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Notas: Para obtenção de mais conhecimento sobre os Equinos , veja também: Equus.[editar | editar código-fonte]

Raças Equinas[editar | editar código-fonte]

Cavalo da raça Árabe em uma exposição na EMAPA,Avaré, Brasil.

Os cavalos chamam atenção por sua beleza, inteligência e habilidade, grandes e prestigiados eventos incluem os equinos em suas atividades, como hipismo por exemplo, que agrega raças variadas e específicas para cada atividade. Conheça um pouco sobre cada uma delas:

  • Árabe 

Usada para montaria, corrida, saltos, lazer e apresentações, é a raça mais antiga e deu origem às demais raças de cavalos. Mede entre 1,47 e 1,57 metro e possui registros de existência no século 20 a.C. [1]

  • Appaloosa 

Raça usada para sela e esportes, possui entre 1,47 e 1,57 metro e foi desenvolvida por índios do rio Palouse no noroeste dos Estados Unidos. Manchas e pintas pelo corpo são algumas de suas características físicas. 

  • Quarto de Milha 

Ideal para sela, corridas, saltos de obstáculos e lida do gato, a raça descende dos cavalos mustangues que foram levados para a América do Norte por colonizadores espanhóis. Tem entre 1,52 e 1,62 metro e uma grande força muscular. 

Cavalo da raça Quarto de Milha. Muito usado para trabalho devido às suas ótimas características físicas.
  • Andaluz 

Também conhecida como Puro Sangue Lusitano, a raça é típica do sul da península ibérica. Com cerca de 1,57 metros ,é o cavalo mais antigo da civilização ocidental. [2]

  • Percheron 

Com altura em torno de 1,5 e 1,8 metro, é usado para sela, tração, competições de carruagem e desfiles comemorativos. Originário do nordeste da França, é forte, porém dócil. 

  • Puro Sangue Inglês 

Principal cavalo de corrida do mundo, mede entre 1,62 e 1,67 metro. Surgiu na Inglaterra no século 17 e é considerada a raça mais cara de cavalo. É corajoso e com bom vigor físico. 

  • Lusitano 

Usado para sela, touradas, adestramentos e apresentações, mede entre 1,52 e 1,62 metro. É conhecido pela sua bravura, força, robustez e grande agilidade.

Características específicas e aptidões de algumas raças de cavalos:[editar | editar código-fonte]

Se diferem principalmente pelo andamento, que pode ser trotado ou machado.[editar | editar código-fonte]

Cada raça de cavalo possui particularidades morfológicas, como também as suas aptidões para o trabalho, esporte ou para lazer e andamentos variados. Podemos dividir as raças de equinos em dois grupos, conforme o seu tipo de andamento predominante: O Trote e a Marcha.

- Cavalos Marchadores[editar | editar código-fonte]

Mangalarga Marchador

Raça que surgiu do cruzamento de um garanhão Alter Real, presente de D. Pedro II ao Barão de Alfenas, em Minas Gerais, com o rebanho mineiro da família Junqueira, de origem ibérica. A raça é identificada pela sua marcha em substituição ao trote. Trata-se de um andamento com momentos de tríplice apoio, muito cômodo, em contrapartida ao movimento diagonal e saltitante do trote.Além disso, é uma das principais raças nacionais com crescente número de associados.[3]

Características da raça :

- O animal padrão da raça árabe deve possuir as orelhas curtas e bem pontiagudas.

- A cabeça deve ser curta, e a distância entre ganachas bem maior que das outras espécies.

Aptidões: lazer, hipismo rural, enduro e trabalho.

- Cavalos Para Corrida/ Salto/Hipismo

Hipismo - equitação fundamental. Demonstração das habilidades da raça nessas atividades.

Puro Sangue Inglês

É um animal que possui o stud book (livro onde se registram os animais) mais antigo do mundo, aberto no século XVII, e que deu origem a todos os regulamentos das demais raças. Os britânicos, nesta época, estavam interessados em criar uma raça boa para corridas, cruzando cavalos árabes e bérberes com éguas nativas.

Características da raça:

- Deve possuir a estatura muito alta.

- Cabeça retilínea de média a longa, com orelhas de tamanho médio a longo, e boca pequena.

Aptidões: São animais ideais para corridas e concursos hípicos.

- Cavalos de Tração (Tiro)

Pônei

Originários da Ásia, norte da África e ilhas Shetland na Bretanha. Possuem os mesmos ancestrais do cavalo, sendo que, durante a evolução, teve de adaptar às condições de regiões como a Sibéria ou locais de mata fechada que dificultavam a locomoção de animais maiores. Existe uma diferença básica de um cavalo comum que são as pernas mais curtas. A Associação de Criadores de Cavalo Pônei não registram animais que ultrapassem 1,15 m de altura, embora possam atingir até 1,42 m. A raça brasileira é resultante do cruzamento das raças de pôneis Shetland com Falabella (raça argentina de porte bem pequeno) e éguas nacionais de pequeno porte.

Características da raça:

- São animais dotados de grande rusticidade, precocidade, resistência ao trabalho e sobriedade na alimentação.

-A cabeça é pequena, fronte ampla e plana. O perfil vai do retilíneo ao subcôncavo.

Aptidões: Tração de pequenas charretes e se bem adestrados, podem ter aptidões também para montaria infantil.

Introdução das raças no Brasil[editar | editar código-fonte]

Cavalo da raça Crioulo e cavaleiro típico em Avaré, Brasil

Crioulo:

A raça brasileira Crioulo é originário do Sul do país. A 1a. associação de criadores de cavalo crioulos foi fundada em Bagé, RS, em 1932. O animal é pequeno e pesa de 400 a 450 Kg. O Crioulo é descendente direto do cavalo espanhol trazido pelos descobridores no século XVI. As primeiras importações de volta para o vice-reinado do Prata foram feitas em 1535 por D. Pedro Mendonza. Mais tarde a cidade foi saqueada pelos índios, e esses cavalos se espalharam por vastas áreas do campo e procriaram livremente, daí a disseminação. 

Árabe:

Chegou no Rio de Janeiro em 1859 um carregamento composto de 14 garanhões vindo do Norte da África. Vindo da França, o mesmo foi enviado para o Rio Grande do Sul pelo Dr. Cândido Dias de Barba. O Dr. Assis Brasil que, em visita a Arabia, adiquiriu perto de Gasa 3 garanhões, animais largamente usados em sua estância de Ibirapuitem, com éguas argentinas

Percheron:

Chegou ao Brasil no início do século, mais precisamente na década de 20 trazido pelo exército brasileiro, pela companhia matarazze e a companhia e cervejaria Antartica. [4]

Mangalarga:

A história do mangalarga teve início quando os garanhões da raça Alter, vieram com D. João VI. Na época da invasão de Portugal por Napoleão, chegaram as mãos dos Junqueira no Sul de Minas Gerais. Acasalados Cruzcom éguas existentes deram origem ao Mangalarga.

Campolina:

Descende de reprodutores Percherons e Thoroughbreds importados da Europa por D. João VI em 1819.

Cruzamentos das raças:[editar | editar código-fonte]

Árabe

A raça de cavalo árabe é originária de reprodutores selvagens dos desertos da Arábia .Tempo dos impérios militares Caldeus, Persas, Hititas e Assírios, em lutas frequentes com os beduínos.

Com a decadência desses impérios militares, os cavalos eram capturados pelos beduínos que já percebiam seu potencial. Assim, os cavalos de guerra da raça Andaluz se miscigenaram com os selvagens árabes através do século formando os grupos dos beduínos que migravam constantemente em busca de alimentos.

Estes séculos de migração e muita liberdade causaram a transformação pela necessidade de adaptação às privações e clima desértico, formando as características básicas do Puro-Sangue Árabe.

O aperfeiçoamento da raça ocorreu em um planalto da península Arábia considerado bastante fértil , e ali se fixaram por um bom tempo, esta área posteriormente se transformou em deserto no decorrer dos anos.

Ainda antes da era cristã, cavalos eram levados da Arábia para o Egito aonde eram muito apreciados por suas qualidades de força, rapidez e resistência.

E foi também através destas rotas de comércio que os cavalos árabes foram se espalhando pelo mundo.

Dentre as criações da raça que se ramificaram, as mais importantes são: a egípcia, a polonesa, a inglesa, a russa e a americana. Esta última devido ao poder aquisitivo, empenho e paixão possuem hoje uma das melhores e maiores criações de cavalos árabes do mundo.

Padrão racial[editar | editar código-fonte]

Cavalo com altura média de 1.50m, podendo atualmente chegar até 1.58m, possui cabeça de forma triangular com perfil côncavo, orelhas pequenas, olhos grandes arredondados e muito salientes, narinas dilatadas, ganachos arredondados, boca pequena, pescoço alto e curvilíneo em sua linha superior, peito amplo, tórax amplo, dorso e lombo médios, garupa horizontal e saída de cauda alta que permanece elevada durante o movimento. Seu trote e galope são rasteiros, amplos e cadenciados, com muito garbo, tendo temperamento muito vivo e grande resistência. As pelagens básicas são alazã, castanha, tordilha e preta.

Funcionalidade:

São aptos aos esportes hípicos de salto e adestramentos em categorias intermediárias, hipismo rural, enduro e trabalhos agropecuários, sela, lazer e circo.

Cavalo Brasileiro de Hipismo[editar | editar código-fonte]

Formada no Brasil com as mais importantes linhagens européias de cavalos de salto e adestramento, tais como Hanoverana, Holsteiner, Oldenburger, Trakehner, Westfalen e Sela Francesa, através de cruzamento entre si ou exemplares Puro Sangue Inglês da América do Sul.

Está sendo feita através de cruzamentos de garanhões de raças especializadas nos esportes hípicos de salto, de boa conformação, ossatura forte e grande rusticidade. Os garanhões normalmente utilizados são da raça Puro Sangue Inglês, e estes são considerados indispensáveis na formação de qualquer raça de esportes hípicos.

As éguas chamadas éguas-de-base, são puras e mestiças das diversas raças criadas no País.

O cavalo Brasileiro de Hipismo, zootecnicamente está incluído entre os meio-sangue de sela e não constitui ainda um tipo de cavalo pela heterogeneidade de seus exemplares.

No início da década de 70, o criador Ênio Monte resolveu criar uma raça brasileira destinada ao hipismo. Para tanto, cruzou as raças Orloff, de origem russa, com Westfalen e Trakehner, alemãs.

O chamado BH, ou Brasileiro de Hipismo, vem se firmando nacionalmente, embora ainda sejam necessárias mais algumas décadas, depois de concluídos os cruzamentos, para se firmar uma raça.

Padrão racial[editar | editar código-fonte]

Cavalo leve, ágil e de grande porte; com altura superior a 1.65m.; perímetro torácico de 1.90m e perímetro de canela de 21cm.; cabeça média de perfil reto ou subconvexo; pescoço médio bem destacado do peito e espáduas; cernelha destacada; dorso bem ligado ao lombo e a garupa; membros fortes e andamentos briosos, relativamente elevados e extensos. Possuem excelente mecânica de salto, coragem, inteligência e elegância nos movimentos. São admitidas alazã, castanha, preta, tordilha e variedades. Andadura: trote.

Funcionalidade[editar | editar código-fonte]

Suas características e potencial o tornam apto para quaisquer modalidades de salto, adestramento, enduro, equitação, hipismo rural ou até mesmo atrelagem.

Bretão[editar | editar código-fonte]

O cavalo bretão é uma raça de cavalos de tração pesada originada em torno de 1830 na Bretanha, noroeste da França. Formou-se através de cruzamentos de animais das raças de tração Norfolk (inglesa), Ardennais, e Percheron (francesas) com éguas nativas de grande porte na bretanha.

No Brasil o Bretão é a raça de tração mais conhecida e difundida, e que possui maior plantel dentre as 3 raças de tração que existem oficialmente no Brasil .

O Brasil também tem o segundo maior plantel de bretões puros do mundo.

EMAPA em Avaré, estado de São Paulo, Brasil. Cavalo da raça Bretão.

Padrão racial[editar | editar código-fonte]

O Bretão é um cavalo de tração de porte médio, brevelínio, com temperamento dócil e de fácil manejo. Possui as seguintes características físicas:

- Cabeça - Quadrada de tamanho médio, fronte larga, chanfro largo e reto, às vezes levemente côncavo, olhos vivos, orelhas pequenas, narinas amplas, ganachas pouco volumosas.

- Pescoço - Forte, curto, de formato piramidal, de inserção baixa com o tronco, ligeiramente rodado, com crineira abundante e frequ entemente dupla.

- Tronco - Cilíndrico, amplo, com bom arqueamento de costelas. Peito largo, forte e musculoso. Cernelha forte e pouco pronunciada. Espáduas musculosas e inclinadas. Dorso e lombo curtos, largos, retos e fortes. Garupa larga, dupla e ligeiramente inclinada. Cauda com implantação regular. Linha ventral próxima do chão.

- Membros - Fortes, bem aprumados, com articulações amplas e resistentes. Canelas curtas e secas, com sólida ossatura. Quartelas pouco inclinadas, boletos largos com presença de pelos na região posterior e na coroa dos cascos. Antebraços e coxas musculosos e possantes. Jarretes largos bem alinhados e de angulação ampla. Cascos grandes e fortes.

- Pelagens - Alazã, castanha, e rosilha e suas variações, não sendo admitidas a tordilha, pampa e albina.

- Altura - Mínima de 1,52 m para machos e 1,47 m para fêmeas. Média ideal de 1,58m. E, podem chegar a 1,70m.

- Peso - Média de 650 kg para fêmeas e 850 kg para os machos, podendo chegar a 1.100 kg.

- Andamento - Trote, com movimentação ampla e desenvolta.

- Pelagens - alazã, castanha e a rosilha.

Funcionalidade[editar | editar código-fonte]

São exemplos de utilização do cavalo bretão: tração agrícola e urbana, atrelagem esportiva, passeios turísticos, desfiles, lazer, montaria, formação de mestiços com outras raças equinas ou muares, leves ou de tração, ou ainda como éguas amas de leite para cavalos de hipismo, PSI e outros.

[5]

História de Cassiano Campolina e a formação da raça Campolina.[editar | editar código-fonte]

Em 1870, Cassiano Campolina, nascido em 10 de julho de 1836, ganhou uma égua Medeia, já prenha de um Andaluz de D. Pedro II.[editar | editar código-fonte]

Deste cruzamento nasceu o potro batizado Monarca. A partir deu-se a formação da raça Campolina.

Cassiano tinha como principal objetivo formar cavalos de grande porte, ágeis, resistentes e de boa aparência. Para isso, selecionou e cruzou raças de cavalos como PSI, Anglo-Normando e Marchador conforme sua intuição e experiência.

Em 1904, após mais de 30 anos trabalhando firme em seu propósito, faleceu Cassiano Campolina. Mas, graças à dedicação e o empenho de seus amigos, a raça continuou a ser criada e aperfeiçoada.

Após aproximadamente 70 anos desenvolvendo a raça conforme as referências de cada criador, tornou-se necessário definir um padrão racial para que todos pudessem unir esforços e aperfeiçoar a raça conforme suas características oficiais.[6]

Padrão racial[editar | editar código-fonte]

É um cavalo de bom porte com altura média de 1.55m, cabeça com fronte ampla, perfil retilíneo ou subconvexo, orelhas de tamanho médio, olhos médios, narinas elípticas, pescoço forte e rodado em sua linha superior, o peito amplo, dorso e lombo médios, garupa levemente inclinada com saída de cauda não muito alta, sendo admitidas todas as pelagens. Membros fortes, geralmente com posteriores atrasados, seus andamentos são a marcha batida ou picada com tríplice apoio.[7]

Funcionalidade[editar | editar código-fonte]

São Ideais para passeio, enduro, tração ou lida com o gado, marcha batida ou picada; excelente para passeios e cavalgadas. As principais competições da raça são as provas de Marcha e Morfologia.

O cavalo crioulo[editar | editar código-fonte]

O Crioulo é o cavalo comum de origem ibérica, que foi melhorado na parte meridional da América do Sul (Sul do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, etc.).

Originários dos chimarrões, cavalos que retornaram ao estado selvagens, originados de 5 éguas e 7 cavalos trazidos da Andaluzia por Pedro de Mendoza e abandonados no Prata, depois da fundação da cidade de Buenos Aires, em 1535.

.Descendente dos animais ibéricos, a garupa genética é a do Berbere e a do Árabe. O cavalo desapareceu dos territórios americanos na Pré História, sendo reintroduzido somente na colonização ibérica. Os espanhóis, a partir da América Central, levaram o cavalo para o Norte, no México, e para o Sul, até o Peru.

Cavalo crioulo em uma propriedade localizada em Monte Alegre dos Campos.

Padrão racial

Características físicas:

- Descrição: Peso de 400 a 450 kg.

- Estatura: de 140 a 150 cm em média, tanto nos machos como nas fêmeas.

- Perímetro Torácico: de 170 a 186 cm - 175 em média.

- Pelagem: A pelagem dominante no Brasil, a gateada, que é um baio com fio do lombo e às vezes zebruras. Além dela encontram-se a moura, a rosilha a alazã, a zaina, a tordilha, sendo ainda frequente no Brasil as pelagens malhadas: oveira e tobiana, indesejáveis.

- Cabeça: Curta, cônica, de fronte larga e focinho fino. As ganachas são fortes e afastadas e a face curta, o chanfro curto e largo, o perfil direito ou levemente convexo.

- As orelhas são pequenas, móveis e afastadas e nos olhos grandes e separados, expressivos, de olhar inteligente e dócil. Pescoço: Bem ligado, ligeiramente rodado, amplo, largo, musculoso na base e de comprimento médio, com crinas abundantes e grossas.

- Corpo: Compacto e robusto. A cernelha é larga, forte, pouco saliente.

- O dorso e lombo são curtos e retos, musculados. - A garupa é média, bem forte, inclinada. A cauda tem sabugo grosso e é bem fornida. O peito é largo, profundo e musculoso e o tórax alto e arqueado.

- O ventre é cilíndrico e às vezes volumoso, devido à alimentação grosseira.

- O flanco é curto e cheio e a nádega curta.

- Membros: Os membros são curtos e fortes. As espáduas são longas, inclinadas, fortes.

- Os braços e cotovelos são fortes e aprumados.

- O antebraço longo, musculoso. As canelas curtas, largas e espessas, com tendões fortes e destacados. Os boletos são secos e redondos, as quartelas curtas e espessas, meio inclinadas e os cascos duros e proporcionados.

- Os joelhos e jarretes são largos e fortes, as coxas e as pernas musculosas, com um ângulo de jarrete nem aberto nem fechado.[8]

Funcionalidade[editar | editar código-fonte]

O Crioulo um cavalo de trabalho, ideal na lida com gado, para passeio e enduro, podendo ser usado para percorrer grandes distâncias.

O cavalo Mangalarga[editar | editar código-fonte]

Foram feitos cruzamentos com as raças Puro Sangue Inglês, Árabe, Anglo-Árabe e American Saddle Horse.

Assim sendo, desde a sua origem, o cavalo Mangalarga foi selecionado como animal de trabalho (lida com o gado) e esporte.

Com a fundação, em 1934, da Associação de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga, que posteriormente passou a chamar-se Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga, foi delegada à mesma, por ato do Ministério da Agricultura, a atribuição de efetuar o registro genealógico da raça, dentro de um padrão existente na época, baseado na elite dos animais existentes. Segundo as instruções para Registro Genealógico organizadas pelo Conselho Técnico daquela época, em seu artigo 7º dizia: “O cavalo Mangalarga, à medida que for melhorado, adquirirá formas mais harmoniosas no seu conjunto, desenvolvendo-se seus atributos de resistência e agilidade, de maneira a torná-lo um animal de sela por excelência, onde as qualidades sejam aproveitadas nos trabalhos de campo e nos esportes".

Padrão racial

Cavalo de altura média de 1.55m.; cabeça de perfil reto ou subconvexo; olhos grandes; orelhas médias; pescoço de comprimento médio, musculoso; cernelha näo muito destacada; dorso não muito curto; garupa semi obliqua; membros fortes; canelas curtas e quartelas com mediana inclinação que lhe permitem uma marcha trotada sem muita elevação e, portanto cômoda.[9]

Mangalarga Machador[editar | editar código-fonte]

A raça passou a ser cultivada a partir da criação do barão de Alfenas, cruzando um garanhão Alter Real, presente de D. Pedro II, com o rebanho mineiro dos Junqueira, de origem também ibérica.

Padrão racial

Características físicas:

-Peso de 350 a 400 quilos o macho (menor do que o Paulista).

-Estatura de 150cm no garanhão, com uma média de 151 e um mínimo de 146cm. Na fêmea 144cm, com um mínimo de 138cm.

-Perímetro torácico de 175cm no macho e 173cm na fêmea.

-Pelagens - As dominantes são a castanha e a tordilha. São também frequentes a báia e alazã, ocorrendo em menor proporção a negra, a branca, a rosilha, a lobuna e a pampa.

-Cabeça de tamanho médio e harmoniosa, com fronte larga e plana, de perfil retilíneo, tolerando-se o subcôncavo, ganachas delicadas e afastadas. Os olhos devem ser afastados, grandes, vivos, e de pálpebras finas. As orelhas são de tamanho médio, bem implantadas, atesouradas e móveis. A boca ser medianamente rasgada, com lábios finos, iguais, móveis e firmes. As narinas devem ser abertas e flexíveis.

-Pescoço leve, de comprimento médio, com crina rala e sedosa, harmoniosamente ligado à cabeça e de inserção bem definida. Deve ser piramidal e bem pôsto, tolerando-se o ligeiramente rodado.

-Corpo de porte médio, um pouco musculoso, entretanto prefere-se que seja de aparência leve e de musculatura bem proporcionada.

-A cernelha deve ser comprida, alta, musculosa e bem definida. O tórax profundo e amplo com costelas longas e arqueadas, o dorso e lombo curtos e direitos. Os flancos cheios e arredondados.

-A garupa longa, musculosa e bem ligada ao lombo e tão horizontal quanto possível. A cauda bem implantada, de inserção não alta, de sabugo curto e firme, ligeiramente curvada para cima na ponta, quando o animal se movimenta, com crina rala e sedosa. Órgãos genitais perfeitos.

-Membros fortes, com articulações salientes, firmes e bem aprumados. A espádua é musculosa; sem excesso e oblíqua.

-O braço curto e musculoso, o antebraço longo e musculoso, os joelhos direitos, largos e chatos, as coxas cheias, as pernas longas, fortes e bem aprumadas; os jarretes secos e aprumados; as canelas curtas, secas, limpas, com tendões fortes e bem delineados; os boletos devem ser largos e bem definidos; as quartelas médias, oblíquas e fortes e os cascos, arredondados, lisos, escuros, com a sola côncava e a ranilha elástica.[10]

Funcionalidade[editar | editar código-fonte]

Cavalo de sela por excelência ideal para passeios, cavalgadas e trabalho com gado.

Pampa[editar | editar código-fonte]

No Brasil, não há registro de uma data precisa da primeira introdução de animais pampas, mas acredita-se que a pelagem foi introduzida através de alguns poucos cavalos de origem bérbere, trazidos pelos colonizadores portugueses e, principalmente, pelos cavalos holandeses, quando da invasão de Pernambuco. Com estas raças, também foi introduzido no Brasil um tipo de andamento naturalmente marchado, razão pela qual o Pampa brasileiro apresenta, além de suas belíssimas variedades de pelagens, outro relevante fator diferencial de mercado: a marcha. Esta característica funcional qualifica o cavalo Pampa nacional como um eqüino ideal para o lazer - passeios, turismo eqüestre, cavalgadas, enduros de regularidade. No mercado internacional, um Pampa marchador é considerado de inestimável valor, e raridade!

Pampa Campolina Moderno.

Padrão racial

Características físicas:

Altura: mínima de 1,45m para os machos e de 1,40m para as fêmeas.

Cabeça - De tamanho médio, harmoniosa, fronte ampla e plana, ganachas afastadas.Perfil: retiléneo na fronte e chanfro. Olhos: afastados, expressivos, grandes, salientes, com pálpebras finas e flexéveis. Orelhas: proporcionais, de tamanho médio, paralelas, bem implantadas e bem dirigidas. Narinas; grandes, flexéveis e afastadas. Boca: de abertura média, lábios finos, justapostos e firmes.

Pescoço - Leve em sua aparência geral, oblíquo, proporcional, de boa musculatura, apresentando equilébrio e flexibilidade, de inserções bem definidas e harmoniosas, com sua borda superior ligeiramente rodada e retiléneo na borda inferior. Bem unido à cabeça por uma larga e limpa garganta, com inserção ao tronco no terço médio superior do peito. Crinas com cerdas (cabelos) finas e sedosas.

Tronco - Cernelha: bem definida e musculada;Peito: amplo, profundo, bem musculado e não saliente. Costelas: longas e arqueadas. Tórax: amplo e profundo. Dorso: de comprimento médio, proporcional, de boa direção, musculado, bem unido a cernelha e harmoniosamente ligado ao lombo. Lombo: curto, reto, largo, coberto por forte massa muscular, harmoniosamente ligado ao dorso e à garupa. Flancos: curtos e cheios;Garupa: longa, ampla, musculada, levemente inclinada com a região sacral não saliente e de altura não superior à da cernelha. Cauda; de inserção média, bem implantada, móvel, dirigida para baixo quando do animal em movimento, cerdas finas e sedosas.

Membros - Espáduas: longas, amplas, obliqua, de musculatura forte e bem distribuída. Braços: longos, musculosos, de boa angulação e bem articulados. Antebraços: longos, retos e musculosos. Joelhos: fortes, secos, bem articulados, e na mesma linha dos antebraços. Coxas: longas, amplas e musculosas. Pernas: fortes, longas e musculosas. Jarretes: fortes, secos, lisos, bem articulados e aprumados e livres de taras. Canelas: retas com tendões nítidos, sem estrangulamentos, sem taras duras ou moles. Boletos: definidos e bem articulados. Quartelas: médias, fortes, de boa angulação e bem articuladas. Cascos: médios e resistentes;Membros no conjunto: bem aprumados vistos de frente, de perfil e por trás, tolerando-se desvios parciais, porém penalizando aqueles considerados graves, tais como: anteriores - transcurvos, ajoelhados, cambaios, sobre-si (debruçados), acampados, emboletados e arriados de quartela; posteriores - jarretes muito fechados, com as pinças dos cascos excessivamente voltados para fora, acampados, excessivamente acurvilhados, emboletados e arriados de quartela.

Andamento - Qualquer modalidade de andamento natural a exceção da andadura nos machos.

Funcionalidade[editar | editar código-fonte]

Trata-se um animal ideal para atividades de lazer, turismo equestre, cavalgadas e enduros de regularidade.

Pecheron[editar | editar código-fonte]

Originário da região do nordeste da França, em Le Perche (províncias de Sarthe, Eure-et-Loir, Loir-et-Cher, L`Orne), o Percheron em sua formação recebeu misturas das raças Shire, Belga e Árabe. A elegância do Percheron, surpreendentemente numa raça tão pesada, fez parecer mais um árabe exageradamente crescido, e certamente alguns de seus ancestrais eram árabes. Ele deriva de cavalos orientais e normandos, misturados há muitos séculos e posteriormente cruzados com raças pesadas de tração, aparentemente cruzados novamente com poucos árabes.

Aprimorada e definida em padrão através dos tempos, a raça se espalhou pelo mundo, principalmente para o continente americano, onde é amplamente utilizada, geralmente em áreas de relevo acidentado. Animal de porte vigoroso e bom tamanho é ao mesmo tempo dócil, manso e fácil de domar.

Na França, atualmente, existem quatro tipos de Percheron: Auge, Berry, Loire, Maine e Nivernais. Eles não são incluídos no Stud Book do Percheron e possuem os seus próprios separadamente.

Na Grã-Bretanha, o Percheron tem sido criado visando à exclusão de toda a pelagem de suas patas e é muito usado para o cruzamento com o Puro Sangue Inglês para produzir o tipo perfeito de cavalo de caça de peso pesado.

Padrão racial

Características físicas:

Altura: 1,60 a 1,70m. Cor: Preto e Tordilho. Peso: 900 a 1.000 kg.

Cabeça - quadrada e grossa na extremidade, chanfro reto e plano, olhos vivos, orelhas relativamente pequenas, narinas dilatadas, mucosas geralmente escuras. Pescoço - proporcionado, musculoso, um tanto rodado, bem implantado e munido de abundantes crinas, às vezes onduladas. Tronco - cilíndrico e profundo; cernelha saliente; linha dorso-lombar reta e curta; garupa reta, longa, ligeramente fendida e às vezes um pouco inclinada; cauda de implantação alta e bem provida de crinas; nádegas bem descidas; peito largo; costelas longas e bem arqueadas. Membros - fortes, musculosos, com articulações largas e nítidas; coxas musculosas; canelas curtas; machinhos providos de pêlos; quartelas pequenas; cascos bem proporcionados, alto e resistentes. Pelagem- tordilha rodada.

Funcionalidade[editar | editar código-fonte]

É o cavalo de tração mais conhecido no mundo.

Os andamentos naturais são: passo, trote e galope curto, sendo que para um animal de seu porte, o Percheron apresenta andamento ágil e leve.

Puro-Sangue[editar | editar código-fonte]

O Cavalo Puro Sangue Inglês é também conhecido por Thoroughbred, Inglês de corridas ou Puro-Sangue de carreira. Há muitos séculos que se praticava a corrida de cavalo na Inglaterra. A fim de melhorar sua velocidade, desde o século XVI se fez importações de cavalo orientais, até o reino de Carlos XI (1660-1685), o qual importou duas éguas berberes que muito influíram na formação da cinqüenta "Royal Mares", que constituíram a base da formação do P.S. inglês ao lado dos garanhões "Godolphin", "Byerley" e "Darley'.

Padrão racial

Características físicas:

- Pelagem – preto (uniforme), castanha (com suas variações), alazão e todilho (com suas variações).

- Altura – em torno de 1.60m.

- Peso – aproximadamente 450kg.

- Temperamento – energético, de grande vitalidade e às vezes indóceis.

- Cabeça – perfil reto ou levemente ondulado, olhos grandes e expressivos, pálpebras finas, narinas grandes, finas e dilatadas nas asas, orelhas esbeltas, finas e móveis.

- Pescoço – reto e bem musculoso, comprido e bem unido ao tronco, crina fina e discretamente abundante.

- Cernelha – discretamente elevada e musculosa na base.

- Dorso – reto, comprido e musculoso, largura proporcional, em união reta com a região lombar.

- Lombo – largo, curto em prolongamento reto ao dorso e bem unido a garupa, formando um só corpo.

- Peito – visto de frente deve ser ligeiramente estreito e sem exagero de profundidade para conservar a harmonia.

- Tórax – visto de perfil deve dar a impressão de grande capacidade pulmonar, tão comprido quanto possível, com costelas compridas e pouco arqueadas com tendência à direção caudal.

Funcionalidade[editar | editar código-fonte]

Corridas planas ou com obstáculos, salto, adestramento e concurso completo de equitação.

O cavalo inglês é especializado na alta velocidade, alcançando 15 a 18 metros por segundo, porém o que ganha em velocidade, perde em resistência. Seus "meios-sangues" são também utilizados para fins desportivos, notadamente equitação.[11]

Puro Sangue Lusitano[editar | editar código-fonte]

Cavalo de “sangue quente” como o Puro Sangue Inglês e o Puro Sangue Árabe, o Puro Sangue Lusitano é o produto de uma seleção de milhares de anos, o que lhe garante uma “empatia” com o cavaleiro superior a qualquer raça moderna.

A linhagem Andrade, com origem em éguas e garanhões espanhóis, que a partir da década de 70, e com o garanhão “Martini” e com um programa de consaguinidade mais apertada, se conseguiu obter uma linhagem com características guerreiras. A linhagem Veiga, a verdadeira linhagem Lusitana, o verdadeiro cavalo “Filho do Vento”, descendente das antigas éguas, filhas de Podarge, e Neptuno, dos cavalos de Aquiles, Xanto e Balios, nascidos e criados na zona de Elasippos, filho de Poseidon (Neptuno) e donde deriva a palavra Olisipo, hoje Lisboa.

Ulysses, um cavalo de Lusitano (Puro Sangue Lusitano) em sua baia , com descrição de acompanhamento.

Padrão racial

Características físicas:

- Altura média de 1.60m; cabeça com perfil subconvexo; orelhas médias e muito atentas; pescoço arredondado em sua linha superior; garupa arredondada; movimentos ágeis, elevados, briosos e extensos e com grande facilidade para a reunião. Sua pelagem predominante é a tordilha seguida da castanha, sendo admitidas a baia, alazã e a preta. Sua seleção de milhares de anos lhe garante uma grande afinidade com os ginetes, muito superior a quaisquer raças modernas.

- Tipo: eumétrico (peso cerca dos 500 kg); mediolínio; subconvexilínio (de formas arredondadas) de silhueta inscritível num quadrado.

- Altura: média ao garrote, medida com hipómetro aos 6 anos: fêmeas - 1,55 m; e machos - 1.60 m.

- Pelagem: As mais frequentes são a ruça e a castanha em todos os seus matizes.

- Temperamento: nobre, generoso e ardente, mas sempre dócil e sofredor.

- Andamentos: ágeis e levados projectando-se para diante, suaves e de grande comodidade para o cavaleiro.

- Aptidão: tendência natural para a concentração, com grande predisposição para exercícios de Alta Escola e grande coragem e entusiasmo nos exercícios da gineta (combate, caça, toureio, maneio de gado, etc.).

- Cabeça: bem proporcionada, de comprimento médio, delgada e seca, de ramo mandibular pouco desenvolvido e faces relativamente compridas, de perfil levemente subconvexo, fronte levemente abaulada (sobressaindo entre as arcadas supraciliares), olhos sobre o elíptico, grandes e vivos, expressivos e confiantes. As orelhas são de comprimento médio, finas, delgadas e expressivas.

- Pescoço: de comprimento médio, rodado, de crineira delgada, de ligação estreita à cabeça, largo na base, e bem inserido nas espáduas, saindo do garrote sem depressão acentuada.

- Garrote: bem destacado e extenso, numa transição suave entre o dorso e o pescoço, sempre levemente mais elevado que a garupa. Nos machos inteiros fica afogado em gordura, mas destaca-se sempre bem das espáduas.

- Peitoral: de amplitude média, profundo e musculoso.

- Costado: bem desenvolvido, extenso e profundo, com costelas levemente arqueadas, inseridas obliquamente na coluna vertebral, proporcionando um flanco curto e cheio.

- Espáduas: compridas, obliquas e bem musculadas.

- Dorso: bem dirigido, tendendo para o horizontal, servindo de traço de união suave entre o garrote e o rim.

- Rim: Curto, largo, musculoso, levemente convexo, bem ligado ao dorso e à garupa com a qual forma linha contínua e perfeitamente harmônica.

- Garupa: forte e arredondada, bem proporcionada, ligeiramente oblíqua, de comprimento e largura de dimensões idênticas, de perfil convexo, harmónico e pontas das ancas pouco evidentes conferindo à garupa uma secção transversal elíptica. Cauda saindo no seguimento da curvatura da garupa, de crinas sedosas, longas e abundantes.

- Membros: braço bem musculado, harmoniosamente inclinado. Antebraço bem aprumado e musculado. Joelho seco e largo. Canelas sobre o comprido, secas e com tendões bem destacados. Boletos secos relativamente volumosos e quase sem machinhos. Quartelas relativamente compridas e obliquas. Cascos de boa constituição, bem conformados e proporcionados, de talões não muito abertos e coroa pouco evidente. Nádega curta e convexa. Coxa musculosa, sobre o curto, dirigida de modo a que a rótula se situe na vertical da ponta da anca. Perna sobre o comprido, colocando a ponta do curvilhão na vertical da ponta da nádega. Curvilhão largo, forte e seco. Os membros posteriores apresentam ângulos relativamente fechados.

Funcionalidade[editar | editar código-fonte]

É um cavalo versátil cuja docilidade, agilidade e coragem lhe permitem atualmente competir em quase todas as modalidades do moderno desporto equestre: adestramento, alta escola, salto, enduro e tração ligeira, sendo, no entanto imbatíveis no toureio equestre.

Quarto de Milha[editar | editar código-fonte]

A raça Quarto de Milha foi a primeira a ser desenvolvida na América. Ela surgiu nos Estados Unidos por volta do ano de 1600. Os primeiros animais que a originou foram trazidos da Arábia e Turquia à América do Norte pelos exploradores e comerciantes espanhóis.

Os garanhões escolhidos eram cruzados com éguas que vieram da Inglaterra, em 1611. Os cruzamentos produziram cavalos compactos, com músculos fortes, podendo correr distâncias curtas mais rapidamente do que nenhuma outra raça.

Padrão racial

Características físicas:

- Pelagem - admite-se que a pelagem do Quarto de Milha possa ser alazã, alazã tostada, baia, baia amarilha ou palomina, castanha, rosilha, tordilha, lobuna, preta e zaina. Não serão admitidos, para registro, animais pampas, pintados e brancos, em todas as suas variedades.

- Andamento - harmonioso, em reta, natural, baixo. O pé é levantado livremente e recolocado de uma só vez no solo, constituindo-se no trote de campo.

- Altura - são cavalos cuja altura é, em média, de 1,50 m. São robustos e muito musculados.

- Peso - 500 quilogramas, em média.

- Cabeça - pequena e leve. Em posição normal, deve-se ligar ao pescoço em ângulo de 45º. Perfill anterior reto.

- Faces - cheias, grandes, muito musculosas, redondas e chatas, vistas de lado; discretamente convexas e abertas de dentro para fora, vista de frente, o que proporciona ganachas bem mais largas que a garganta. Desta forma, a flexão da cabeça é muito acentuada, permitindo grande obediência às rédeas.

- Fronte - ampla.

- Orelhas - pequenas, alertas, bem distanciadas entre si.

- Olhos - grandes e, devido ao fato de a testa ser larga, bem afastados entre si permitindo um amplo campo visual, tanto para a frente como para trás, ao mesmo tempo, com o mesmo olho.

- Narinas - grandes.

- Boca - pouco profunda, permitindo grande sensibilidade às embocaduras.

- Focinho - pequeno.

- Pescoço - comprimento médio. Deve inserir-se no tronco em ângulo de 45º porém, bem destacado do mesmo. Somente a junção entre o pescoço e a cernelha deve ser gradual.

- Musculatura - bem pronunciada, tanto vista de lado, como de cima. As fêmeas têm pescoço proporcionalmente mais longo, garganta mais estreita e desenvolvimento muscular menor. O Quarto de Milha, quando em trabalho, mantém a cabeça baixa, podendo, assim, usá-la melhor e permitindo ao cavaleiro uma perfeita visão sobre ela.

- Tronco - da cernelha ao lombo deve ser curto e bem musculado: Não "selado" especialmente nos animais de lida. Isto permite mudanças rápidas de direção e grande resistência ao peso do cavaleiro e arreamentos. De perfil, é aceitável o declive gradual de 5º a 8º da garupa à base da cernelha. O vértice da cernelha e a junção do lombo com a garupa devem estar aproximadamente no mesmo nível.

- Cernelha - bem definida, de altura e espessura médias.

- Dorso - bem musculado ao lado das vértebras e, visto de perfil, com muita discreta inclinação de trás para frente. Tendo aparência semi-chata, o arreamento comum deve cobrir toda essa área.

- Lombo - curto, com musculatura acentuadamente forte.

- Garupa - longa, discretamente inclinada, para permitir ao animal manter os posteriores normalmente embaixo da massa (engajamento natural).

- Peito - profundo e amplo. O peito visto de perfil, deve ultrapassar nitidamente a linha dos antebraços, estreitando-se porém, no ponto superior da curvatura, de forma a diferenciar-se nitidamente do pescoço. Vista de frente, a interaxila tem forma de "V" invertido, devido à desenvolvida musculatura dos braços e antebraços.

- Tórax - amplo, com costelas largas, próximas, inclinadas, elásticas. O cilhadouro deve ser bem mais baixo que o codilho (ambos localizados nos membros anteriores).

Membros Anteriores

- Braços - musculosos, interna e externamente.

- Antebraços - o prolongamento da musculatura interna dos braços proporciona ao bordo inferior do peito, quando visto de frente, a forma de "V" invertido, dando ao cavalo a aparência atlética e saudável. Externamente, a musculatura do antebraço também é pronunciada. O comprimento do antebraço é um terço a um quarto maior que a canela.

- Joelhos - vistos de frente são cheios, grandes e redondos; vistos de perfil, retos e sem desvios.

- Canelas - não muito curtas. Vistas de lado, são chatas, seguindo o prumo do joelho ao boleto; vista de frente, igualmente sem desvios.

- Quartelas - de comprimento médio, limpas, em ângulo de 45º, idêntico a da espádua, e continuam pelos cascos com a mesma inclinação.

- Cascos - de tamanho médio, formato aproximadamente semi-circular, com talões bem afastados, sem desvios.

Membros Posteriores

- Coxas - longas, largas, planas, poderosas, bem conformadas, fortemente musculadas, mais largas que a garupa.

- Pernas - muito musculosas. Essencialmente importante é o desenvolvimento muscular homogêneo, tanto interna, quanto externamente.

Funcionalidade[editar | editar código-fonte]

Muito usado no campo, se destaca em provas funcionais que exigem agilidade e/ou velocidade, tais como: tambor e baliza, vaquejada, laço, rédeas, apartação, corridas, working cow horse, team penning, entre outras.[12]

Shire[editar | editar código-fonte]

Cavalo da região do Shire (Inglaterra) foi muito utilizado nas batalhas medievais. Ao contrário da maioria dos cavalos de grande altura, o Shire não só suportava o peso do cavaleiro equipado com a armadura, mas também conseguia correr à vontade no terreno.

Com a Revolução Industrial, o Shire começou a entrar em desuso, tanto no transporte de pessoas e mercadorias, como nos trabalhos agrícolas.Estes fatores lançaram o Shire numa luta pela sobrevivência. Hoje em dia, existem cerca de 5 mil exemplares em estado selvagem. Apesar de lenta, a recuperação da raça começa a vigorar.

Padrão racial

É o maior cavalo do Reino Unido, talvez do mundo, medindo até 1,80m nos ombros.Possuem cascos enormes, que lhes dão estabilidade em terrenos irregulares.

A natureza gentil do Shire, seu corpo musculoso e firme e as pernas fortes fizeram dele o cavalo ideal para a lavoura. Consegue puxar carregamentos de até 6 vezes o seu peso. Os Shires fazem bela figura nos desfiles, com a crina e o rabo enfeitados.

Os primeiros registros dessa raça datam do século XI, o que a faz ser uma das mais antigas e bem definidas raça de cavalos de sangue frio do mundo.[13]

Cor: Preto, marrom, bege ou cinza.

Altura: mínimo de 1,73 metros; máximo de 1,83 metros.

Olhos: Grandes, escuros e alertas. Tem uma cabeça forte e uma linda crina. A cauda é implantada alta. A cabeça e a cauda estão sempre eretas. Quando em movimento, apresenta força.

Éguas: Seguem as características principais da raça, exceto na altura sendo um pouco menor e tem uma aparência mais corpulenta e feminina. A égua tem ancas largas e grandes, para ter espaço suficiente para carregar o potro em seu útero.

Funcionalidade[editar | editar código-fonte]

Tiro pesado, espetáculos.

Tantas características e aptidões, fazem com que este animal tenha tanto apreço e reconhecimento ao redor do mundo.


Ligações externas:[editar | editar código-fonte]

Fontes :[editar | editar código-fonte]

Referências:[editar | editar código-fonte]

  1. «Raças». reocities.com. Consultado em 25 de fevereiro de 2017 
  2. «Principais raças de cavalos do Brasil - Gestão no Campo». www.gestaonocampo.com.br. Consultado em 25 de fevereiro de 2017 
  3. Treinamento, Equipe de redação do Tecnologia e. «Características específicas e aptidões de algumas raças de cavalos - Tecnologia e Treinamento». Tecnologia e Treinamento 
  4. «Conheça as principais raças de cavalo». Terra 
  5. «cavalo bretao». cavalo bretao. Consultado em 25 de fevereiro de 2017 
  6. «Campolina, Cavalo, Características, Origem, História, Campolina». Portal São Francisco 
  7. Comunicação, Confraria da. «Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina». www.campolina.org.br. Consultado em 25 de fevereiro de 2017 
  8. «Home :: ABCCC - Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos». ABCCC - Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos. Consultado em 25 de fevereiro de 2017 
  9. «ABCCRM - Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo da Raça Mangalarga». www.cavalomangalarga.net.br. Consultado em 25 de fevereiro de 2017 
  10. «Mangalarga Marchador, Cavalo, Características, Origem, História, Mangalarga Marchador». Portal São Francisco 
  11. «Domain Default page». www.acpccp.com.br (em inglês). Consultado em 25 de fevereiro de 2017 
  12. Web, iClouds Sistemas. «ABQM - Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha». ABQM - Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (em inglês). Consultado em 25 de fevereiro de 2017 
  13. «A História da Raça Shire». www.shirehorses.com.br. Consultado em 26 de fevereiro de 2017 

Bibliografia:[editar | editar código-fonte]

  • Livro Enciclopedia of The Horse by Alexander Mackay-Smith