Usina Nuclear de Kori

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Usina Nuclear de Kori
고리원자력발전소

Reatores Kori 1, Kori 2, Kori 3 e Kori 4 da direita para a esquerda.

Administração
Localização
Coordenadas
Operador
Construção
1 de agosto de 1972 (unidade 1)
Entrada em serviço
29 de abril de 1978 (unidade 1)
Saída de serviço
18 de junho de 2017 (unidade 1)
Estatuto
em funcionamento
Características
Tipo de instalação
Fornecedores de reator
Tipo de reatores
PWRs (WH-60, WH-F, OPR-1000 e APR-1400)
Potência instalada
7 489 MW
Produção elétrica
Produção anual
43.148 GW·h (2016)
(inclui as unidades 1 & 7)
Fator de capacidade
6.040 MW

Website
Mapa

A Usina Nuclear de Kori (coreano: 고리원자력발전소, Hanja: 古里原子力發電所) é um usina de energia nuclear sul-coreana localizada em Kori, uma vila suburbana em Busan. Ela é operada pela Korea Hydro & Nuclear Power, uma subsidiária da KEPCO, que também é a proprietária da usina. O primeiro reator começou a operação comercial em 1978.

A expansão da usina iniciada em 2006 adicionou quatro novos reatores coreanos, os chamados reatores Shin Kori. O primeiro par de Shin Kori são do modelo OPR-1000, enquanto os outros dois são APR-1400s. Em novembro de 2010, a primeira unidade foi conectada e o resto dos reatores submetidos a ensaios ou estavam em construção. Mais dois APR-1400s, conhecidos como Shin Kori 5 e Shin Kori 6, estão em planejamento. No entanto, os três principais partidos de oposição para a eleição presidencial especial de 2017 comprometeram-se a parar a construção destes dois reatores, colocando seu futuro em dúvida.[1]

Incidentes[editar | editar código-fonte]

Em 9 de fevereiro de 2012, durante uma interrupção de reabastecimento, perda energia de fora do local (LOOP) ocorreu e o gerador a diesel de emergência (EDG) 'B' falhou ao iniciar enquanto (EDG) 'A' estava fora de serviço para manutenção programada, resultando em um blackout (SBO) na estação. A energia foi restaurada 12 minutos após o estado de blackout começar. O LOOP foi causado por um erro humano durante um teste de proteção do principal gerador. A incapacidade do EDG B em se ligar foi provocada por uma falha no sistema de ventilação de ar do EDG. Investigações posteriores revelaram que o utilitário não exerceu um controle adequado de distribuição elétrica de configuração para garantir a disponibilidade do Transformador Auxiliar da Estação (SAT), enquanto conduzia teste na Unidade de Transformador Auxiliar (UAT). Após a restauração fora do local de energia através do SAT, os operadores finalmente recuperaram a refrigeração durante o desligamento ao restaurar a energia da bomba que remove calor residual do reator. Durante a perda da refrigeração por 19 minutos, o refrigerante do reator na sua parte quente teve um aumento de temperatura máxima de 37℃  para 58,3℃ (um aumento de aproximadamente 21,3℃) e a temperatura da piscina de combustível gasto aumentou ligeiramente, de 21℃ a 21.5℃. Não houve nenhum efeito adverso sobre a segurança da usina como resultado deste evento, não houve exposição de radiação por parte dos trabalhadores e não houve liberação de materiais radioativos para o meio ambiente. No entanto, a licenciada agiu de maneira inconsistente com os requerimentos, não reportando o evento de SBO (blackout) da usina ao órgão regulatório no tempo especificado e não declarou status de alerta no evento de acordo com o plano de emergência da usina. A licenciada reportou o evento ao órgão regulador apenas depois cerca de um mês dele ter ocorrido.[2]

Em 2 de outubro de 2012 as 8:10, Shingori 1 foi desligada depois de um sinal de aviso indicou um mau funcionamento na haste de controle do sistema. Uma investigação está em andamento para verificar a causa exata do problema.[3]

Em junho de 2013, Kori 2 foi desligada e Kori 1 condenada a permanecer desconectada da rede elétrica, até que os cabos de controle com certificados forjados fossem substituídos.[4] Os cabos de controle instalados nos reatores APR-1400s em construção falharam nos testes envolvendo chamas dentre outros, precisando ser substituídos e atrasando a construção em até um ano.[5]

Em outubro de 2013, um cabo instalado em Shin Kori 3 falhou nos testes de segurança, incluindo testes de chama. A substituição por um cabo feito nos EUA em atrasou a ativação do reator,[6] que, finalmente, entrou em operação comercial com 3 anos de atraso.

Aparições na Mídia[editar | editar código-fonte]

No filme recém-lançado Pandora, a Usina Nuclear de Kori é a mostrada em várias cenas do filme. O longa-metragem aborda os perigos da energia nuclear na Coreia do Sul e o que ocorreria se algo desse errado.


Reatores[editar | editar código-fonte]

Atualmente todos os reatores na central são reatores de água pressurizada.

Nome Capacidade
elétrica
Modelo Atingiu
criticidade em
Operação comercial SSVN Gerador da turbina E-A Construção
Fase I
Kori-1 576 MW WH-60 06/1977 04/1978 Westinghouse GEC Turbines (Rugby) Gilbert Westinghouse
Kori-2 640 MW WH-F 04/1983 07/1983 Westinghouse GEC Turbines (Rugby) Gilbert Westinghouse
Kori-3 1011 MW WH-F 01/1985 09/1985 Westinghouse GEC Turbines (Rugby) Bechtel Hyundai
Kori-4 1012 MW WH-F 10/1985 04/1986 Westinghouse GEC Turbines (Rugby) Bechtel Hyundai
Fase II
Shin Kori-1 997 MW OPR-1000 06/2010 02/2011 KHNP/KEPCO Doosan KOPEC Hyundai
Shin Kori-2 997 MW OPR-1000 12/2011 07/2012 KHNP/KEPCO Doosan KOPEC Hyundai
Shin Kori-3 1383 MW APR-1400 12/2015 12/2016[7] KHNP/KEPCO Doosan KOPEC Hyundai
Shin Kori-4 1340 MW APR-1400 - 2018/09 (expectativa)[8] KHNP/KEPCO Doosan KOPEC Hyundai
Shin Kori-5 1340 MW APR-1400 - Desconhecido Desconhecido Desconhecido Desconhecido Desconhecido
Shin Kori-6 1340 MW APR-1400 - Desconhecido Desconhecido Desconhecido Desconhecido Desconhecido


Veja também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]