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Niobio Cash
Desenvolvedor Marconi Soldate
Plataforma x86, ARM
Lançamento novembro de 2017
Licença GNU
Estado do desenvolvimento Corrente (1.3.3)
Repositório https://github.com/niobio-cash

Nióbio Cash (sigla NBR) é uma criptomoeda brasileira de código aberto, baseada no Karbo, que é baseada no Bytecoin[1]. Essa criptomoeda tem entre seu objetivos financiar pesquisas referentes às riquezas naturais do Brasil, em especial do nióbio e criar uma alternativa para o comércio brasileiro. Com a finalidade de investir em pesquisas, a partir de 8 de dezembro de 2017, 5% das moedas mineradas pelas fazendas de mineração parceiras serão destinadas ao patrocínio de pesquisas das potencialidades do mineral nióbio e outros 5% financiarão o desenvolvimento e evolução da criptomoeda.[2]

Especificações[editar | editar código-fonte]

  • Privacidade: CriptoNote
  • Possibilidade de Mineração na própria carteira
  • Não foi pré-minerada
  • Não é uma ICO
  • Possui 336 milhoões de unidade, 16 vezes maior que Bitcoin gold
  • Altoritmos:
    • Força de trabalho: Cryptonight Heavy
    • Ajuste de Dificuldade: LWMA - Light Weight Moving Average
  • Tempo de bloco: 4 minutos (com possibilidade de ajuste no futuro)
  • Tamanho do bloco: dinâmico
  • Curva de emissão:
    • 65% até o final de 2024
    • 87% até o final de 2030
    • 95% por volta de 2043

História[editar | editar código-fonte]

A ideia do projeto surgiu em uma conferência, onde o fundador Marconi Soldate conheceu melhor sobre criptomoedas e se interessou por imediato por reunir assuntos de interesse dele. Com a ideia de criar uma criptomoeda nacional, ele parafraseou uma entrevista com ex-candidato a presidência da República e já falecido Enéas sobre utilizar o nióbio como lastro para a nova moeda brasileira.[3]

A estrutura base do NBR nasceu pequena, mas com decorrer do tempo, atraiu os olhares de pequenas iniciativas ao redor do Brasil, principalmente de curiosos sobre o que é criptomoeda, criptografia, aprender a minerar ou simplesmente participar de alguma forma[3]. Nesse sentido, com a crescente procura e contribuição de várias pessoas e prezando organização e intenção de transparência, a equipe construiu um roadmap do projeto.

Um dos objetivos do NBR é o investimento de pesquisas, não só sobre o mineral nióbio como de outros minerais brasileiros. Essa ideia surgiu principalmente por causa da área de atuação do Marconi e a participação em conferências, vendo a importância das pesquisas nacionais.

Karbo[editar | editar código-fonte]

Com sua origem no final de 2017, as criptomoedas já tiveram tempo razoável para testarem suas tecnologias, testarem o desempenho em transações, minerações, números de usuários, privacidade e segurança. Esses fatores, junto com a presença de uma interface "amigável" para o usuário, permitiu o NBR ter surgido como um fork de uma criptomoeda também recente, mas fundamentada e promissora.

Karbo, simplificação do termo Karbowanec, vem de uma forma antiga de registrar dívidas e posses na Ucrânia. Basicamente era utilizado um bastão de madeira, que ao ser dividido no meio (por possuírem irregularidades naturais e distintas) as duas metades se combinam, fornecendo uma proteção simples e eficaz contra falsificação. O karbowanec foi muito utilizado em vários momentos da Ucrânia, com isso, tornou-se uma palavra muito conhecida na região e possuía muitas associações com “dinheiro”, não só na Ucrânia, mas em países vizinhos, como a Rússia.[4]

Atualmente, o karbowanec como "moeda" física é obsoleta, e foi substituída pela grívnia ucraniano. No entanto foi ressuscitada na forma digital de criptomoeda, principalmente por possuir um sistema que se assemelhava ao funcionamento da blockchain.

Seu funcionamento baseia-se nos princípios da escola austríaca de economia, que enfatiza o poder de organização espontânea do mecanismo de preços. Eles tendem a enfatizar a natureza orgânica, subjetiva e evolutiva da dinâmica do mercado, defendendo a forte proteção dos direitos de propriedade privada e a estrita aplicação de acordos contratuais voluntários entre os agentes econômicos como a melhor maneira de facilitar o intercâmbio econômico[4]. Com isso seus estudiosos consideram grande parte da economia dominante uma forma de "charlatanismo econômico".[4]

O Karbo surgiu assim, com a proposta de um meio de troca livre: sistema igualitário, descentralizado com maior privacidade, onde o valor de suas unidades é baseado apenas na oferta e demanda no mercado, a emissão depende de um algoritmo matemático constante, onde todos podem participar de emissões de karbos, sem precisar de computadores especializados para minerá-los.[4]

Metodologia[editar | editar código-fonte]

A escola austríaca baseia-se no conceito filosófico de individualismo, sendo a sua visão aristotélica/racionalista da economia divergente das teorias econômicas neo-clássicas que dominam atualmente, baseadas numa visão platônica/positivista da economia.[5]

Essa escola considera o Individualismo metodológico como única fonte válida para a determinação de teorias econômicas, ou seja, dada a complexidade e infinitos fatores que influenciam as decisões econômicas dos vários indivíduos numa sociedade, a única forma válida de explicar essas decisões é estudar quais os princípios fundamentais que regem todas as ações humanas. E nesses estudos, preocupa-se em analisar quais os conceitos e implicações lógicas por detrás das preferências e escolhas dos indivíduos, considerando verdadeiras apenas as leis econômicas que são válidas independentemente do tempo ou lugar em que se aplicam.[6]

Bitcoin vs Karbo[editar | editar código-fonte]

A principal diferença entre o Bitcoin e o Karbo é a fungibilidade do dinheiro, ou seja, todas as unidades de uma denominação têm o mesmo poder de compra. No Bitcoin todos podem ver a qualquer momento todas as transações nas contas de todos e quaisquer participantes e ver quantos bitcoins estão no saldo de um endereço. Já com o Karbo, os endereços únicos e assinaturas em anel de transações estão fornecendo resistência à análise do blockchain, pois a cada nova transação, o nível de proteção e de obstáculos é adicionado para ofuscar as analises das operações financeiras.[4]

Outro ponto que diferencia o Bitcoin e o Karbo é como eles tratam a deflação das suas moedas.

O valor do Bitcoin pode mudar significativamente em um curto período de tempo, por causa das flutuações voláteis, quando há muitas transações acontecendo, pode levar dias para registrar todas elas, durante o qual o valor do Bitoin poderia ter mudado para outro valores. Nesse processo os comerciantes podem perder dinheiro se bloquearem um preço com um cliente e o valor do Bitcoin cai antes que a transação seja concluída. Por muitos comerciantes já saberem disso, mesmo não sendo um risco grande, eles estão dispostos a aceitar taxas mais altas para acelerar a gravação das transações. E o processo complica ainda mais, com o aumento de usuários, o que aumenta diretamente proporcional ao número de transações, fazendo essas taxas serem mais altas, para acelerarem a gravação das novas transações no blockchain. [7]

Pois, quanto mais cedo for gravada a transação, mas cedo o usuário poderá gastar, vender as moedas recebidas ou marcar o acordo como concluído.[7]

Já o Karbo (ou KRB), utiliza um método de "emissão da cauda", reduzindo sua deflação natural. A necessidade de se integrar esse formato era de não depender de taxas para incentivar a mineração. De formal geral, a "emissão da cauda" (como no Monero) funcionaria assim:

  • Após a recompensa por bloco, irá reduzir para 1 KRB e não vai reduzir ainda mais, mas vai ficar nesse nível constantemente.
  • Isso vai acontecer em aproximadamente 7 anos ou depois de chegar a 97% da oferta inicial de moeda de 10 milhões de KRB.
  • Isso significa que teoricamente, a emissão infinita, mas lenta, com um aumento de pouco mais de 1% por ano para o fornecimento inicial. exemplo: cerca de 130 000 KRB por ano adicionalmente.

Dessa forma, teríamos no Karbo:

  • Desaceleração da deflação
  • Estimular os mineiros pela mineração, não dependendo apenas de taxas, pois como o tamanho de bloco é adaptativo, dificultando a criação de taxas. Isso significa que não haveria aumento de taxas, somente para manter.

No entanto, foi observado que esse modelo não é de todo bom, pois não respondia bem as mudanças de preço que são representados no blockchain, pela dificuldade de alcançar uma baixa volatilidade. Problema encontrado principalmente ao ser usado como uma moeda ao invés de uma loja valor (o que seria necessário posteriormente, depois de sua fase inicial de adaptação ao mercado), e nessa situação, tratar como moeda deflacionária não seria adequado. Nessa situação, a proposta de transformar a "emissão da cauda" para "emissão adaptativa", para criar "metas de inflação". Isso faria a porcentagem fixa de 1% ser agora dinâmica.[7]

Nióbio[editar | editar código-fonte]

O Brasil concentra 98% das reservas conhecidas de nióbio no mundo, 842,46 milhões de toneladas.[8] E esse valor fica ainda mais evidente por existirem poucas minas de nióbio com viabilidade econômica, o que torna o Brasil um potencial na área de mineração, exportação e metalurgia. O Brasil é historicamente o primeiro produtor mundial de nióbio e ferronióbio (uma liga de nióbio e ferro) e é responsável por 75% da produção mundial do elemento.[9][10]

Em Minas Gerais estão as maiores reservas brasileiras de pirocloro[11] (principal mineral do nióbio). A liga de ferronióbio é produzida através de uma sociedade em conta de participação, cuja Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) figura como sócio participante e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) como sócio ostensivo, cujo acionista majoritário é o grupo Moreira Salles.[12][13]

Produção[editar | editar código-fonte]

Embora as ligas metálicas (em especial as usadas na produção de aços utilizados em tubos de gasoduto) contenham no máximo 0,1 % de nióbio, esta pequena porcentagem confere uma grande resistência mecânica ao aço.

A estabilidade térmica das superligas que contêm nióbio é importante para a produção de motores de aeroplanos, na propulsão de foguetes e em vários materiais supercondutores. As ligas supercondutoras do tipo II, também contendo titânio e estanho, são geralmente usadas nos ímãs supercondutores usados na obtenção das imagens por ressonância magnética. Outras aplicações incluem a soldagem, a indústria nuclear, a eletrônica, a óptica, a numismática e a produção de joias.

Pesquisas[editar | editar código-fonte]

Algumas universidades brasileiras, como a USP, UNESP e da UFRJ, pesquisam as características do nióbio, a fim de desenvolver tecnologias no setor de supercondutores, na geração e transmissão de energia elétrica, no sistema de transporte e na mineração, sendo amplamente empregados na construção de equipamentos químicos, mecânicos, aeronáuticos, biomédicos e nucleares.[14]

O Projeto Nióbio no Departamento de Engenharia de Materiais - DEMAR da Escola de Engenharia de Lorena - EEL da Universidade de São Paulo - USP Lorena em 1975-1976 sob comando do Dr. José Walter Bautista Vidal, secretário de tecnologia industrial do então Ministério da Indústria e do Comércio do Brasil. Atualmente, os institutos de física e de materiais pesquisam sobre o nióbio.[15]

Em 2009 o trabalho de pesquisa da COPPE, na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) , obteve uma patente internacional para uma tinta anticorrosiva a base de nióbio num processo denominado niobização[16]  e em 2013 o Projeto Nióbio, desenvolveu os diagramas de fases para os elementos nióbio (Nb), cromo (Cr) e boro (B).[17]

Próximos passos[editar | editar código-fonte]

O Nióbio Cash possui um roadmap[2] que mostra os planejamentos para a ferramente no decorrer dos trimestres. Há possibilidade de alteração e adiantamento de alguns desses itens, no decorrer do desenvolvimento, pela facilidade ou dificuldade deles, mas é previsto atualização do documento após isso.

Roadmap
Quarto trimestre de 2017 Primeiro trimestre de 2018 Segundo trimestre de 2018 Terceiro trimestre de 2018 Quarto trimestre de 2018 Primeiro trimestre de 2019
Início da Mineração Carteira (Mac OS) Hardfork para Cryptonight Heavy Carteira Física (Hardware) Programa de apoio a pesquisas com o mineral nióbio Sistema operacional nbrOS
Carteira (Windows) Carteira (Linux) Carteira no Telegram (NIOBOT) Loja online oficial
Block Explorer Atualizações ajustes no Código Carteira Web API de integração com e-commerce
Inclusão em Exchanges Carteira Mobile (Android e iOS)
Faucet Começa
AirDrop

Referências

  1. «Niobio-Blockchain-Explorer». Consultado em 6 de julho de 2018 
  2. a b «WhitePaper - NiobioCash» (PDF). Consultado em 5 de julho de 2018 
  3. a b VI Bitconf: Entrevista com Marconi Soldate - CEO da Nióbio Cash (NBR) (em portugues). Youtube. 9 de maio de 2018. Consultado em 4 de julho de 2018 
  4. a b c d e «Information about Karbo». Consultado em 4 de julho de 2018 
  5. www.institutoliberal.org.br/biblioteca/especial-il/MONT%20PELERIN%202005.doc. PRUNES, Cândido. Mont Pèlerin 2005. Rio de Janeiro: Especial para o "Instituto Liberal", 19/8/2005
  6. (em inglês) Short History and Statement of Aims. Mont Pelerin Society
  7. a b c Sberex, Aiwe, Zawy (30 de maio de 2018). «WhitePaper - Karbo» (PDF). Consultado em 6 de julho de 2018 
  8. Branco, Pércio de Moraes (19 de outubro de 2016). «Nióbio Brasileiro». Consultado em 6 de julho de 2018 
  9. Alvarenga, Darlan (9 de abril de 2013). «'Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsia e mitos». G1. Consultado em 6 de julho de 2018 
  10. «Metais mais raros da Terra entram para "lista de risco"». 15 de setembro de 2011. Consultado em 6 de julho de 2018 
  11. Fábio Braz Machado. «columbita-tantalita». Universidade Estadual Paulista (Rio Claro) ; Fábio Braz Machado. «pirocloro». Universidade Estadual Paulista (Rio Claro)  · "No Brasil o principal mineral de Nb é o pirocloro."
  12. «Mineração de Nióbio». Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais 
  13. «CBMM e Codemig». Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração 
  14. Brasileiros avançam rumo às superligas de nióbio; Com informações da Agência USP; Disponível em: <http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=superligas-de-niobio&id=020160130218#.VGk-ynkfg1U>
  15. Disponível em: <http://www.demar.eel.usp.br/historico_pesquisa.html>
  16. «Tinta anticorrosiva de Nióbio rende à COPPE patente internacional». Planeta Coppe. 7 de abril de 2006. Consultado em 6 de julho de 2018 
  17. Superliga de nióbio tem eficiência energética e econômica; Valéria Dias, Disponível em: <http://www.usp.br/agen/?p=127517>, acessível desde de: no dia 14 de fevereiro de 2013; acessado no dia 08 de dezembro de 2014.


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