A Guide to the Birds of Panama: With Costa Rica, Nicaragua, and Honduras. [S.l.]: Princeton University Press. p. 118. ISBN 0-691-02512-6 
  4. «uru-do-campo (Colinus cristatus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 30 de agosto de 2021