Usuário(a):Geovannaandrade/Testes

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O pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens) é uma ave piciforme pertencente à família Picidae. O nome Pica Pau da cabeça amarela é decorrência do vistoso topete amarelo que apresenta em sua cabeça.Trata- se de uma espécie pouca conhecida entre as outras, pela falta de pesquisas e estudos sobre o animal.

Mede em média 27 cm e pesa entre 110 e 165 gramas. Está presente desde a margem norte do baixo Rio Amazonas até o Rio Grande do Sul, sendo encontrado também no Paraguai e Argentina. Habita bordas de florestas altas, florestas de galeria e pomares. Alimenta-se de frutos no alto das árvores, descendo ao solo para comer formigas. O macho apresenta uma faixa vermelha nas laterais da cabeça, próximo à base do bico.

A batida do bico no tronco da árvore é característica das espécies de Pica-pau.

Seus outros nomes comuns são joão-velho, ipecuati[1], cabeça-de-velho e pica-pau-velho. No Rio Grande do Sul, também é chamado de bico-chã-chã.encontrado também na chapada do araripe em Jardim Ceará

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Alimenta-se de insetos, larvas, formigas, cupins das árvores e de grande variedade de frutas e bagas. Já foi documentado tomando néctar de flores em duas espécies de plantas do dossel, Spirotheca passifloroides (Bombacaceae) e Schwartzia brasiliensis (Marcgraviaceae), em Mata Atlântica do sudeste do Brasil.

O Celeus flavescens também age como polinizador, ele toca as anteras e os estigmas com sua cabeça e pescoço quando visita várias flores de plantas diferentes, algumas destas produzem néctar abundante e diluído. Tanto o consumo do sumo de fruta ou um néctar das flores é uma atividade simples para Celeus flavescens. Pois sua língua longa, preenchida de farpas ou pontas em forma de escova (Winkler & Christie 2002) pode ser tão apropriada para extrair suco de frutas maduras quanto sorver o néctar das flores.

Reprodução[editar | editar código-fonte]

Constrói o ninho em buracos de formigueiros que ficam nas arvores, principalmente, árvores velhas e de grande porte, o casal elabora uma cavidade na madeira a cada período reprodutivo onde coloca de 2 a 4 ovos, que desenvolvem-se em tempo curto, de aproximadamente 12 dias.Nesse período o macho e a fêmea dividem as tarefas. O macho colabora com sua parceira chocando e cuidando dos filhotes também.Os filhotes permanecem no ninho por 1 mês, no mínimo, mesmo já tendo capacidade de vôo. Os filhotes ainda com poucos dias de nascido, agarram-se às paredes das árvores e começam a martelar como os pais, e um pouco mais tarde emitem o canto característico dos pais. Seus ninhos são utilizados por várias aves, como psitacídeos, mamíferos, como o mico-leão. Muitas vezes, estes animais se instalam em seus ninhos, expulsando os pica-paus.

Subespécies[editar | editar código-fonte]

Celeus flavescens flavescens (Gmelin, 1788) – Subespécie apresenta coloração preta no ventre e asas. Há evidencias no Sul da Bahia ao Rio Grande do Sul, Paraguai e Argentina.

Celeus flavescens intercedens (Hellmayr, 1908) – Subespécie é tão escura quanto a espécie nominal, porém, mais amarronzada no abdômen, é comum apresentar tons castanhos nas asas. Ocorre do Oeste da Bahia até Goiás e Minas Gerais.

Relação com a cidade[editar | editar código-fonte]

Os pica paus em geral são muito úteis para a conservação do ciclo da natureza, pois se alimentam de cupins, formigas e seus ovos, além de outros insetos nocivos à madeira. Sua presença em determinados habitats pode até servir como indicador de área verde intacta.

Ameaças[editar | editar código-fonte]

O pica-pau-da-cabeça-amarela sofre ameaça pela alteração do seu habitat natural, se encontra na Lista vermelha de espécies ameaçadas da Bahia e na lista de animais ameaçados de extinção do Ministério do Meio Ambiente. Segundo especialistas, as causas são claras e envolvem as ações humanas. Isso porque, por habitar muitas regiões serranas, a ave sofreu com construções de estradas, ferrovias, entre outras, que o fizeram sofrer com a perda de seu habitat e, consequentemente, de sua população. Além do mais, o desmatamento da mesma forma foi um fator decisivo na redução da espécie, já que o animal se alimenta, basicamente, de insetos na casca e interior de árvores. Logo, com as queimadas e a ausência das mesmas, a espécie ficou sem alimento, ocasionando a morte de muitos animais.

Em contra partida o reflorestamento das áreas desmatadas com plantações de pinheiros, eucaliptos e capoeiras nativas não contribui com o desenvolvimento da espécie que dependem de arvores altas e ocas para abrigo e  construção de seus ninhos. O imoderado uso de inseticidas prejudica muito a espécie, pois, consomem grandes quantidades de insetos.

Curiosidades[editar | editar código-fonte]

O pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens) é a ave símbolo do Observatório de Aves - Instituto Butantan.É tido como um dos mais belos pica-paus do Brasil oriental.. Ele mede 27 cm e sua coloração muitas vezes varia conforme seu habitat. A variação vai do amarelo ao caramelo, com barras na parte superior reduzidas a manchas. A espécie exala um forte cheiro tipicamente resinoso. O cheiro é aderente à plumagem, talvez motivado por derivados graxos da glândula ou das próprias penas. O pica-pau-de-cabeça-amarela é encontrado geralmente em casais ou em grupos familiares de 3 a 4 indivíduos. Tamborila em sequência rápida.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Ipecuati" é oriundo do termo tupi ïpe'ku a (abreviatura de a'kã) ti (abreviatura de ting), que significa "pato de cabeça branca"[2]. Celeus flavescens é um termo latino que significa "esconder amarelado"[3]. Estes dois nomes, assim como "pica-pau-de-cabeça-amarela", "joão-velho", "cabeça-de-velho" e "pica-pau-velho", são referências a sua cabeça amarelada, que lembra os cabelos brancos de um velho.

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 325.
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 966.
  3. http://translate.google.com.br/

4. Sick, H. 1997. Ornitologia Brasileira. Ed. Nova Fronteira. Rio de Janeiro, RJ. 5.Hofling, E & Camargo, H. F.A. 1993. .Aves no Campus. Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, São Paulo. 126 p.

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